A Sandra despiu-se lentamente. Primeiro os sapatos, a seguir a saia, a blusa, o soutien, toda a roupa, peça por peça, até ficar nua. Flectiu uma perna, depois a outra, deitou-se de costas, o corpo lânguido, a boca entreaberta, os olhos semicerrados a fitarem um ponto vago e indefinido.
Primeiro os dedos, depois as palmas das mãos começaram a percorrer o seu corpo. A cada toque, o pensamento divagava, os olhos quase se fechavam. Conseguia ouvir a cadência do coração a bater dentro do peito, o prazer inundava-a...
Não resistiu, estendeu o braço e envolveu com a sua mão aquele objecto duro de textura suave, ligeiramente húmido, que sempre estivera ali a seu lado.
Conduziu-o para junto do rosto, sentiu o seu perfume, passou-o pelo pescoço, pelos seios. Fazia-o deslizar em movimentos ondulatórios, ora com maior ora com menor pressão sobre a pele.
Levou-o a descer pela barriga, acompanhando os movimentos das ancas. Escorregou-lhe da mão, já molhado, revestido por um liquido espesso e cremoso. Tacteou avidamente aquele instrumento de prazer e voltou a pegar-lhe, desta vez com mais força.
Agora, fazia-o deslizar pelas coxas. Entreabriu-as lascivamente e levou-o aos poucos até perto das virilhas. Passou-o repetidamente em volta, pela frente, por trás, até que o pressionou demoradamente sobre o sexo e sentiu então o mesmo prazer indescritível que as estrelas de cinema experimentavam.
A Sandra, ainda meio submersa na banheira da sua casa de banho, tinha cumprido o seu sonho.
Não era em vão que nove em cada dez estrelas de cinema usavam o sabonete Lux.
Rui Felício
Blog «Encontro de Gerações do Bairro Norton de Matos»
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