"Claro que temos de rever as prioridades..."
Calou-se, estremeceu, olhou em frente, entrou nos olhos dela.
Ela sorriu.
As conversas, o barulho das vozes e dos talheres pairavam acima da toalha branca, comprida.
A toalha ocultava o pé descalço que lhe tocava o joelho, lhe exigia a atenção, lhe dizia:
- Estou aqui.
Ela acariciou-lhe o joelho com as pontas dos dedos do pé.
Deslizou para o interior da perna em movimentos curvos, sinuosos, que subiam e os isolavam do jantar, das conversas dos outros, do lugar.
Chegou à base do sexo.
Parou.
Tocou mais forte perguntando:
- Continuo?
Ele moveu-se na cadeira. Sentou-se na berma.
Com os olhos, com o corpo disse:
- Sim.