E começa logo com um poema dela que me põe ensopadinha:
NOITE
E é na solidão da noite que eu me abraço, acaricio
No silêncio ainda mais calado das coisas paradas
E grito, contorço, gemo e desfaço-me em cio
Arfo para fora a dor, liberto enfim as minhas mãos aladas
Temo já não ser, não dar, não estar
Arrepios de medo percorrem o que eu fui, outrora,
Suor e lágrimas em rio desatinado, em mar
Memórias de demónios, anjos, do que sou agora
E o teu cheiro atormenta-me, leva-me o sono
Para paragens onde humana gente não se sabe
Para lá de tudo, onde o sonho é pesadelo e grito
E chamo o teu nome, ainda, nem sei como
E quero voltar atrás, de um jeito que na alma não cabe
E quero adormecer... descansar... levar-me toda ao infinito...
Maria, 08/09/2005
Que bem te venhas (e que te vás... cas ostras), Maria! Como ode o Charlie:
Nos fogos da carne que a mente consome
Glosas com chama, o amor com garbo
Cantas Mulher o que sinto como Homem
E é assim que vejo no amor em letra
Da alma tua, dando luz ao dia
O Ser maior que de ti penetra
Passas a Deusa... do Amor, Maria
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