06 outubro 2006

Qrónica do Nelo

O negoiço

Ai que já çe nota que comessôu o tempu máis frescu.
Eshta manhã, quande fui ó cafei da Belinha prá minha bicona da manhãnzinha, com o livro do Codicu da Strada debaicho do brasso, fiquei olhando pró papo dentru das calsas dum puto açim todo bom que ia paçando na rua e inté tive um arrepio de frio.
Entrei no cafei e diçe há Belinha.
- Ai Belinha melhér…..fofa. Tá um frio! Ai que se me jéla tudo. –
E ela çempre com a risposta na conta da míngua, rispondeu com um riso marôto:
- Ai Nelo, Nelo. Mas você não anda com isso aí sempre gelado? –
- Melhér, - rispondi-le éu.- Fiqui çabendo queu çôu uma melhér quente com a alma sheia de paichão e calor!
Çe à coiza que nam çôu é iço de çer açim uma coiza fríjida e açim pró mole.
Pressebe, nina Belinha? – E bishquei-le o olho per caza du trucadilho.
- Çôu munto home, fique cabendo. Ó- ó!-
O que ela çe riu fofos. Ai o queu gosto de ver açim as peçôas a rir au péi de mim.
Uma bisha çente-se beim quande çabe star a çer devertida…hihihihi. E çe puder juntar au rizo açim um blo jobber pra comessar e uma bela inrabadela a çeguir….upa upa, que nam à bisha mais felish. Hihihi …..Ai cala-te Nelo qués uma geuloza….hihiihi. ai ai, çó penças niço…Ai ai o que já me ri!
Beim, mas o que me traz ôje aqui, a beim dezer, éi uma confidênsia que lhis vou faser a porpósito do Lalito. Ele aprasseu-me à dias com ozólhos inshados, e eu perguntei-le açim:
- Scute lá sinhori Lalito, meu eis-namurado! Que le acontesséu óz olhos melhér? –
E ele, diçe logo açim çem mais nada.
- Ai Nelo amor, se te contasse o que me aconteceu…. Olha foi por causa do teu carro vê lá tu bem. -
- Per caza do meu Nelomobil? – preguntei-le éu çem acerditar, com a alma sheia de orgulho per u méu bólide faser olhus inhsados au Lalito e tar açim com tam bom aspéto, todo limpinhu e com umas forras novas e uns tapetes çeim marcas de broshadas. -
- Pois foi, querido. -. Rispondeu ele, e continuôo. – Foi quando fui buscar a comissão de venda do teu carro, lembras-te do dia em que to vendi? Naquela noite que me pediste boleia, à porta do Bar do Eládio, esse teu amigo lá da bichice? –
- Ai çe me lembru! Foi per caza déça paichão queu andu agora a castigar a minha muleirinha com este livro do Códicu de Strada que à dias que já neim veijo ishto melhér, tante me dói a cabessa das letras piquenas…..uffff uma massáda, pior que fazer um broshe ao Baldei, melhér!
- Pois…isso Nelo, mas para tirar a carta tens de seguir essa rotina toda…é assim. Mas o que queria dizer-te, Nelo amor, é que fui fazer contas com o Toni do stand. E não é que estava lá o Armando pé de Boga?
- O péi de Boga, Lalito? Eçe munto abrutalhado que andava na Stiva e cagora fash cubransas deficeis? -
- Esse mesmo Nelo amor. Olha mal cheguei ao Stand, nem entrei porque ele estava escondido a fazer-me uma espera. Apareceu sem eu saber de onde, a pedir o dinheiro de volta que ele disse que me tinha dado. "O dinheiro ou o carro" disse ele…-
- Mas cuais carro? Lalito? –
- Do teu Nelo….do teu. É que nessa noite, antes de ter-te encontrado e ter-te dado boleia, ele disse que ficava com o carro e deu-me um sinal, e eu disse-lhe que estava vendido para ele, e nem imaginava que tu irias buscá-lo no dia seguinte. Pensava que era só um devaneio teu... Desculpa Nelo meu amor. –
- Pois. - diçe éu meio aburrecida per ele çer açim a mejma falsa de çempre. – Mas iço éi fácel de rezolver, sinhor Lalito. Basta vossêi dar o denhêiro de volta au Armando, nam asha? –
- Pois mas o mal está aí Nelo, é que já gastei o dinheiro! Sabes como é... O dinheiro é essa coisa…como te hei-de dizer, amor. Tu sabes: Não consente faltas, e quando lhe disse que não o tinha ele deu-me dois pensos nos olhos e deu de prazo esta noite para lhe dar o dinheiro, se não apareceria de manhã, num beco qualquer das docas e com os tomates enfiados na boca. –
- Hiihihihi,,,Ai desculpa Lalito, melhér que açim de repente deu-mi vontade de riri…hihihihi. Ai mas com os tomatis pindurados da boca, Lalito melhér, hihii…hihihi…Ai deicha-me lá recompor..ai ai.
Ai melhér, com os tomatis…ahã...hihihi..ahã….ai ai, çó visto. Mas intam u que é que o sinhor pença fazer sinhor Lalito? –
- Olha Nelo meu querido; amor! Tenho uma proposta a fazer-te. Sabes? Andei a ver uns catálogos e não é que descobri que o teu carro é um modelo raro? Tenho um gajo interessado nele que me dá mais de 50.000….ai quero dizer, desculpa, digo…dá mais mil e quinhentos €uros que tu deste pelo chaveco. Eu vendo-te o carro a ele, pago os duzentos €uros do sinal de volta ao pé de Boga , e ainda ficas com dinheiro para comprar outro do mesmo estilo, um pouco mais moderno, mesmo que tenhas de pôr mais umas notas de cem €uros por cima…o que achas Nelo? - Olha melhér, - diçe-le eu logo. - Neim pençe Lalito….Tenho scapado çempre mal consigo, melhér! Hora ei a poxéte, hora éi palmar-me a carteira, e açim e coizo, querçezer: põe-me os cornos com as lambisgoitas e ôtras bishas e tou çempre a cair conçigo, mas deshta vesh éi que neim pençe….-
Ai mash vossês çabeim cumo é o Lalito. Argumenta, enshe os olhos lindos dele de lágrimas e fash uma melhér derreter o corassão, e quande dô per mim, já tá com a mão deli em ssima da minha e falando baichinho, a criar cumishões no estôgamo e a faser o curassão palpitar dentro e na parte de trás das cuecas.
O Lalito, melhéres, hera capash de vender um frederífico no Bólo Norte a um Squimó e um aquessedôr a oilo no meiu dum dezerto a um Arabe incalorado. Falou, falou, falou e paçado um becado, abriu a maleta tipo estojo quele trasia e tirôu de lá papeladas e étessétra. Amostrou-me um catálogu de carros e iço, e prontes! Lá me apaichonêi por um tam lindo como um meu Nelomobili, e açim todo rosa tamém e coizo, e çó custava mais mil €ros que u queu tinha. Pudia comprá-lo e inda me sobrava munto dinhêiro, perque eu diçe logo au Lalito, cu dinhêiro do çinal pró Boga, hera meu e çó o imprestava per caza da çua aflissão cum as bolas.
Credo melhéres que coiza! Mejmo ele çendo um troca tintas uma melhér teim de çer çolidária neshtes apertos, nam acham fofos?
Beim, mas a verdade melhéres, que à dois dias que me levou o carro e inda nam deu çinal de vida.
Desquêra que le nam tenha corrido mal o nigoiço e que o Armandu péi de Boga nam tenha fêito mal ó Lalito. Melhér, que mejmo çeim ele çer um namurado de jeitu, dava-me pena su viçe de tomatada pindurada dos beissos, crédu!
Prá çemana logo les digu.
Bom fim de çemana e pra uma boa broshada, já çabeim melhéres, cá o Nelo tá de servisso….

Bartolomeu e São zinha

"Uma noite destas acordei inundado em suor. Tive de sair da cama, tomar um duche, vestir novo pijama de flanela e trocar os lençóis.
Quando me voltei a deitar, fiquei um pouco a tentar perceber o motivo de toda aquela transpiração. Fiz um esforço de concentração, tentando lembrar-me o que estaria a sonhar que me tivesse provocado aquela inundação. Certamente um pesadelo, pensei.
De repente, uma imagem aflorou à minha memória: efectivamente tratou-se de um sonho, mas não fora um sonho mau. Pelo contrário.
Naquele sonho eu encontrava-me num belo veleiro, percorrendo despreocupadamente o Mar Mediterrâneo, ilhas Gregas, águas translúcidas, agradavelmente mornas e, por companhia, nem imaginam quem...
Certo! A minha companhia era precisamente a exuberante, a fantástica, a inigualável São zinha. Esbelta, esplendorosa, reclinada no pavilhão da proa, recebendo no corpo deliciosamente desnudo os raios quentes de um sol imenso, só nosso, que fazia ressaltar do seu corpo um brilho encandeador.
Eu, ao leme, conduzia o nosso barco que sulcava um mar manso, impelido por uma brisa suave, escoltado por um grupo de golfinhos que, ondulando os dorsos ao lume d'água, como que prestavam honras à beleza helénica de São zinha. A meio da manhã, São zinha mostrou desejos de se banhar, de ceder ao apelo daquele mar suave, desejoso de sentir o sabor da sua pele, de a acariciar e de a fazer flutuar graciosamente.
Baixei as velas e, quando o barco parou, São zinha saltou da amurada, descrevendo por breves instantes um arco gracioso, penetrando imediatamente as águas calmas. Quando reapareceu, rodeada pelos adoradores golfinhos, transmitiu-me a imagem de uma ninfa que visita o marinheiro, trazendo-lhe um melodioso e encantador cântico de sereia.
Depois de algumas braçadas e piruetas aquáticas, São zinha voltou a mergulhar. Segui a sua silhueta com o olhar, até desaparecer no fundo imenso. Nesse momento, o meu coração ficou em sobressalto e, num impulso instintivo, saltei para o preciso local onde momentos antes São zinha havia desaparecido. Nadei o mais rápido que os meus músculos conseguiram e em breve alcancei São zinha. Na difusa visão do fundo oceânico, percebi que São zinha não se encontrava só, apesar de não identificar com precisão o quê ou quem a estava segurando pela cintura e levando sempre na direcção do fundo. Nadei ainda mais rapidamente e alcancei São zinha e o seu raptor. Estranhamente, tratava-se de um ser que se julgava já extinto dos mares: um Tritão (Qual trintão, caraças... Tritão, Tritão, uma divindade dos mares, dasss)
Num esforço quase sobre humano resgatei São zinha do abraço do meio Homem, meio peixe, restituindo-lhe a liberdade de voltar à superfície, enquanto se desenrolava uma luta titânica entre o homem e o deus. Como estou aqui a contar a história, já estão mesmo a perceber que rebentei com o canastro do Tritão.
Tritã e Nereide
Agora ficaram cheios de curiosidade para saber como é que a São zinha me recebeu quando cheguei a bordo, não é verdade?
Pois... perguntem à São, vá, perguntem...

Bartolomeu"

Leopold de Sacher-Masoch (1836-1895)


Durante uma viagem a Viena com o pai, descobre na galeria imperial do palácio do Belvedere o retrato de Héléne Fourment pelo marido, Rubens, que a pintou nua, enrolada numa peliça que mais revela que esconde seu corpo. "Ainda menino eu já tinha por peliças uma predilecção que com o tempo se tornou uma paixão, verdadeira mania."

Em adulto, o Cavaleiro de Sacher-Masoch firmou com a Sra. Fanny de Pistor um contrato nestes termos: "O Sr. Leopold de Sacher-Masoch aceita ser o escravo da Sra. de Pistor e obedecer incondicionalmente a todos os seus desejos e ordens; isto durante seis meses, Por sua vez, a Sra. de Pistor promete vestir-se de peles o mais frequentemente possível e sobretudo quando der prova de crueldade".



Dedicado à PETA (People for the Ethical Treatment of Animals) com os comprimentos e larguras dos Manos Metralhas.

Outono, a altura da phoda...

05 outubro 2006

Detalhes




PAUL BANNER

FreshNudes

quero-te

Gerhardt Thompson
Gerhardt Thompson

quero-te nos sonhos
quero-te na carne
quero o teu abraço que me resguarda
quero o teu sexo que em mim se afunda
quero o sabor doce do teu beijo
quero o sabor forte do teu sémen
quero as tuas mãos que me acariciam
quero os teus dedos que em mim se entranham
quero a calma dos teus lábios nos meus
quero o fogo da tua língua na minha pele

quero-te
mil vezes te quero

Memória colorida

Sempre que o imagino, pontiagudo, com a dureza necessária para cumprir com a sua função, tenho um desejo crescente de lhe pegar para colorir o meu mundo. Agarrá-lo firmemente e ao impulso da minha mão conduzi-lo a traçar emoções fundas, vincadas, que espelhem as minhas sensações.

E o deleite infantil de me tingir a língua quando restrinjo o meu desejo de o roer, de trincar de mansinho aquele acre sabor. Ou espargir em mim as lascas que dele se desprendem depois de devidamente rodado.

Agrada-me encontrá-lo no estudante, no marceneiro, no arquitecto ou no engenheiro, no sapateiro que resiste no vão de escada, tal e qual como no merceeiro da minha infância.

É que é difícil apagar que Viarco foi o meu primeiro lápis.

O tracoma - por Falcão

"Na minha terra há um médico desses dos olhos. Estive lá há dias a fazer uma graduação das lentes dos óculos. É meu conhecido há muitos anos e o caralho contou-me uma parte, c'um filha da puta, que ele há coisas que são mesmo do caralho.
Disse ele assim «Ouve Zé, esta semana entrou-me aqui uma senhora já entradota, com uma moça dos seus vintes e setes ou vintes e oitos, nessas médias. Quem falou sempre foi a mãe, que a cachopa ou era tímida ou tinha algum problema. Epá, sabes Falcão, pensei e depois verifiquei que era mesmo, foi mãe já tarde e essas coisas... enfim, mas adiante.
Estive a ver-lhe a vista, fiz uns exames e depois fui falar com a mulher sozinho:
- Escute, minha senhora. O que se passa é algo delicado, nem sei bem como explicar os pormenores, mas é uma coisa complicada. A sua filha tem um
tracoma!...
Bem, Zé... se visses os olhos da mulher:
- Cumo diz, doutor, outra cona?! Ai, a minha vida! Então ela só cum uma e já com esta idade não lhe arranjava que fazer, como é que vai ser com mais outra? Ai, a minha vida, que era agora só o que me faltava...»

Falcão"

crica para visitares a página John & John de d!o

04 outubro 2006

FODCAST #1 do SirHaiva.


Faças o que fizeres...
... não pares de DIZER QUE SIM com a cabeça!!!!
E agora é melhor voltar para o trabalho que está a acumular em cima da secretária... para ser despachado.

CISTERNA da Gotinha



Catherine Bell de uniforme

A
Sexy Dannii Minogue em bikini.

Qual preferes:
Petra Nemcova ou Josie Maran?!

Já chegou o Outono, não foi
Kasie?!

O filme Star wars já deu o que tinha a dar. Agora chegou o
Porn Wars.

O Mário Nogueira descobriu nas notícias do dia que Mamas de silicone salvam mulher.

PLOC! A guerra das estrelas vista por Julius Zimmerman

Já vos disse que tenho na minha colecção alguns desenhos originais do Julius Zimmerman? Que só não tenho sítio para os expor?
Agora deu-lhe para pôr à venda* este desenho («Holding Her Could Be Dangerous»): * se for bem seduzida, ainda poderei ensinar onde é que esta delícia está à venda na internet. Mas tem que ser uma sedução rápida, que é um leilão e termina já nesta madrugada de quarta-feira...

6. Sinceridade e Ensejo - por Bruno

Para quem não se lembra, antes foi assim.


Recolhi a sopa e regressei ao local da verdade e da caçada.
No momento que me sentei, Marla exibia um sorriso largo, confiante e irónico.
- Que giro – disparou estridente – sopa de tomate, para quem parece não os ter! – a frontalidade dela procurava uma reacção.
Aceitei a tirada forte e esbocei um sorriso amarelo com tons de amuo:
- Não é nada disso! – semicerrei as pálpebras, sinonimizando incompreensão.
Ela atalhou:
– Já sei o que vais dizer. Tens namorada séria... compromisso... blá blá blá blá ...
- Sim, é isso – afirmei solenemente.
- Querido... – começou jocosamente, com os personalizados movimentos corporais confiantes – então não devias ter aceite o meu número e muito menos ter-te sentado aqui!
- Mas eu quero sair contigo. Apenas hesitei, como deves compreender – o tom saiu sinceramente sério.
- Olha, esquece, eu meti-me contigo e na nossa conversa provoquei-te propositadamente, quando disse que também gostava de mulheres e isso é mentira. Só o disse porque sei que é a chave para qualquer homem que gosta de engates, como tu. Por isso vamos esquecer!
- Mas eu quero sair contigo! – foi o que saiu, pois o cérebro ainda estava a ler os ataques dela.
- Não leves a mal, tenho que me ir embora. Fazemos assim... – enquanto falava, Marla pegou numa caneta, virou o individual de papel e começou a escrever:
– Ainda deves ter o meu número, mas ainda assim, vou escrevê-lo aqui. Isto é suficientemente grande para não o perderes. Apesar de teres alguns cabelos brancos, cresce e toma uma decisão. A regra é a seguinte: ou me ligas nos próximos 15 dias ou esquece-me. Desculpa se estou a ser agressiva, mas a paciência não abunda por aqui.
Levantou-se lentamente, guardou o jornal e apertou-me carinhosa e ligeiramente a bochecha, em mais uma forma de me chamar puto:
– Xau! – despediu-se simultaneamente com um sensual piscar de olho.
Bruno