23 agosto 2005
O PRAZER DA ESCRITA
Escreve-se com tinta e com a mão
Cartas e poesia, densa ou curta
Nas teclas, no papel e com tesão
Ao marido e amante, à mulher ou puta.
Com o corpo, palavras e prazer
Na boca, no sexo e com a língua
Frases de penetrar e foder
De carícia, sussurro e míngua.
Na escrita lê-se o verso e o fervor
Dos seios, da vulva, da noite e do luar
Na cama derrama-se saliva e suor
Exclama-se e declamo o verbo amar.
(um humilde contributo para a poesia rural alentejana)
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Não há melhor homenagem que o OrCa oder também:
E assim se escreve num corpo...
e o traço leve e doce leva o jeito
de ajeitar a leveza mais segura
que segura com a pena contra o peito
já tremente a doce fímbria da ranhura
e que doces as palavras manuscritas
com as mãos secretas nesse corpo lavras
devassando as colinas mais proscritas
em que afundas fundos vales que nele gravas
e as palavras graves breves que lhe fazes
onde sulcas a tremura do prazer
lhe desperta na pele desejos capazes
de fazer a tua mão assim tremer
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Uma por dia tira a azia