26 agosto 2005

Sinto-me flutuar... hmmm...


Bóias fornecidas pelo J. Costa

Ai o raio da velha!

Casal de velhinhos sentados no banco do jardim. De repente a velhinha dá um valente estaladão na cara do velhinho e diz:
- Isto foi pelos 50 anos de sexo péssimo!
O velhinho fica pensativo. De repente dá uma bordoada na cara da velhinha e grita:
- Isto é por tu saberes a diferença!

(enviado por Lamatadora)

25 agosto 2005

Porquê falar de Pat Robertson neste blog?




Porque o mesmo Pat Robertson que pediu ao governo dos EUA para assassinar Hugo Chávez, presidente da Venezuela (e agora disse que não disse e pede desculpa), já assinou uma carta com a seguinte pérola:
"[O feminismo] é um movimento político socialista e anti-família que encoraja as mulheres a abandonar os seus maridos, a matar os seus filhos, a praticar bruxaria, a destruirem o capitalismo e a tornarem-se lésbicas".
O senhor Pat Robertson também disse depois que não disse...

Jogo - Mojo Master

A Axe criou um jogo para especialistas da sedução:

Mojo Master

Este jogo é para descarregar. Está disponível nesta página em duas versões (mais rápida - 36MB - e completa - 93.5MB).
Tens aqui uma apresentação (em flash).
Agora é que se vai ver quem sabe seduzir... hmmm...

Orgasmo de pixels




Sabes São, a intimidade que a net cria entre estranhos é extraordinária. Como se o monitor filtrasse as máscaras que usamos na vida quotidiana e intensificasse a partilha de nós próprios como dois náufragos isolados numa ilha.
Digo-te isto a propósito de que falar com ele no MSN se tornou uma rotina excitante. Na magia dos pixels, do cão da vizinha à preferência por restaurantes nepaleses, das últimas notícias até ao Teorema de Tales, ele até podia discorrer sobre as melhores formas de garantir boas canalizações que eu ficava ali, vidrada, a sentir a vibração de cada palavrinha sua. E a saborear cada frase que lhe digitava como se de um orgasmo se tratasse. O jogo das palavras prendia-nos ao monitores feitos rosto do outro.
A ponto de quando circulávamos pelo dia a dia em locais desprovidos de internet, gastarmos um ror de pacotes de mensagens a trocar impressões cúmplices sobre a zona e os nativos. E com o passar do tempo Sãozinha, acordava no duche a pensar nele e escolhia uma roupa leve e fresca, a tapar uma lingerie minúscula, para rapidamente me sentar à frente do computador qual adolecescente que se veste e corre para o primeiro encontro. Obviamente, mesmo sem carne palpável, ambos detínhamos as informações sobre as posições favoritas de cada um, ao pormenor de ele saber que dois dedos desenhando uma curva no meu pescoço me faziam contorcer e baixar as pálpebras, tal como a ele surtia o mesmo efeito uma língua dançando no pavilhão auricular até descer para sugar o lóbulo.

Até que há pouco tempo ele me confidenciou, junto com um daqueles virtuais beijos sonoros que inundam toda a janelinha, que nunca contara tanto do que sentia e do que vivera a ninguém. Nunca estivera tão à vontade com ninguém. E foi aí Sãozinha que algo estremeceu em mim. Será que nós, as pessoas, perdemos a capacidade de falar cara a cara?...

O NikonMan recomenda:


Mede sempre muito bem os teus actos

Não faças nada às cegas

24 agosto 2005

Heroína do Amor, por moStrenGo adamastoR

Antes de começar este post, uma ressalva: esqueçam tudo o que viram nos filmes DareDevil e Elektra, as mais execráveis adaptações de livros de Banda Desenhada, alguma vez feitas para cinema.

Vamos a isso, então. Elektra é uma das mais ambíguas personagens - se não a mais estranha - de toda a Marvel. Criada por Frank Miller em 1981 [sim, esse mesmo!], está envolta num passado obscuro de violação, pedofilia, adultério, incesto, assassinato e abandono que mais parece saída de um livro de BD francófona underground.

Personagem secundária, Elektra depressa ultrapassou o estatuto - primeiro como rival do Demolidor, depois como paixão proibida e aliada contra Kingpin e Bullseye - e acaba por preencher uma lacuna enorme das estórias aos quadradinhos: a falta de heroínas, mulheres que não fossem simples namoradas histéricas à procura de omoplatas espadaúdas [havia uma ou duas excepções, a que darei o destaque devido noutro post].

E que heroína [ou anti-heroína, para ser mais preciso]! Armada com dois sabres ninja, e vestida com um justíssimo uniforme de lona carmesim, Elektra daria tesão a um cego. E dava mesmo. O problema é que tinha um feitio terrível. Impossível resistir a tanto charme.

A estória que introduz os personagens referidos acima e mais alguns é editada no livro Dívida ao Diabo - de Greg Rucka e Salvador Larroca, disponível por 10 euros em mais uma iniciativa conjunta do jornal Blitz e da editora Devir.

Diário do Garfanho - 102

A Question of Lust

A prima da noiva a falar-me, a rir-se, a troçar e eu a sorrir como um parvinho e um gongo na cabeça que ia da meditação contemplativa "Que lábios, meu Deus. Que boca" ao mais puro deboche "Chupa, gulosa. Chupa."
E eu sorria. Sorria para me manter calado e não deixar sair nenhuma enormidade ou alarvidade - não que fossem mentira, não seriam com toda a certeza, não tenho imaginação suficiente para dizer o que quer que fosse que não quisesse fazer com aquele corpo, aquela boca, aqueles olhos e aquela voz. "Chupa, gulosa. Chupa."
E os olhos? Que olhos!
E de repente lembrei-me:
- "Oooh... Sim. Sim" disse a virgem cedendo às investidas do namorado, "Desgraça-me." E o gajo puxou de uma tesoura e vazou-lhe um olho.
E ela ficou a olhar para mim, suspensa, olhando o vazio, surpreendida e, quando eu antevia o desastre, o porta-aviões ao fundo, foi ali que ganhei a noite.

Garfiar, só me apetece (e a vocês?)

Green Mad Eyes


Vens de mansinho
com os quatro membros no chão
os pés arrastam-se no caminho deixando rasto
Os cabelos e os seios caídos
Rondas-me o corpo como que a delinear o teu território
Fixas-me os olhos
Frente a frente permanecemos até que tu, a predadora, avanças
num impulso rápido
sinto as tuas mãos nos meus ombros
os corpos tombam, envolvem-se numa luta de sensualidade.
Sou a tua presa.
Inferior, sinto-me objecto nas tuas mãos. Nas tuas garras.
A tua língua e os teus dentes são donos do meu corpo.
A luta termina quando ambos temos na boca o sangue daquela batalha desigual.

Foto: Tankred Tanik

Férias Húmidas


A Gotinha regressou hoje de férias
(imagem via CreamysNetwork)

23 agosto 2005

O PRAZER DA ESCRITA



Escreve-se com tinta e com a mão
Cartas e poesia, densa ou curta
Nas teclas, no papel e com tesão
Ao marido e amante, à mulher ou puta.

Com o corpo, palavras e prazer
Na boca, no sexo e com a língua
Frases de penetrar e foder
De carícia, sussurro e míngua.

Na escrita lê-se o verso e o fervor
Dos seios, da vulva, da noite e do luar
Na cama derrama-se saliva e suor
Exclama-se e declamo o verbo amar.

(um humilde contributo para a poesia rural alentejana)
__________________
Não há melhor homenagem que o OrCa oder também:

E assim se escreve num corpo...

e o traço leve e doce leva o jeito
de ajeitar a leveza mais segura
que segura com a pena contra o peito
já tremente a doce fímbria da ranhura

e que doces as palavras manuscritas
com as mãos secretas nesse corpo lavras
devassando as colinas mais proscritas
em que afundas fundos vales que nele gravas

e as palavras graves breves que lhe fazes
onde sulcas a tremura do prazer
lhe desperta na pele desejos capazes
de fazer a tua mão assim tremer

"No escurinho do cinema..."



Entrou já o filme tinha começado. A sala estava cheia. Sentou-se no local escolhido. Mais ou menos a meio da fila.
Gostava de cinemas cheios. Escolhia sempre filmes em dias de estreia.
Pousou mala e casaco no colo.
Concentrou-se no ecrã.

Sentiu algo a roçar nas meias de nylon. Olhou para o lado. O rosto masculino, desconhecido, olhava fixamente em frente.
- Um rosto simpático - pensou.
A perna do parceiro de fila parou quando ela o olhou. Recuou.

Ela nada disse.

Passados uns minutos, ele mais ousado e encorajado pelo consentimento implícito no silêncio, encostou descaradamente a perna à dela.
Viu quando ele se baixou como se fosse apanhar algo que caíra. Primeiro sentiu o toque no tornozelo. Os dedos tocaram-na ao de leve.
Ao levantar-se a boca dele deixou um beijo na perna, perto da orla da saia. Com os dentes levantou-a ligeiramente.

Ela nada disse.

Ele insinuou a mão por debaixo da mala e do casaco. Pousou-a no colo dela.
Em convite, ela entreabriu as pernas.
A mão deslizou por baixo da saia…

Ela nada disse.

Ela fechou os olhos. Concentrou-se na mão entre as pernas.
Nada nela indicava o prazer que sentia. Imóvel.
Invisíveis mão e prazer. No escuro, imagens, sons.
Suspirou. Fechou as pernas.
Ele retirou a mão. Endireitou-se na cadeira.
Olhou-a. Sorriu confiante.

Ela gritou.
Levantou-se. Atingiu-o com a mala repetidamente.
Ele olhava-a atónito.
- Tarado. Parvalhão. Não me toque. Anormal. Pervertido.

Quando tentou justificar a inocência com o consentimento da vítima, que chorava agora copiosamente perante o ultraje a que tinha sido sujeita, começou a ser insultado e empurrado pelos outros espectadores indignados.
Além de ter tentado abusar da senhora, diziam, ainda a difamava.
Teve de ser levado da sala sob protecção dos seguranças.

A vítima, mais calma e rodeada da simpatia geral, assistiu ao resto do filme.

Foto: Ilona Wellmann

São Rosas - A lenda vista pelo Papo-Seco

ra uma vez o Rei D. Dinis que vivia com a Rainha Santa Isabel no Castelo de Leiria. A Rainha tinha mandado fazer a igreja de Nossa Senhora da Penha, lá no Castelo onde moravam, na qual trabalhavam muitos alvanéis. Santa Isabel dava muitas esmolas aos pobres , o que às vezes contrariava o Rei, tanto mais que as esmolas da sua mulher eram grandes e repetitivas.
Um dia, levava a Rainha, numa abada do seu manto, grande quantidade de moedas para distribuir, quando lhe apareceu, de surpresa, seu marido e Rei , que conhecendo a Rainha e calculando o que ela levava no manto, lhe perguntou:
- Que levais aí, Senhora?
Ao que a Rainha Santa lhe responde:
- Rosas, Senhor!
O Rei, que era Rei mas achava que não era parvo , vociferou na sua voz fininha e diferente (tipo Carrilhão a gritar com a Bárbara):
- São RosasMas É o Caralho!
E a Santa Rainha, abrindo o manto em que levava as moedas , deixou-as cair já transformadas em lindas rosas, frescas e viçosas. O Rei seguiu o seu caminho, sorrindo contente e a Rainha ficou mais contente ainda .

Papo-Seco - blog Uma Sandes de Atum

Seven - "Será por isso que chamavam ao D. Dinis «o lavrador»?!..."