11 março 2005

doll.JPG

Chegou ao pé de mim com cara de caso. Cara de caso numa mulher pode querer dizer muitas coisas, mas ela era pouco mais do que uma miúda. Tinha dezassete anos e pouco sabia dessas coisas de ser mulher. Foder era fazer amor. E fazer amor era o que lia nos livros. E aquele homem era ainda o príncipe encantado. Ou tinha sido, até àquele dia.
Ele pediu-lhe que vestisse uma saia. Aquela comprida, de gaze, amarela. O plano estava traçado, ele tirar-lhe-ia os três naquela manhã. Mas ela não sabia. Pensava que iam fazer amor e estavam em março.
Vestiu a saia amarela.
Subiram para o seu quarto. Estavam sozinhos em casa, os pais tinham saído para trabalhar. Ela faltou à escola.
Não pôde contar-me como tinha sido fazer amor pela primeira vez. Porque não o tinha feito. Tinha-se deitado, ele levantou-lhe a saia até à cintura e fodeu-a.
Ela não lhe viu o corpo nu. Ele não viu o seu, de rapariga virgem.
Não pôde contar-me como tinha sido fazer amor pela primeira vez e não soube dizer-me como era o caralho do homem que em cima dela, sem jeito, sem atenção, cheio de tusa e ânsia juvenis, se veio nela sem ela perceber nada.
Passariam alguns anos até saber o que era isso de ter um orgasmo.
Quando o descobriu, pôde finalmente enterrar a má memória.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Uma por dia tira a azia