"Ser-se jovem em Portugal e pedir ajuda de planeamento familiar arrisca a, mais de metade das vezes, ouvir um não da parte dos centros de saúde, hospitais e delegações do Instituto Português da Juventude (IPJ), segundo um estudo da Deco, associação de defesa do consumidor.
O estudo da Deco, sobre este serviço, a ser publicado na edição de Junho da Revista Teste Saúde, baseou-se em 85 visitas anónimas feitas por jovens entre os 15 e 20 anos, que procuraram uma consulta de planeamento familiar.
«Em 49 estabelecimentos, os utentes não passaram da recepção» afirma a Deco. Destes, 27 encaminharam os colaboradores da associação para o centro de saúde da sua área de residência, mesmo depois destes afirmarem que não queriam fazê-lo por falta de à-vontade para tratar do tema com conhecidos. Em dez casos não foram sequer apresentadas alternativas à recusa de atendimento e em 12 houve um encaminhamento para Centros de Atendimento a Jovens ou delegações do IPJ.
Das 36 consultas analisadas pela Deco, só quatro chumbaram por esquecimento de se falar do preservativo e da sua importância na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.
Face aos resultados do estudo, que revelam que há um abismo entre o que diz a lei e a prática, a associação de consumidores considera indispensável que o Ministério da Saúde tome medidas para reduzir a taxa de maternidade adolescente e prevenir as doenças sexualmente transmissíveis."
Artigo do Correio da Manhã indicado pela Matahary
Assim não! O direito dos jovens à informação sobre sexualidade, sem tabus e hipocrisia, é decerto uma causa pela qual vale a pena lutar.
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