08 março 2005

Video conamorativo do Dia Internacional das Mulheres


Querido, onde puseste o comando?


Para que a Gotinha não se sinta sozinha
ao acusarem-na de ser uma mulher machista!

DICK HARD NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA - Final

(... com ti nu)
A enfermeira era um ser humano de amplo recorte espiritual. Uma boazona de alma. Talvez ajudasse ter as medidas de Bo Derek, um decote à maneira e vestígios mal disfarçados de “Malizia” (La Perla), que nisto de lingerie Dick Hard raramente tinha dívidas e (quase) nunca se masturbava, como diria o professor Cathedral.
- Umas vacas malhadas, é o que elas são. Estou fartinha de manifestações. Estou por aqui de manifestações. Ora deixe lá ver o narizinho...
Dick estava sentado na marquesa (que não a senhora sua mãe, que Zeus a tenha em ripanço) e nem teve tempo de se opor ao avanço irresistível dos dois seios.
(Será que havia silicone por ali?)
A enfermeira Dália disse a Dick, com uma voz muito meiga:
- Coitadinho do meu amiguinho, que tem o narizinho partidinho...
Com mil desvelos embrulhados em carícias, Dick foi alvo de meigas atenções pela menina Dália dos sapatos de tacão-agulha e um coisinho com o nome dela a roçar-se no peito direito:
“Dália Florinda, enfermeira-chefe”
Penso nasal acomodado ao septo narizento do senhor Hard, a menina Dália, muito terna, pediu a Dick que descontraísse.
- Vou dar-lhe uma anestesiazinha a cheirar, está bem, amiguinho?
Antes que Dick pudesse dizer alguma coisa, Dália Florinda embebeu-lhe profundamente o focinho com uma mão-cheia de clorofórmio de última geração, modelo com jantes especiais.
Depois, virou Dick de barriga para baixo, prendeu-lhe solidamente as mãos com correias e despiu-lhe as calças:
- Venham, minhas amigas, vamos experimentar os novos strap-on no rabinho deste idiota...
Dick Hard acordou umas horas depois, com o rabo a doer-lhe intensamente e Paulo Portas a sorrir-lhe:
- Quero que saiba que tem a minha máxima solidariedade. Disponha.
No outro dia, o caso era manchete no “24 Horas”, “Tal e Qual” e “Correio da Manhã” : “Cidadão violado na Assembleia”, “Provocador castigado por enfermeira”, “Confrontos na Assembleia acabam anal”.

(diênde)

Para montar

Oh Manela, desculpa mas com o frio que tem estado estendi-me na cama e estava lá tão quentinha que nem me apeteceu sair. Fui ficando, de comando em punho, numa atitude tipicamente masculina, a espreitar por aqui e por ali e deixa-me que te diga que a olhar tanto para o ecrãnzito, descobri que os homens deviam ser como os computadores. Ou como diz o Sérgio, deviam vir em peças para montar.

Seria uma enorme vantagem se pudéssemos configurar os homens, não achas Manela?... Uma coisa assim do tipo... Olhe, se faz favor... Eu quero um daqueles que fala, mas que efectivamente diga alguma coisa, com alguns miolos que lhe permitam perceber a realidade à sua volta, entender-me e ainda, ser criativo na cama. Junte também o opcional de orelhas com boa capacidade de recepção para que me escute mesmo. Ah e por favor, coloque também o processador numa caixa minimamente atraente ou pelo menos, cujo design não faça barrigas de cerveja ou uísque. Adicione ainda uma placa de mimos diários, com capacidade para muitos megas de beijos profundos e longos, retardantes de qualquer pressa de vazar os tomates. Ah e quanto ao rato, pode ser um qualquer desde que funcione e não se tenha de estar sempre a limpar as bolinhas.
Porque convenhamos, Manela, pedir que o rato fosse de chocolate era um manifesto exagero.

Letrinhas malandrecas do Webcedário


Uma ideia do Vizinho para o Webcedário

07 março 2005

E um mar imenso fechado no olhar




Ela tinha nos olhos o azul do mar que ao longe parecia parado.
O vento frio agitava o verde das árvores.
O frio entrou por debaixo da camisola quando ele a levantou.
As mãos quentes tocaram-lhe a pele aquecendo-a.

Guardou o azul do mar nos olhos quando os fechou para se concentrar nas mãos que subiam, no calor que se movia no corpo, nas mãos que a aqueciam por debaixo da camisola.
Respirou fundo quando ele lhe tocou o peito. Encostou-se ao corpo dele.

Alheios ao frio verde que os rodeava.
O mar fechado nos olhos.
O calor nas mãos por debaixo da camisola.

A mão dela procurou a dele. Rodeou-a, agarrou-a. Juntas desceram no corpo.
Ela disse: Sente.
Prendeu-lhe a mão entre as pernas, sobre o sexo.

O calor na mão que prendia entre as pernas.
O calor na mão que lhe prendia o peito.
O verde frio que os rodeava.
E um mar imenso e azul fechado no olhar.

Boquinha Sexy

basta usar o teclado e ligar o som!
(duas sugestões:
1) qwerty seguido de j e depois tvz um p
2) X U R H L A C D J Y J Y J... e finalmente B)

La Folie

"Vocês vão-me perdoar mas este blogue está a precisar que vos conte uma história que assisti há alguns anos numa despedida de solteiro no Porto.
No «La Folie», uma casa de má fama na Ribeira com 2 andares, enquanto o espectáculo decorria em baixo via-se um video em cima, e vice-versa.
Primeiro veio uma malabarista... e ficou nua.
Depois um mágico e a sua assistente... que ficou nua.
Depois as dançarinas... que ficaram com as mamas ao léu.
E, finalmente, uma fadista... que saíu vestida.
Alguém numa mesa atrás de mim gritou:
- Foda-se! Esta merda é uma casa de putas ou uma casa de fados?
A cena de porrada que se seguiu foi digna de um filme do faroeste!"

João Mãos de Tesoura

É preciso ter curagem*!


* não, não é gralha: é mesmo curagem (coragem no cu)

Diário do Garfanho - 65

13 de Fevarço

O episódio custou-me mas nunca ninguém soube. Evitou-se, à tangente, uma tragédia de proporções bíblicas, pois, o Oliveira manteve-se sempre a rondar.
A muito arranjada contribuinta senta-se à minha frente e sorri. Eu retribuo.
– Não sei se o senhor me pode ajudar... – diz ela num sensual fio de voz.
– Posso, com certeza. – Interrompo-a eu, inchando o peito como um pombo a fazer a corte. – Em tudo o que a senhora precisar.
– Oh, não diga isso... – A frase, o tom e o gesto de vergonha fingida foi um bocado exagerado mas eu tomei o episódio como um incentivo.
– Digo e digo-o outra vez. – Tornei-me também demasiado explícito. – Disponha de mim como e quando quiser.
– Obrigado – ela sorriu como se estivesse habituada a ver os homens dissolverem-se em testosterona. – Na verdade, o que tenho a pedir-lhe é muito simples: perdi o meu cartão de contribuinte.
– Sim, senhora. Às vezes, os pedidos mais simples são os mais importantes. E as pessoas que se preocupam com as coisas simples da vida, são as que lhe dão mais valor. – A gaja bebia as minhas palavras. Conversa da treta e ela sorria como se estivesse a ouvir os concertos para (o) violino de Chopin. – Por acaso, não sabe o seu número de identificação fiscal?
– O meu... – ela suspendeu a frase e apenas com o olhar pediu-me ajuda.
– Ah! Desculpe, é calão técnico-fiscal. Queria saber se a senhora sabe o seu número de contribuinte.
– Oh! O número de contribuinte... – suspirou ela. "Demasiadamente melodramática", pensei. – Sei, é o 123...
– Sim, senhora, ajuda-me muito. Vamos já tratar disso – e digitei o número. Li o resultado. – Deve-se ter enganado. Importa-se de repetir?
Ela repete e eu torno a digitar, com o mesmo resultado.
– Não pode ser. A senhora está enganada, desculpe. Este número está em nome de um tal Augusto...
– Augusto António da C... P... G... – interrompeu ela.
– Exactamente – disse, surpreendido com a prontidão e certeza da resposta dela. – Esta confusão já tem acontecido outras vezes?
– Sim – ela sorriu. – Pode-se dizer que sim.
– Então não se lembra do seu número? – Perguntei eu inocentemente. Totó.
– Esse é o meu número – disse ela.
– Ah!... – Devo ter ficado de todas as cores. Ela sorriu de uma forma tão natural que me envergonhei ainda mais. – Sim, senhor...a, é o cartão de contribuinte que quer. Muito bem. Sim, senhor...a. Vou já tratar disso.
E tratei e ninguém percebeu (nem eu) e despedi-me educadamente.

– Porra, "ganda" avião! – Veio o Oliveira dizer-me logo que ela se levantou.
– Artilhado, ó Oliveira. Todo artilhado!

Garfanho

06 março 2005

Confissão

foto: emil schildt

Nunca pequei por pensamentos
Nunca pequei nos actos
Pequei pelas omissões.
Pequei quando não fiz o que queria
Lixando-me para o que pensassem
E se era o correcto ou não.
Pequei contra mim
Todas as vezes que me retraí
E contive desejos e vontades
E ao não passar do pensamento ao acto
Pequei por omissão.
E no dia do juízo final
Arguida e juiz de mim mesma
Declarar-me-ei pecadora,
Mas alegarei em minha defesa
As vezes em que não calei
As vezes em que não me omiti
E soltando desejos e vontades
Pratiquei todos os actos pensados
E conheci o paraíso
E nele me redimi.

DICK HARD NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA - 2

(... com ti nu)

Porra que a tarde não estava a correr bem. Cada vez que falava com uma miúda era insultado. Estava ele nestes preparos mentais quando a manifestação avançou de forma inexorável e entrou para as galerias da Assembleia da República, onde ia ser debatida uma moção de censura do Bloco de Esquerda contra o aumento do preço dos strap-on. O PP estava decidido a contra-atacar com uma proposta de subsídio ao lubrificante KY. Por seu lado, o PS estava pronto para reivindicar a substituição do Y de KY por um I, na defesa da língua portuguesa. Dizia-se à boca pequena que Edite Estrela estava na base da conjura.Claro que o PSD não se podia ficar. Corria nos bastidores que planeavam uma orgia de desagravo.
Pelas 17 horas, serviram chá e bolinhos nas galerias, uma iniciativa da nova maioria. Dick Hard ficou muito bem impressionado, mas a maior parte das lésbicas recusou:
- Camaradas, recusem os bolinhos. Não se deixem comprar.
- Ó biscoito, acalme-se lá. Uns bolinhos caem sempre bem...
Ainda Dick não tinha acabado de proferir estas palavras e já estava a levar com um tabuleiro na tromba.
- Vê lá se este tabuleiro te cai bem...
Passados 20 minutos, a ordem voltou ao parlamento. Cerca de 30 manifestantes detidas, os feridos mais graves a caminho do hospital, Dick Hard a caminho do posto de primeiros socorros a náufragos da Assembleia da República.
O posto de primeiros socorros a náufragos da Assembleia da República era numa sala amplamente adjacente aos Passos Perdidos, quase ao lado da secção de Fodidos e Manchados.
Dick, com um nariz à Belenenses, a escorrer o muco azul que lhe vinha da aristocracia materna (a Marquesa de Massage-Massoterapie), entrou pé ante pé, com o lenço bem colado à penca.
- Entre, faz favor. O senhor é mais uma vítima das fufas, não é?
Dick olhou em volta e só não se beliscou porque tinha uma mão a agarrar o lenço e a outra no bolso, tentando acalmar os ânimos do Dick mais pequenino, em plena fase de crescimento espontâneo, como se tivesse acabado de tomar um batido de Fercol ou um cocktail de Viagra.

(... com ti nua)

Webcedário - o blog mais letrado


O ABC Dário que me perdoe mas não resisti a fazer
esta brincadeira inspirada nas suas letrinhas
(e isto também serve para o lembrar
de que há muito tempo que não me liga nenhuma...)

Rotulagem

Oh Manela eu estou-me nas tintas para os rótulos!... Benditas as primeiras rugas que nos fazem esquecer os rótulos e a aceitação dos outros!...
Eu estava triste, tão triste que nada me fazia sorrir ou me prendia a atenção. Então senti que se colava a mim, insistindo em me ouvir e que inventava programas para me distrair. Aqueles cabelos loiros pequenitos e aqueles olhos verdes enormes e sorridentes começaram a fazer-me circular o sangue e a estimular aquela sensação que todos queremos na vida: sentirmo-nos amados.
E quero dizer-te Manela que foi por me sentir amada que quando ela me pegou na mão, eu imediatamente lhe estendi os lábios para um longo beijo e que quando ela me tocou os seios e com a polpa das pontas dos dedos me dedilhou os mamilos, eu literalmente desabei sobre o seu pescoço para o beijar pedacinho a pedacinho, humedecendo-lhe os poros.

O que eu te quero transmitir Manela, é que apesar de ser a primeira vez que acariciava os seios de uma outra mulher e lhe conhecia ao vivo o sabor, a sensação era a de que nada era estranho, como se sempre lá estivesse estado. Ela sabia tocar-me em todos os pontos essenciais com uma língua musculada e dançante tal como sabia manipular os dedos como se fora eu própria. Mesmo quando me penetrou com um dildo, tudo foi tão certo no tempo e no ritmo que nada me pareceu fora do lugar. A não ser, Manela que o prazer seja uma coisa estranha no nosso corpo.