Andava eu ontem a “passear” por aí, ainda dando os meus primeiros passitos no facebook, qual criança encantada com o seu brinquedo novo, quando, de súbito, fui vítima de um ataque de agressividade e violência inusitadas. “Assédio virtual”, seguido de “abuso sexual virtual” e, por último, “violação sexual virtual” (ainda por cima sem direito a preliminares!). É certo que, em certa medida, tudo isto foi de alguma forma “consentido”, uma vez que neste ambiente virtual nos é sempre permitida a opção do: “bye, bye, delete”. Mas, muito embora o dedo me pendesse para o “clic fatal”, acabou por prevalecer o meu grande amor à ciência! E assim foi. O agressor era um homem que se fazia passar por mulher, ou vice-versa, não entendi bem, ou seja, algum espécime de urso pardo de dente muito afiado, notoriamente especializado em “sexo virtual”, e que fazia gala em envergar um strap-on, ainda que estivesse convencido de que eu era um homem. (Confusos?) De maneira que não foi fácil sair dali sem uma grande dor de cabeça, ou algum dente partido no instrumento que a criatura insistia, por força, em enfiar no primeiro buraco que lhe aparecesse a jeito. A tão experimentadas e violentas investidas valeu-me tão só este maldito sentido de humor, ainda que não haja “bela sem senão”, ou “rosa sem espinhos”, e tenha o mesmo sido responsável para que a altas horas da madrugada, já com um olho menos aberto que o outro, andasse eu empenhada em conservar em álcool etílico o extraordinário evento para mais tarde o recordar (quero dizer, a guardar o histórico do chat). Apesar dos métodos nada auspiciosos à excitação, e das minhas sistemáticas recusas, por vezes violentas, em nenhum momento a criatura se demoveu dos seus intentos, e ainda menos quando, ao cabo de cerca de uma hora, acabou por me vencer pelo cansaço. Disse-lhe “tchau, bye, bye, darling” e, (trabalhos meus!), fui tratar da tal tarefa de guardar a longa “conversa” que até aí já tinha decorrido, abandonando a caixa de diálogo aberta. Por fim, dado o adiantado da hora, e já mais morta que viva (que isto do sexo virtual, ainda mais quando forçado, também cansa), cheguei às últimas linhas da caixinha, verificando com alguma surpresa que havia sido presenteada com mais esta maravilha:
03:54 Libélula
Bem… já ri o suficiente por hoje.
Tchau
03:54 Criatura
PUTA!
CABRONA
RELES
ORDINARIA
CADELA!
GOSTAS NÃO GOSTAS DE LEVAR COM ELE NA CONA?
DIZ Q GOSTAS
VAMOS
ESTAS A ESFREGAR O GRELO SUA GATA COM CIO?
ESFREGA-O COM FORÇA
SIMMMMMMMMMMMMMMMMMMM
SIMMMMMMMMMMMMMMMMMMM
MAIS FORÇA
ANDA
APERTA O GRELO
ESFREGA-O!
MAIS
MAIS
SIM
FORRRRRRRRRRRRRÇA
FORRRRRRRRRRRRRÇA
MAISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
SIMMMMMMMMMMMMMMMMMMM
SSSSSSSSSSSSSSSSSSIMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM
PUTA!
ESFREGA-O COM MAIS FORÇA
ABRE AS PERNAS
QUERO-AS MAIS ABERTAS CABRA!
VEMMMMMMMMMMMM-TE
VEMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM-TE
VEMMMMMMMMMMMM-TE
VEMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM-TE
VEMMMMMMMMMMMM-TE
VEMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM-TE
TE
VEMMMMMMMMMMMM-TE
VEMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM-TE
E esta, hein?
Hoje, com mais calma, fui dar uma espreitadela aos blogues deste senhor. Digo “senhor”, pois duvido (perdoem-me cavalheiros!), que alguma mulher (mesmo sendo das tais de barba e bigode) fosse capaz de tamanha cretinice ou brutalidade! Como se não bastasse violar-me virtualmente e insultar-me à conta de alguma tara sexual belicista e irracional, ainda me queria fazer vir à força! Passa das marcas, não?? E não é que para meu espanto, apesar de aparentemente foragida de alguma jaula e dos graves danos cerebrais, a criatura sabe ler, escrever, e contar?