31 maio 2004

Dá-se o mote e o OrCa ode

Perguntei-lhe se o nome completo dele seria OrCaralho. De imediato esclareceu: «eu nunca ralho». Respondi-lhe como odia:
Se és só OrCa sem mais nada
Cumpro à risca e não falho
Mas não tenho voz de fada
Pois de facto eu, Orca, ralho.


Pois o OrCa pediu lá à Florbela autorização e saiu-lhe este espancamento:

Tu queres ralhar, ralhar perdidamente!
Ralhar e que ralhar, como convém...
Mais este e aquele, o outro, e tudo à frente
Ralhar! Até não haver para marrar ninguém!

Perdoar? Esquecer? 'Tás é demente!...
Atracar ou dar de frosques? É mal? É bem?
Quem disser que se pode aturar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há pouca coisa boa nesta vida
É preciso pois levá-la bem vivida
Pois em nós tudo é bom de aproveitar!

E se um dia acordarmos sem mais nada,
Se tivermos dado à noite uma bem dada,
Essa é nossa! Já ninguém a vai roubar!...

OrCa

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