11 junho 2007

Em defesa dos direitos humanos, particularmente os meus



Era especialista em direito internacional e esta minha tendência para os intelectuais viu-se plenamente satisfeita com a presença de um expert.
Embevecia-me só de o ouvir falar em direitos humanos…
Reflectindo, que nisso posso gabar-me de ser super-veloz, achei que tinha ali a pessoa ideal para garantir o respeito das obrigações assumidas. E tão subitamente como reflcti… concluí que ando a ser implacável face ao 12º direito - o do casamento. Quem sabe… terá acabado de despertar em mim a mulher conservadora, a aguardar noivado como forma de reparação da vítima que sou eu própria.
Quer dizer, vistas bem as coisas o que eu queria mesmo era a confirmação do direito ao processo equitativo, bem me importava se existia ou não uma violação da Convenção ou se se cumpriam os prazos legais para a renovação dos mandatos.
Direito ao recurso individual, querido - foi o que lhe respondi quando ele me sugeriu que ordenasse as minhas preferências – esse para mim é o primeiro.
É claro que o direito à vida está aqui bem expresso neste meu textozinho umbilical.
E também é certo que lhe ouvi dizer que defendia a proibição da escravatura e do trabalho forçado, mas quanto a isso, nada a fazer que eu sou de muitas insatisfações.
E quanto à proibição de tortura… franzi o nariz: melhor, muito melhor que um par de tomates é uma boa tortura: há lá coisa mais apetecível que um chicote!


Fausta Paixão
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E que melhor certificação de qualidade de um texto que o OrCa odê-lo?

"chicotada com vergão
gota de sangue e gemido
creio que só dá tesão
a quem andar deprimido

no fundo fica o fascínio
de só o erguer da cueca
sendo preciso o domínio
p'ra sentir gosto na queca

não sei... a cada um o achá-lo
mas sinto este doce enleio
quando me corre o cavalo
mesmo se não o esporeio..."

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