E para não ficarem rabos de palha sobre a palavra CU, originária do latim culu, esse substantivo masculino que designa ânus, nádegas e a extremidade da agulha oposta ao bico, vamos intentar uma classificação do mundo dos seus sinónimos na gíria, em 5 grandes grupos: cu-vejo, cu-forma, cu-papa, cu-faço e cu-se-lixe.
No primeiro grupo integramos aqueles que surgem pela imediata semelhança visual do cu com outros coisas como anilha, argola, buraco, ilhó, olho e orelho.
A seguir, juntamos os que derivam da parecença visual das nádegas com outras formas do nosso quotidiano, de que são exemplo as arredondadas alcofa, ás de copas, bilha, bojão, marmita, bem como as mais quadradas pacote e panela.
O terceiro grupo nasce da associação do dito cujo com delícias culinárias e/ou gastronómicas que nos aguçam o apetite como no caso de ananás, queijo, pá, padaria ou regueifa.
O quarto surge de uma perspectiva meramente utilitária e funcional dessa parte do corpo humano encarado então como cagueiro ou cano de escape.
O último conjunto agrupa aqueles termos que pela sua sonoridade se aproximam do termo vulgar e seus derivados mas ainda assim tentam o eufemismo, tal como fez uma recente rede de telemóveis, e aqui incluímos a bunda, as nalgas, a peida e a peidola, o quiosque, a rabada, o traseiro e o tutu.
Em jeito de epílogo recordaria apenas que o cu é o começo de coração.
[Bibliografia usada: Dicionário Língua Portuguesa On Line da Priberam; José João Almeida,Dicionário aberto de calão e expressões idiomáticas, 12 Dezembro de 2007; Afonso Praça, Novo Dicionário de Calão, Círculo de Leitores: 2001]
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