13 março 2005

Dick Hard no «Nacional» de Surf

Só começámos agora a acompanhar as aventuras do Dick Hard e já parece tão familiar.
Desta vez vamos conhecer a Clarimunda:

Era uma namorada do mais improvável, uma «chavala» pescada na lota de Cascais. O pai era pescador e a miúda deu em surfista e puta amadora. Quer dizer, para além de foder o dinheiro que o pai ganhava com o sal do mar e o suor do corpo, fodia com todos os pescadores que pudesse. Era um bocado chato para o pai, que saía para o mar nas chatas em vias de extinção e apanhava conversas cruzadas entre a rapaziada:
- A filha do Peres é que tem boa boca...
- Isso não é garganta tua?
- Pelo contrário. É garganta dela.

A vida do Dick Hard é como tantas outras:
Dick metia-se muitas vezes no Lotus Europa rosa-choque, a cair aos bocados, e ala até Cascais. Uns "shots" com a Clarimunda no John Bull, um peixinho nos restaurantes aprazíveis da cidade, uma punheta bem tirada num canto escuro, uns meles, uns beijos ou até uma pinocada clássica em casa da miúda, com o pai no mar atrás dos sargos. As sardas em terra atrás da miúda, a miúda atrás das sardas e o pai em pleno mar, armado em pargo, aos sargos. Dick por baixo, Clarimunda por cima. Ah! pois, a vida não está para grandes aventuras. Dick deixava a miúda cavalgá-lo segundo as regras do manual da instrução primária e punha-se a olhar para o tecto e a pensar: "Já dei muito o cabedal. Ela que trabalhe. Logo à noite vou comer uma feijoada à transmontana à tasca do Nicolau".
Crica aqui para surfares com o Dick, a Clarimunda e a amiga colombiana Maria del Mercedes... na história completa.

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