- Querem ir beber 1 copo?
Eu disse logo:
- Queremos!
Fomos para um barzinho simpático no Bairro Alto. No meio do grupo vinha a pessoa mais linda que já tinha visto até então. Achei eu. Ainda acho. Fixei os olhos nela e foi quando descobri que aquela era a pessoa da minha vida. Esqueci-me do Luis, que entretanto ficou à conversa com alguém. Bateu em mim uma força que até hoje não consigo entender e muito menos explicar. Mas é daquelas coisas que sentimos uma única vez na vida, creio eu. Num milésimo de segundo pensei: "Tou fodida!" E estava mesmo. No meio dos copos e da histeria colectiva, muito riso, muito copo, muita música, muita dança, meti conversa com ela. Olhos verdes. Cabelo em caracóis. Linda de morrer. Apaixonei-me de imediato por aquela mulher que saiu nem sei de onde. A paixão dura até hoje. Durará sempre. Continuo portanto fodida! Houve entre nós uma empatia simultânea e combinámos logo qualquer coisa de ocasião. Não conseguia mais pensar noutra coisa que não fosse aquele pedaço de mau caminho. E o Luis, caralho? Deixei de pensar. Foi como se me tivessem tirado o cérebro.
Passou um mês até que voltasse de novo a encontrá-la. No reencontro apeteceu-me de imediato dizer-lhe: "Amo-te! Larga tudo e vamos embora para qualquer lugar, só nós duas". Os seus olhos pareceram entender de imediato os meus. Não falei nada. Era um fim de semana e inventei uma desculpa para o Luis não ir comigo. Passei o fim de semana a inventar desculpas, aliás. Mentiras. Falsas emoções. Até que ao segundo dia de tanto não conseguir disfarçar o meu interesse por ela ouvi a pergunta que tanto queria e temia ao mesmo tempo:
- Mas qual é a tua? Gostas de mim?
Senti um frio na espinha e disse-lhe:
- Sim, é isso! (que merda de resposta, não era nada daquilo que tinha pensado)
Apesar da empatia, a reacção dela foi antagónica. Foi de negação. Não era fácil admitir o amor por outra mulher. Rondei-a até não poder mais e ela teve que se render. Saímos sorrateiramente de carro e fomos até à praia. Falámos muito com os olhos. Ela beijou-me a mão timidamente. Eu beijei-lhe a boca duma forma arrebatada. Louca de tesão. Aquele beijo durou uma eternidade. Levantei-lhe a camisola e abocanhei-lhe as mamas. Ela gemeu no meu ouvido e disse:
- Não podemos, pára... isto não pode acontecer.

Agora pairo por aí... doida e perdida no encalço.
Lyer
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