30 abril 2006
Corpo em branco
chega de repente esta primavera de cores anunciadas e escrevemos poemas de amor como quem pinta palavras reinventadas
soubesse eu desenhar as palavras
e faria do meu corpo uma pintura de amor
no branco do ombro, gravaria um beijo a quente
no vale entre os seios, inventava uma textura de laranja
no ventre plano, tatuava uma serpente verde
na curva onde a nádega encontra a coxa, esperaria por ti
do triângulo húmido sonharia uma concha
e sorriria em prateado a pérola escondida.
soubesse eu pintar as cores do amor a aguarela
e seria hoje o meu corpo em explosão a tua tela.
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Uma por dia tira a azia