Os olhos penetrando os olhos.
O corpo penetrando o corpo.
O rio de suor que escorria entre eles e colava a pele.
E era rio na pele.
E o corpo lança que a trespassava, que arqueando o corpo recebia em si, que apertando as pernas pedia que a rasgasse mais.
Os olhos penetrando os olhos.
E as mãos cordas que a enleavam.
As mãos que a exploravam, a apertavam. As mãos que a prendiam ali.
E as dela no rosto dele decorando a face que tem o prazer.
Os olhos penetrando os olhos.
O corpo dele que a engolia, a comandava, a prendia. O corpo que exigia cada vez mais.
Os olhos penetrando os olhos.
E a pausa que ele não permitia, o corpo marcando o compasso.
A voz que a incitava.
A lança que a trespassava, os olhos penetrando os olhos.
E a explosão simultânea. O abrir de todas as comportas.
O rio que entrou nela e o dela que o alagou.
E o rosto que descansou no rosto.
E a paz nos olhos que se fecharam.
Poema de
(para lerem este e outros poemas dela, visitem o blog)
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