27 fevereiro 2008

Lobe leter


Estou cansada de escrever para dizer mal dos homens e ridicularizar-lhes os tiques que os fazem meninos da mamã ou portadores de um umbigo mais extenso que a volta ao mundo em 80 dias.

Em abono da verdade tenho de ser sincera e afirmar que os homens são honestos. Eles nunca fingem orgasmos. Dirão que é uma impossibilidade técnica mas se quisessem ser criativos ou imaginativos ou impostores bem que podiam simular uns efeitos especiais com as saquetas de maionese do Mac Donald's ou coisa que o valha estrategicamente escondida no rego do cu e na hora H vertê-la, aproveitando a confusão do momento e a cortina de luzes difusas.

E porém, os homens são de um sinceridade imaculada em não os fingirem. Podem fingir paixão, com frases afincadamente decoradas para sairem em alturas propícias, podem até fingir amor aguentando-nos as conversas com um ar totalmente embevecido enquanto fazem contas de cabeça sobre quantas frases faltam para nos darem uma queca mas o resto, não. Especializaram-se nisso do mesmo modo que quando falta um sentido o ser humano apura os outros.

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