Começo a crer que as mulheres falam mais como é costume apregoar-se. Até no final da queca e com beijinhos ou abraços pegajosos têm disposição para comentar aquela actuação acabadinha de finalizar como se estivessem a sair da sala de cinema. Ou para analisar o último artigo de capa de uma revista comummente lida com exclamações vivas de viste aquilo e aqueloutro e depois quando o gajo diz, reparaste?... Às vezes até decidem ser o momento certo para programar uma viagem ou uma ida ao restaurante como se as palavras prolongassem a dopamina da cópula.
O berbicacho é que os homens preferem o silêncio para repor o ritmo normal da respiração. Isto quando não se viram para o outro lado prontinhos para dormir ou completamente de papo para o ar enchem o quarto com roncos como se o coito lhes consumisse toda energia disponível e tal como nos jogos de crianças fosse o local de descanso quando é alcançado.
Se a relação sexual fosse como um passe de transportes públicos já as configurações carregadas teriam de ser acertadas para funcionar. Assim, é um berbicacho validarmo-nos no transporte correcto.
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Uma por dia tira a azia