08 fevereiro 2007

Irresistível




Lingerie Blush

Referendo - dados trazidos pelo Zé

"[Apresento-vos] um quadro proveniente de um estudo efectuado pela Associação para o Planeamento da Família, organização favorável ao «Sim» (...)
A pergunta do estudo era a seguinte:
«Em que circunstâncias engravidou?» sabendo-se que o aborto foi o passo seguinte. Os resultados foram:
46,1% - Não estava a usar qualquer método contra...
15,0% - Descuido («Enganou-se nas contas»)
18,1% - Não sabe explicar (?)
[O total destas três razões dá 79,2%]
20,8% - O método contraceptivo falhou
O total dá 100%

Que interpretação se deve dar aos 79,2% de razões para abortar, sabendo-se que as % por grau de instrução (básico, secundário e superior) são praticamente idênticas?"


A educação sexual (não no sentido de "dizer obrigado no fim") é também, certamente, uma causa pela qual vale a pena lutar.

Referendo de 11 de Fevereiro - orgulhosamente S.O.S.?

Assumo que:
  • O feto não é uma pessoa – sê-lo-á mais tarde, caso se desenvolva normalmente;

  • Ninguém com lucidez pode ser a favor da provocação do aborto sem fundamento, menos ainda como mero método contraceptivo... mas a primeira pessoa a pensar assim é a mulher grávida. E a pergunta do referendo é inteligentemente clara: o que está em causa é a descriminalização (ou não) da mulher que interrompe a gravidez em determinadas condições («técnicas» e de prazo);

  • Ninguém com lucidez pode ser a favor de acusar como criminosa uma mulher que conscientemente não aceita ter um filho e, por isso, interrompe a gravidez nas primeiras semanas de gestação;

  • Insinuar uma «solução» de crime sem pena é uma afronta à dignidade da mulher que interrompe a sua gravidez, como se o carimbo de «criminosa» por si só não fosse relevante. Aliás, basta o julgamento para que a dignidade da mulher seja posta em causa, pela humilhação e pela devassa da sua vida privada a que fica sujeita, como bem alertou Júlio Machado Vaz;

  • A definição de um prazo para legalidade da IVG (10 semanas) é necessária e, pelo que as publicações científicas explanam, parece razoável. Alegar que 10 semanas e um dia já será ilegal é um argumento falacioso («definição de fronteira»). Aliás, o professor Marcelo Rebelo de Sousa também sabe que com 9,5 se passa mas com 9,4 se reprova. É injusto? Talvez, mas não será por isso que um aluno passa com qualquer nota! Ou que alguém poderá insinuar que a masturbação masculina é crime (só a igreja católica tem essa ideia peregrina, mas chama-lhe pecado) porque mata milhões de espermatozóides (que, com os óvulos, são também formas de vida);

  • O homem que provocou a gravidez pode e deve ter uma palavra a dizer mas, havendo posições opostas, a decisão deverá caber à mulher grávida;

  • A igreja católica tem tido algumas posições - ameaças de excomunhão a quem votar «Sim», IVG como pecado mortal gravíssimo, comparação da IVG ao terrorismo ou ao enforcamento do Saddam Hussein,... - que só por si justificam a rejeição de quem tenta ser racional nesta discussão. Recomendo que leiam a primeira encíclica de Bento XVI «Deus Caritas est» (Deus é amor), em que valoriza o amor erótico. Ou a teologia da sexualidade de João Paulo II, que defendia já antes de ser papa que "o homem e a mulher são pessoas iguais em dignidade"(1). Entretanto, não se livram de comentários como este, recebido por e-mail: "Nunca um coxo treinou atletas para a maratona nem um mudo deu aulas de dicção. Só os padres não prescindem de dar conselhos sobre a reprodução e a sexualidade";

  • Os políticos deveriam decidir isto na Assembleia da República. Na praça pública, a argumentação é demasiadas vezes irracional e falaciosa, muitas vezes partindo de quem não tem qualquer autoridade para se pronunciar sobre este tema e gerando uma reacção de enfado por parte de muitas pessoas (levando à abstenção);

  • O aborto clandestino, com todas as suas consequências - incluindo risco de vida para a mulher - não deixará de existir em caso de vitória do «não».
________________________________
(1) citado por Yves Semen in «A sexualidade segundo João Paulo II», pág. 40, Princípia Editora, Estoril, 2006

Entretanto, deixo aqui algumas sugestões de leitura... e olhura sobre este tema:
Didas - "Uma História Moderna III", entre outros posts;
Rui Costa Pinto na «Visão» - "Uma questão de consciência";
Gato Fedorento - "Marcelo Rebelo de Sousa e o aborto";
Maria Árvore - "Desvario";
Gotinha - "adivinha";
OrCa - "Janeiras, janeiras... e o referendo";
Controversa maresia - "E que tal contribuir com os meus impostos para...";
Encandescente - "Sou mulher. Digo SIM no referendo sobre o aborto";
Gabriel em TopaTudo;
A Anani recomenda (e muito bem) Rita Ferro Rodrigues no blog sorriso-do-bisturi - "Carminho & Sandra";


Raim no Raim's blog (I)


Raim no Raim's blog (II)


"Já que a questão é dinheiro, que tal analisá-la em todas as vertentes?" - Didas

É certamente uma causa pela qual vale a pena... votar!

As vacas parideiras, por mostrengo Adamastor

Tenho ouvido e lido verdadeiras barbaridades nesta campanha do referendo sobre a IVG. Os panfletos distribuídos aos miúdos onde se lhes pede que agradeçam à mãe não ter abortado, são do mais idiota e hipócrita que a imaginação mais perversa podia conceber. Bem como a nova teoria do Não, que quer manter a lei como está, mas pedir aos juízes para condenarem as mulheres que abortarem a "serviço comunitário", em vez da prisão.

Mas as intervenções públicas de uma pessoa têm-me incomodado mais que todas: as da jornalista Laurinda Alves. As expressões faciais que faz quando fala alguém que defende a despenalização mostram ódio, desprezo, egoísmo, sobranceria.

Não sei quantas mulheres a Laurinda Alves acompanhou em processos de decisão sobre uma interrupção da gravidez. Ou se impediu que o fizessem denunciando o crime às autoridades; se as aconselhou a não o fazer e lhes emprestou dinheiro para fraldas e biberons; se lhes arranjou emprego em part-time e um marido que fizesse de pai; se lhes deu consulta psicológica para as livrar dos traumas "pós-traumáticos"; se as escondeu da humilhação pública com roupas de marca; se lhes transplantou o útero que elas estropiaram com uma agulha de crochet; se foi ao funeral das que morreram com uma overdose de Cytotec; se adoptou todas as crianças indesejadas deste país e lhes deu de mamar.

Bastaria um só exemplo para que a minha impressão sobre ela melhorasse substancialmente.

O não e o sim - por Alcaide


"Que não... que nunca vira assim tamanho
faz tempo. Ao invadir sua retrete,
e ter posto o sacristão, qual diabrete,
a abanar o badalo, com arreganho!

Que aquilo era expulsão desse rebanho
porque nunca uma ovelha se remete
à campanha do Não e não promete,
cuidados redobrados. Coisa estranha!

Sacrista balançava aquele malho!
Diácona, tremia. Nunca assim
a encantara uma imagem... sem caralho!

Agarra ao sacristão a coisa enfim,
e enterra-o de vez e sem trabalho!
Ela diz: - Que se foda. Voto Sim!"
Alcaide

John & John -especial aborto


crica para visitares a página John & John de d!o

07 fevereiro 2007

Atira-me água benta

(Foto © Nibyludek)

Devia ter suspeitado daquele longo rabo de cavalo que um lado feminino assim exteriorizado publicamente, pela lei das compensações, só podia fazer romper na intimidade o dominador masculino por tudo quanto é lado, mas levei aquilo como reminiscência gótica de quando se vestira todo de preto.

O facto de o seu pináculo só apontar aos céus uma vez por dia também me desacreditava a teoria, se bem que a constante negação da sua evidente fimose em trejeitos de arreda para lá qualquer médico que no meu animalzinho ninguém toca fosse a mais banal resposta de macho que junto com a repetição contínua do não tenho nada erguia um convencimento semelhante ao de quem cospe pela boca migalhas de bolo-rei.

Com o desenrolar das línguas também descobri que a falta de argumentos o tornava impertinente, baralhando os dados e tornando a dar outros estranhos ao assunto em causa, num parte e reparte que quem não fica com a melhor parte ou é tolo ou não tem arte, em cada instante manipulando com o único intuito de ganhar o que ele imaginava uma disputa que o sucesso é ser vencedor, nem que tivesse de se desdizer crendo piamente que a minha burrice não o notasse.

Recapitulei que ele não me lia em braille para além da dose mínima, nem me escutava, atascadas que estavam as orelhas com os seus preconceitos, tornando as suas papilas gustativas ignorantes do meu sabor e assim me vi reflectida como um placebo feminino pelo que não foi tarde nem cedo para me ausentar à cata de um gourmet que me atirasse água benta ou água fria para acordar.

Sugestão de compra para dia 14

Vários modelos











Outras Coisas

Movimento




Elena Vasilieva

«Faz-me um bico» - mais aventuras no reino dos bicos

As t-shirts da funda São continuam a ter muitas histórias para contar:
«Faz-me um bico» no Reino das Francesinhas: "uma das mais geniais t-shirts que vi nos últimos tempos".
O Tiago V. descobriu esta t-shirt com «bico pirata» no Hi5:
Mesmo não sendo a t-shirt original, teve alguns elogios. O que faria se conhecessem a original!...
O Planeta T-Shirts deu destaque à minha criação: "Apesar de tudo, imaginação e sentido de humor é coisa que a nós não nos falta, isto quando não nos dedicamos à comiseração".
A t-shirt «Pai Natal nu existe» criada pelo Raim também fez sucesso: "já muita criança chorou ao saber a Nu tícia! Não há direito!" - Paulo.
O nosso membro Seven dedicou no blog Obvious um post às t-shirts - «arte com T»: "As T-shirts da loja d' A Funda São são verdadeiramente originais! Uma delas até traz pendurado um lápis autêntico para que todos possam fazer um bico ao inacabado volátil. E se julgavam que o Pai Natal não existia, desenganem-se...".
Mais comentários:
"Fui ontem buscar as t-shirts... e escusado dizer que estão espectaculares e só de as mostrar embaladas já fizeram sucesso. Havendo novidades em relação a t-shirts agradeço que me informe... estou a adorar as t-shirts!:-)" - Vasco.
"A t-shirt chegou direitinha! E está um verdadeiro espectáculo! Tenho a certeza de que o J. P. vai adorá-la! Ao tempo que ele anda a dizer que tinha de tentar arranjá-la! Depois mando a foto com a reacção dele!" - Susana.
"Não estava à espera que a t-shirt a nível do algodão tivesse tanta qualidade, fiquei espantado" - Alexandre.
O Paulo P. aproveitou este pretexto para me pregar uma partida:
- São, Por acaso aí em Coimbra há alguma rua com o seguinte nome: Rua Seixo Paulo, nº 24, 3º B?
- Paulo, parecida só conheço a Rua Carlos Seixas.
- A rua que eu te perguntei para saberes onde ficas, já experimentaste dizer o nome em voz alta?
Malta malandreca, esta.
E tu, já compraste a tua t-shirt da funda São?

06 fevereiro 2007

Pinturas





William

Andar por aí - mais uma pérola da Didas

"Lembro-me da primeira vez que perguntei o que era um homossexual. O «brinde» calhou à minha mãe que, ainda a chocalhar por dentro com o impacto, me respondeu que era uma homem que «andava por aí com outros homens» e que a bíblia preconizava como castigo para esse crime, a morte.
Então eu lembrei-me do meu pai, que costumava ir tomar café com um vizinho demorando por vezes horas no paleio, e fiquei preocupada. Será que o meu pai e o Martins mereciam a morte por andarem «por aí» um com o outro? Pelo sim pelo não, talvez a minha mãe não soubesse este segredo. Talvez pensasse que o meu pai tomava café sozinho. E decidi que não lhe contava nada. Está certo que várias horas de conversa sobre o Benfica ou sobre o governo era coisa, no mínimo, demoníaca. Mas... a morte? Teria a minha progenitora enlouquecido?

Andei uns dias a pensar nisto e o meu raciocínio filosófico levou-me a recordar que, já algum tempo antes, quando tinha perguntado o que era uma prostituta, a resposta tinha sido «uma mulher que anda por aí com os homens». O fulcro da questão residia, assim, no conceito de «por aí» com «homens». Continuei intrigada, mas mais tranquila porque não costumava andar com homens, só com rapazes da minha idade e esses não deviam contar. Os homens com quem me relacionava eram sempre da família, de confiança, e nunca andava com eles «por aí». Só em jantares e almoços de família, piqueniques e aniversários. Às vezes, porém, quando voltava da escola e alguma colega me chamava para ver uma montra, entrar no café para comprar umas chiclets ou ir lá a casa ouvir um disco novo, interrogava-me secretamente sobre se aquilo já poderia ser considerado «andar por aí» e se haveria homens por perto."
Didas
Blog Farinha Amparo

Que bela ideia teve a FHM


Visita o blog da FHM de Fevereiro...

... e aprecia a selecção que eles fizeram dos 100 Melhores Vídeos Portugueses do Youtube.
Pessoalmente, fiz a minha selecção da selecção:

100 - Strip de Liliana Queiroz

95 - (Nada) Linda Reis

83 - O anúncio da FHM

73 - Sara Aleixo a surfar

68 - Luta na lama - Rita Andrade e Solange mostram-nos como há certos desportos que deviam ter estatuto olímpico.

64 - Ronaldo e Merche - Montados :-) pelo Nilton

58 - Um dia na FHM - Posso mandar o meu CV?

52 - Agarra que é a Alexandra Lencastre - Herman José fez o que todos os homens gostariam de fazer: atirou-se à musa Alexandra Lencastre e não mais a largou.

43 - Machista gay

31 - O C#%$#% das Caldas - Rui Unas vai às Caldas da Rainha, não para falar de cavacas, mas sim da outra característica tão particular desta zona. Para esse efeito, desloca-se à fábrica do senhor Francisco, que todos os meses produz 300 pénis. [este video foi entretanto removido pelo YouTube]

28 - Voluntárias FHM abrandam trânsito em Lisboa: 1, 2 e 3

7 - Beijo entre mulheres - O beijo entre as duas belas apresentadores do Curto Circuito na altura, a Rita Andrade (a primeira capa da FHM) e Teresa Tavares.