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21 junho 2019

#tarolismo - Ruim








Dizem que mãos grandes num homem são sinónimo de um "menino" a condizer. Estou safo. Quando agarro nele a minha mão parece gigante.

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14 junho 2019

#mordismo - Ruim

"A minha mulher foi contra uma porta e tem um olho negro". Sim, é suspeito e quase de certeza que o animal lhe levanta a luva (nunca percebi como é que uma porta deixa um olho negro a alguém, mas tudo bem). Mas depois de ouvires isto, vês a pessoa em causa a ir contra a mesa do café como se não a tivesse visto e ainda se ri a dizer "ai, sou tão desastrada!", o que é que uma pessoa pensa? Que, de facto, esta tipa é um lemming que precisa de ir ao oculista. E agora em que é que ficamos?

Outro caso: nódoas negras nas pernas (e isto é por experiência própria). A senhora sai à rua de saia e todos reparam em várias nódoas negras nas pernas. Apenas e só nas pernas é que existem marcas. O que é que se passa aqui? Vive com um agressor de vinte centímetros que lhe espanca as pernas? Com um central que faz entradas de carrinho na cozinha quando ela deixa queimar o empadão? Ou será que estamos na presença de mais uma que se levanta de manhã a bocejar e vai contra os cantos da cama com as pernas e grita "Porra, outra vez? Merda que me aleijei!". E agora em que é que ficamos?

Último caso: marcas de dentada. Noite de domingo, casal a divertir-se no sofá, tudo numa boa. A menina - que não deve ter mais nada com que brincar - começa a dar dentadinhas no braço do "amor". Dentadinha e vai de rir. O gajo diz "não me mordas que isso dói!". Ela ri e continua. Mais uma dentadinha e ele diz "já te disse que isso aleija mais do que julgas e para parares quieta que quero ver o filme". A menina faz birra e diz "ai que comichoso, só estou a brincar contigo!", pára por um minuto, volta a morder o homem após estes avisos todos e leva com uma dentada na mão (assim meio a brincar, meio a sério) como resposta. O que é que acontece?

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAI QUE ME ALEIJASTE!
- Eu? Já te tinha dito para parares quieta.
- MAS EU ESTAVA A BRINCAR. TU FIZESTE A SÉRIO. OLHA PARA ESTA MARCA QUE DEIXASTE. ESTÁS A RIR? TU BATESTE-ME. Vou dizer...

E agora em que é que ficamos? Ficamos que se vos morderem, mordam de volta. Mania das gajas em fazer esta merda. Já viram os meus dentes? Mas quem é que no seu perfeito juízo me morde? Isto é como chegar ao pé do Ronaldo e dizer "aposto que te consigo fintar!".

Mas sim, olho negro e portas é suspeito.

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07 junho 2019

#bolsonarismo - Ruim

"Sexo entre mulheres é uma aberração", mas se eu começar uma discussão com um amigo meu sobre identidade sexual, massagens prostáticas, ficar um silêncio estranho, ele acender um cigarro a olhar para mim, eu fingir que estou a ler algo no telemóvel, ouvir "puto, mas achas mesmo que..., responder "epa, acho que sim, dizem que é uma sensação única", ouvir de volta "então e qual é de nós é que...", retorquir com "hey, as luvas de lavar a loiça são do meu tamanho", ele cheio de coragem dizer "f#da-se, bora a isso...", ele meter-se de quatro, eu enfiar-lhe um dedo no cu, ele dizer "não estou a sentir nada!", dizer-lhe "vamos pedir uma segunda opinião" enfiar-lhe dois dedos no cu, ele gritar "AH C#RALHOOO", eu gritar "CALMA, SE NEM DOIS DEDOS AGUENTAS, QUANTO MAIS...", ele responder "NÃO É ISSO, ESTÁ A DOER!", eu dizer a rir "DIZ A PALAVRA DE SEGURANÇA!", ele responder "NÃO COMBINÁMOS NENHUMA PALAVRA DE SEGURANÇA, BURRO!", eu dizer "TU É QUE TENS DOIS DEDOS NO CU E EU É QUE SOU BURRO, TIAGO?" e depois tirar, com isto já não tem a senhora ministra brasileira qualquer tipo de problema.

Assim não.

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31 maio 2019

#touteaver - Ruim

O que se passa é o seguinte: a minha namorada tem um "fã" no local de trabalho. Normal, a rapariga é gira. Este fã é o moço da cafetaria. Sistematicamente, ele tem esticado a corda para cima dela, mas de uma maneira subtil. Começou por lhe dar pastéis de nata miniaturas. Dia sim dia não, toma lá um pastel de nata em ponto pequeno. Se eu soubesse que isso tinha funcionado com ela, tinha poupado centenas de euros. Os dias passaram e as ofertas de bolinhos continuaram. Passou a dar-lhe dois pastéis de nata pequenos. Eu bem comecei a estranhar que todos os dias ela tinha migalhas de massa folhada na mala, mas lá está, não sou um gajo de ciumeira adolescente. Ora, há coisa de uns dias, entrou em casa com um pastel de nata grande e foi aqui que eu comecei a fazer perguntas. Miniaturas são preliminares, pastelaria diversa de tamanho normal é violação anal. Obriguei-a a dividir o bolo comigo só para o outro não achar que é o rei da cocada preta. Hoje trouxe dois pastéis de nata e eu tive de tomar medidas porque isto está a ficar fora de controlo.

O que eu disse foi "a minha mãe faz anos na sexta, é favor de o aviares junto das arcas frigoríficas para lhe sacares um bolo de aniversário!"

E comi os dois pastéis de nata.

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24 maio 2019

#fabulosa - Ruim




Quando uma rapariga me pede para lhe segurar na mala num shopping fico sempre incomodado e não fico descansado enquanto não vou ver de umas botas à Stradivarius que combinem.

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17 maio 2019

#portismo - Ruim



É muito complicado o dirty talk com uma gaja do Porto.

- Chama-me nomes...
- Sua p#ta, badalhoca, javarda, tens mesmo cara de quem fazia trapézio nos tomates do teu pai, porca de merda, seu carro-vassoura que contigo é sempre varrer, gostas ou não?
- Quando quiseres podes começar...

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10 maio 2019

#chupismo - Ruim




Um gajo faz mal a cama, ouve "a tua mãe não te ensinou bem" e está tudo bem. Uma gaja usa demasiado os dentes, ouve o mesmo de volta e de repente temos amuo.

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03 maio 2019

#putoidiota - Ruim

Assim foram os meus primeiros 5 minutos com o célebre dicionário Porto-Editora (aquele azul e pequenino):

"Tenho aqui todas as palavras e o que significam. Todo o saber da nossa língua. O que é que vou fazer com isto? Procurar palavrões, como é óbvio. AQUI ESTÁ! P#ta. PESSOAL, ESTÁ AQUI P#TA ESCRITO NESTE LIVRO. Vamos todos ler isto e rir. AHAHAHAHAH. Está aqui escrito P#TA. AHHHHHHHH, ISTO É O MELHOR DIA DA MINHA VIDA. P#TAAAAAAAAAA! Vou passar aqui com marcador para quando me quiser rir à brava na sala de aula. Ai... até me falta o ar... VOU LER NOVAMENTE: P#TA. Pera, pera.. "nome feminino vulgarismo prostituta" ahahahahahaha é p#ta num livro... ai ai... a vida é espectacular!"

Ya. Era este tipo de miúdo.

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26 abril 2019

#namaste - Ruim




Encara a tua ex como uma mola da roupa: foi útil, caiu de um quarto andar, "f#da-se, mais uma" e foste buscar outra.

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19 abril 2019

12 abril 2019

#barrigaariston - Ruim






Porquê um gajo que tem abdominais ripados iguais a um tanque de lavar a roupa à mão, quando podem ter um gajo com uma Ariston de cuba inox na pança a lavar 7 kg de roupa em cada ciclo?

Pensem nisso.

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05 abril 2019

#mindfuck - Ruim

Não é um assunto que se deva perder muito tempo a pensar, mas a verdade é que ninguém tem a total certeza que se masturba correctamente. Não se aprende na escola, em casa ou no ATL. Ninguém nos ensina a arte da auto-satisfação e, se continuarmos a perder mais tempo a pensar e a afundar-nos cada vez mais no buraco do coelho da Alice, não há nenhuma garantia que quando eu digo "vou bater uma" é o mesmo "vou bater uma" do gajo ao meu lado (isto não soou bem). Sei lá se "bater uma" para esse gajo é vestir umas jardineiras num espantalho e o violar? Não sei. Ninguém sabe. PORQUE NINGUÉM NOS ENSINOU, F#DA-SE. O meu pai nunca acabou de ler o Expresso e disse "enquanto a tua mãe faz o almoço, deixa-me ensinar-te uma coisa muito engraçada". Nenhum professor, educador, familiar ou até mesmo um padre me explicou como me devo masturbar. Como é que eu sei? Porque os meus colegas do 8° ano falaram nisso. Miúdos de 13 anos, esses génios do sexo que sabiam tanto como eu, mencionaram uma vez que se calhar era giro todos tocarmos na pila com a mão. E assim o tenho feito desde então, mas será que estou a fazer bem? Segui recomendações de seres humanos com o timbre de voz do Mickey e acreditei totalmente na palavra deles, meu povo. Filmes? Sim, podemos ir por aí. Mas eu também vi o Matrix e não é por isso que ando a dizer a todos que sou o "The One".

Eu acho que estou a fazer isto bem e tendo em conta a prática que tenho, acho que estou apto a dar aulas. Só não as dou porque não sei se estou a fazer bem.

Bom jantar.

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29 março 2019

#swingismo - Ruim

Ando mortinho para que algum amigo me proponha uma troca de parceiras, um swing maroto entre casais. Tenho essa fantasia. Os quatro na mesma casa, meia-luz a criar aquele ambiente e eu dizer "vá, podes começar: discute com ele como discutes comigo e não te faças de tímida!"

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22 março 2019

#porqueeeeeeeê - Ruim

Eu nunca violei mas...

Tinha eu os meus 16 anos quando andava perdido de amores por uma rapariga da escola. Ela tinha tudo o que eu queria numa rapariga. Mamas. Fim. Fiz de tudo para lhe chamar à atenção: ficava a olhar para ela nos intervalos grandes atrás de um poste, ia assistir às aulas de educação física dela atrás de um poste e observava o poste escondido atrás dela. Ofereci-lhe uma cassete com as minhas músicas preferidas que gravei da Rádio Cidade e que por coincidência eram as músicas que todas as raparigas ouviam na altura, redigi uma carta ao som de Savage Garden onde abri o meu coração e expus todos os meus sentimentos e escrevi o nosso nome no poste que abraçava e beijava todos os dias a pensar nela. Tudo o que eu queria era algum tipo de resposta - boa ou má, tanto faz- e tocar-lhe nas mamas.

Nunca me disse nada, a p#ta. Começou a andar com um gajo de 20 anos, daqueles cheios de pinta e que paravam a scooter à porta das escolas secundárias a engatar miúdas porque eram rejeitados pelas raparigas da idade deles. Chorei agarrado ao poste de onde costumava espiá-la, rasguei todas as cartas que nunca cheguei a entregar e gritei bem alto "porqueeeeeeeeê?" Anos mais tarde encontrei-a. Desgastada, envelhecida e com 3 crias de várias cores. Nunca conheceu o amor.

Pensei para mim "meteu-se a jeito e teve o que merecia".

Só para verem que aqui o menino também tem um passado negro.

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15 março 2019

#cuntismo - Ruim

A expressão “cunt” não possui uma congénere na nossa língua dada a sua natureza e poder. A palavra que mais se aproxima é “coninhas”, mas “cunt” possui força de “filho da p#ta” e é essa – a meu ver – a definição mais aproximada por duas razões:

- Provoca o mesmo tipo de reacção no ofendido.
- É usada da mesma forma entre amigos (ex: “My mate Nick? He’s a jolly cunt!” e “Gosto mesmo daquele filho da p#ta do João!”

Tive a oportunidade de debater o “cuntismo” com uma senhora australiana durante o último voo (de 4!) até Sydney durante bastante tempo. A conversa começou da seguinte forma, ao comentar o choro incessante de um bebé:

Eu: Now that’s a cunt baby if I ever saw one.
Ela: No. Please don’t use that word.
Eu: Baby?
Ela: NO. THE OTHER ONE!
Eu: You mean cunt?

Eu encaro a palavra “cunt” com a mesma descontração dos australianos, pois a mesma possui uma conotação bastante negativa juntos dos americanos (muito por culpa do embaixador da “cunt”, Jim Jefferies). Além disso, inglês não é a minha língua materna, logo, tenho carta verde para a dizer sob o pretexto de não saber o que significa.

- You should never use that word in any circumstance.
- Really? If I go to the toilet and someone takes my seat and says “this is mine now, fuck of!”… what do I do?
- Call the cabin crew to help you.
- Call him a cunt is far better. And funnier.
- Promise me you won’t call anyone that. Please.
- That’s a cuntsy request…
- Really? You’re going to get in trouble.

Acedi e prometi à senhora que não ia chamar isso a ninguém.

MAS…

Estava eu na fila dos serviços fronteiriços australianos para declarar uma caixa de Zyrtec e tabaco de enrolar, quando duas “não cunts” tentaram fazer os restantes de parvos e resolvem meter-se na fila mesmo à minha frente. Senti-me um pouco comido, como se tivessem enfiado um das Caldas na minha cunt e fiz questão de dizer à senhora “excuse me, you´re passing all these people in line. The end of over there” e apontei para o ass of Judes porque a fila era mesmo enorme. Para surpresa minha, levei uma sapatada na mão e ouvi “mind your own business”. Ora, eu não sou gajo de reagir a quente, mas pensei mesmo em lhe espetar um pontapé em cheio na cunt. Começou o que posso descrever como uma semi-escandaleira em inglês e quando vi que aquilo não ia dar em nada, gritei “YOU CUNT!”. Uuuuuuuuuui, silêncio no cuntódromo que agora é que a cunt estava entornada.

- HOW DARE YOU?
- Vão mas é para o c#ralho, ainda agora aqui cheguei já me estou a chatear? Quer passar, que passe, f#da-se. Mas agora estou para aturar atrasados mentais quando devia estar a divertir-me? Vão-se f#der. PASSE, MINHA SENHORA. SEJA FELIZ.
- ?????????

Estão a ver? Cunt é fixe, mas nada bate um tuga a armar um pé de vento.

Está a chover em Sydney. São Pedro is a cunt!

#cuntismo #ruimgoesdownunder

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08 março 2019

#amigodamãeboa - Ruim

Memória de um trabalho de grupo do 9º ano em casa do amigo cuja mãe era boa todos os dias

- Rui, a minha mãe está em casa. Cuidado com as dicas...
- Quais dicas? Achas? Sei comportar-me.

(mãe abre a porta)

- Olá, rapazes. Tudo bem? Finjam que não estou aqui.
- Bora...
(queixo caído)
- Bo..bo... bo... (levo safanão nas costas) boa tarde.

(no quarto)

- Vá.. podes dizer...
- O quê?
- O que estás a pensar.
- Não sei do que é que...
- SIM, A MINHA MÃE É BOA. CONTENTE? F#da-se, é sempre isto.
- Calma, puto. É feio falares assim da minha futura ex.
- CALA-TE.
- Não grites ao teu padrasto. Vai para o quarto. JÁ!
- EU ESTOU NO QUARTO, RUI.
- Bom menino. És o meu orgulho.

(mãe entra no quarto com sandes mistas de triângulo)

- Trouxe um lanche para vocês. Tens cara de quem está com fome. Como te chamas?
- Rui... mas pode me chamar de... Rui.
- AHAHAHAHAHAHA. Opá..
(olho para o gajo)
- Mãe... deixa-nos estar.
- Se precisarem de algo, avisem.
- Por acaso...
- Sim?
- (paragem no espaço-tempo a pensar numa dica engraçada e com classe, mas como tenho 14 anos apercebo-me que não sei o que dizer) Podemos... ver o Dragon Ball? Ma... mais logo?
- Claro que sim.
(mãe sai)
- Puto..
- Diz..
- Acho que acabei de estragar a minha relação. Vais ter pais divorciados.
- Vai-te f#der...

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01 março 2019

#estoudeolhoemti - Ruim

Não conheço nenhuma mulher que queira apanhar o namorado em pleno acto de auto-satisfação. Aliás, nem ele quer ver-se a ele mesmo reflectido nalgum espelho da casa como se fosse um vampiro depravado.

Mas...

Muito bom homem quer apanhar a companheira na mesma situação. Há qualquer coisa de especial nesse momento. Não sei se é a cena de "ahhhh, com que então... tu também... ah, pois é..." ou se vimos demasiado porno e temos alguma fantasia irreal na pinha, mas a coisa vive na nossa imaginação.

Eu já tentei apanhar a minha namorada nessa situação. Ouvi um "vou-me deitar..." que me pareceu estranho e dei-lhe uns minutos. Pensei "isto pareceu-me suspeito. Deitar? No quarto? A mim não me engana..." e fui em direcção à porta do quarto em modo Elmer Fudd a pensar "Be vewy vewy quiet!". Encostei o ouvido à porta e não ouvi nada. "Ahhh, a fingir que está a dormir esta badalhoca!!", abri a porta e disse...

"AHA! APANHADA... a... ler um livro!"
"Tu estás parvo? O que é que se passa?"

Óbvio que não lhe expliquei o que me ia na cabeça ou ainda me chamava de idiota. Prefiro que ela leia isto enquanto eu estou no sofá a ver uma série.

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22 fevereiro 2019

#exdoruim - Ruim

Juro que se algum dia a minha ex vier direita a mim com uma pistola na mão, grito "agora é que está a p#ta armada!".

Depois levo um tiro.

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15 fevereiro 2019

#festivalf - Ruim

Perguntaram-me se conseguia explicar em poucas palavras a natureza da vivência ambígua de alegria e tristeza numa relação entre um homem e uma mulher.

Reflecti a fundo sobre isto, pensei seriamente na questão e acho que a natureza da vivência ambígua de alegria e tristeza numa relação entre um homem e uma mulher pode ser explicada quando um homem sugere anal, ela olha para o tanganho do menino, sorri e diz "Ahh, sim. Tu podes."

Depois fui-me embora e deixei isto a fermentar.

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08 fevereiro 2019

#sempreaaprender - Ruim

Eu sempre tive uma dificuldade enorme em ajustar-me a grupos grandes de rapazes desde criança. Talvez a minha falta de jeito ou gosto pelo desporto tenham fomentado isso. Não sei. Não sou psicólogo, nem estou para me sentar num divã por 30 minutos todas as terças-feiras a falar com um enquanto descrevo a relação com a minha mãe. A própria mentalidade de grupo dos miúdos não ajudava, pois era frequente ser acusado de ser homossexual. Permitam-me esclarecer que nenhuma criança me chamou de homossexual, pois os termos usados eram bastante mais coloridos.

Basicamente, o que acontecia é que eu era chamado de tudo e mais alguma coisa por não demonstrar entusiasmo em participar em certas actividades.

Por exemplo, nos intervalos das aulas era frequente, eu, o homossexual, juntar-me às raparigas. Sempre me pareceram mais interessantes desde tenra idade. Mais fáceis de falar, lidar e, definitivamente, cheiravam bem melhor. Eles viam-me com elas a toda a hora e gritavam "txiii, olha o paneleiro com as meninas!" enquanto se abraçavam uns aos outros a rir e se agarravam pela cintura aos empurrões. Comecei seriamente a pensar se eu seria ou não homossexual. Se eles o diziam, quem era eu para duvidar?

Jogo de futebol? Não contem comigo. Eles todos sem t-shirt, suados a gritar "hey, o paneleiro não quer jogar à bola!" e a rirem-se de mim. Mais uma estaca na minha quase defunta heterossexual auto-estima. Eu ficava horas a vê-los a jogar e a pensar seriamente na minha vida. Marcavam golo, abraçavam-se e beijavam-se todos contentes de sorriso nos lábios enquanto eu me perdia em pensamentos a tentar definir a minha sexualidade. Será que era mesmo? Devia ser. Não me atraía estar rodeado de 40 rapazes em tronco nu. O que é que será que os meus pais iriam pensar?

Um dos momentos mais marcantes na minha busca pela identidade sexual, foi quando um grupo de cinco rapazes na casa dos 13 insistiu que eu fosse com eles para a casa de um para uma sessão conjunta de masturbação a ver um filme porno. Aquilo fez-me muita confusão. Tremi ao ouvir aquele convite e pensei "o que é que um não panilas deve responder?". Assumi que aquilo era um teste e disse que não queria ir. Para surpresa minha ouvi "f#da-se, logo vi que eras paneleiro. Então não queres vir connosco, despires as calças e tocares na tua pila sentado num sofá junto de outros rapazes com erecções a fazer o mesmo ao teu lado? QUE PANILAS TU ME SAÍSTE!". Isto destroçou-me. Eu não queria ser um "panilas", mas por esta altura já tinha percebido que era um caso quase perdido para o estranho e desconhecido mundo da homossexualidade e, por isso, tomei uma decisão: vou provar a mim mesmo que não o sou e vou tentar ter sexo com uma rapariga. Sei que estava a lutar contra a minha natureza, mas tinha de ser. Uma década e tal de homossexualidade estava contra mim mas, ao fim de dois anos, consegui ter sexo com uma rapariga. Sem pagar. Eu gostei, o que me deixou bastante confuso (e a querer mais).

Foi aí que eu percebi tudo. Finalmente fez-se luz. Eu era mesmo um PANILAS. Mas daqueles beras. Gay já eu sabia que era, mas era tão mau em sê-lo, que me sentia atraído por mulheres. Dado ter bastantes amigas, confessei este meu problema e elas, como minhas amigas, propuseram-se a tentar ajudar-me a perceber quem eu sou. Algumas, nem todas. Devo dizer que apresentaram argumentos bastante convincentes e conseguiram expulsar o homossexual que vivia em mim desde pequeno.

Ora, passados bastantes anos, quando via que a coisa não estava a pegar para o meu lado num engate, costumava dizer: "Sabes uma cena? Eu ainda não me descobri sexualmente. Nunca estive com uma mulher como tu. Quer dizer, já dei uns amassos, mas não passou disso!". Isto é cocaína emocional para o cérebro de uma gaja e meio caminho andado para a comer.

E eu não tinha aprendido nada disto se não tivesse tido tantas amigas mulheres, ido jogar à bola todos os dias ou masturbar-me em grupo como aqueles heterossexuais dos meus colegas de escola.

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