29 setembro 2011

Nus meandros

"Oiço palavras correndo pela minha cabeça.

Eu as oiço ascendendo nos meus quartzos, retendo-me num espaço aumentado, atravessando-me em volta de inúmeros ecos. Elas pensam, correm abertas em mim, como se eu fosse o seu céu e elas estrelas pela minha noite dentro...
Segredos em transe... imagens que partem e levam com elas o meu sangue, e me atiram para um mundo de sonhos, grandiosamente aberto, na mais limpa coada que dorme no centro de mim, entre as rotações, pressões, nas minhas artérias que são ceptros soberanos, entre os corredores, por onde a minha loucura é expelida...
Amo as Luas vermelhas que explodem na minha cabeça, repetidamente, repentinamente as chamas são um mar aberto reflectindo fúrias entre as constelações deste meu tempo interno, aos de mais externo, arfando continuamente, chamejando entre os meus lábios, detidos entre o silêncio e a insónia...
Cada palavra é um eclipse, um abismo profundo, um coração com garras que reflui e flui em mim, interminavelmente, até ao fim dos meus dias, entre as pernas..."

Luisa Demétrio Raposo

Tradução do amor (II)

Não sei quando
nem sei como
tudo isto começou
Tudo isto começou
e nenhuma luz acendeu
e nenhum sinal inequívoco
nenhum cumprimento à porta
do inferno em chamas do meu peito
antes de temperar o meu coração
Amo-te
e o tempo não fez o favor
de me anunciar
a minha nova vida
Amas-me
tu a anunciarás.

Meninas, mamas grandes é à chapada!



Atenção que não dá para fazer crescer pilas.

Brushstrokes 001


28 setembro 2011

Assim ou Sopas

Gosto de fazer amor devagar. Não estou a falar de sexo Tântrico, à la Sting (que afinal acabou por confessar que exagerou para nos impressionar) mas simplesmente de sexo lento, feito com atenção a pormenores: a forma como os meus mamilos endurecem e escurecem quando são estimulados, como o meu sexo incha, humedece e amolece em preparação para receber a carne hirta que dele se aproxima, a alteração do ritmo na minha respiração e do bater do meu coração. Gosto de reparar nesses pormenores da alteração dos cheiros no ar quando dois corpos se oferecem para trocar prazeres, de estar atenta ao momento em que as vozes se tornam ligeiramente mais roucas e mais ofegantes, gosto de tomar atenção a tudo isso enquanto prolongo o momento antes de ser penetrada. Poder estar atenta a esses pormenores requer tempo. Infelizmente para mim, isto não é exactamente compatível com esta minha condição quase permanente de ser “a Outra”.
Quando somos “a Outra”, são raras as vezes em que nos é concedido tempo para fazer amor como eu verdadeiramente gosto. Isto, independentemente do número de orgasmos. Para mim, atingir o orgasmo só é um objectivo quando me masturbo. Quando preciso de um orgasmo. E consigo perfeitamente chegar lá sem fazer amor. Quando se tem pressa, não se faz amor. Fode-se. A “rapidinha” é uma foda. Uma bela foda, mas uma foda à mesma.
Uma das relações que tive enquanto “a Outra”, foi com um homem incapaz de usar preservativo. Assim que eu abria a prata do preservativo, ele começava a desfalecer. Tentámos de tudo! Preservativos com sabores, sem látex, inseridos com a minha boca, vedei-lhe os olhos para tentar disfarçar o momento de lhe enfiar o barrete e… nada! Ele ia-se sempre abaixo!
Ora sabendo eu que nos vários anos do seu casamento entediante ele molhava frequentemente o seu pincel em vários boiões de tinta, não me atrevia a deixar que ele me viesse molhar o pincel no meu boião sem certos cuidados…
Andámos nisto durante meses a fio – a fazer amor sem penetração. Chegámos a um ponto em que já nem nos preocupávamos com tentar o preservativo. Amávamo-nos lentamente, ríamo-nos, tínhamos conversas intermináveis entrelaçados em posições que nos pareciam impossíveis, beijávamo-nos longamente de forma ofegante e trocávamos carícias. Nunca me ocorreu sequer trazer um vibrador para as nossas brincadeiras, tal era a forma como nos satisfazíamos mutuamente.
Na última vez que estivemos juntos algo inesperado aconteceu: entre risos jocosos, resolvemos tentar outra vez “enfiar-lhe o barrete”. Com uma mão a acariciar-lhe os testículos e a outra a ajudar a minha boca e língua a desenrolar o preservativo, ele manteve-se mais atento que nunca até eu o montar devagar, os dois a tremer na ânsia de sensações novas. Baixei-me nele até que ele estivesse completamente dentro de mim, ele sentado no meio da minha cama, as luzes acesas, eu sentada em cima dele, os meus seios ora se roçavam contra o peito musculado dele, ora eram recebidos pela boca dele, os nossos olhos bem abertos, humedecidos pelas sensações, incrédulos ao que se estava a passar.
Depois ele estragou tudo… trocou-nos as posições para que ficasse ele em cima e começou a foder-me àquele ritmo que me faz lembrar os cães quando se montam uns nos outros ou quando montam a perna de uma pessoa. Fodeu-me com movimentos curtos e bruscos durante muito tempo, trocando de posição mas não voltou a deixar-me estar em controlo. De repente, no meu quarto, havia apenas o pénis dele e uma vagina, que nem sei se ainda era a minha. Depois de se vir, deitámo-nos lado a lado sem dizer uma palavra. Ele com um sorriso na cara e eu… só sei que sentia a pele fria e uma certa apreensão. Ficámos assim no silêncio algum tempo até que ele se mexe, a tactear algo na mesa de cabeceira. A embalagem dos preservativos. Quando vi que ele já estava outra vez erecto e que estava a abrir um novo preservativo, levantei-me da cama, vesti o meu roupão de seda e disse-lhe nas calmas “vai-te embora. Não me voltes a contactar.”

Fruta 13 - Utilidade da gravata

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[Foto: Pedro Costa, 2010, Fashion XVIII]

long live the pride!

Enquanto isso num Universo Paralelo

Parabéns, é um lindo amendoim.




Não sendo pedófilo, mas eu comia fácil.

Capinaremos.com

27 setembro 2011

Grécia: eu má, os homens maus...

Há, afinal, vários intervenientes nesta história mágica do por-do-sol. O céu exposto a nu rende-se à noite, ela que o viole nas mais diversas direcções. O Sol, furioso com a traição do azul, lança fogo ao horizonte. O escuro é tão liquido na noite que nos chega aos olhos e dilui as chamas num alaranjado que se apaga. Todo este mar se lança na água dos rios, mergulham todos de mão dada. Tudo isto acontece submerso mas a água ri-se e garante-nos que é apenas reflexo, que nada ali acontece de verdadeiramente importante, nenhum espelho é real. Como se a água não soubesse que, quanto menos água temos, mais secamos. Como se a água não soubesse que nos vive ou nos deixa morrer. Há quem viva com muito pouca água, há humanos que são quase todos sólidos, como as pessoas que estão a filmar o por do sol porque lhes ensinaram a lista de coisas que nos devem fascinar ao ponto de serem filmadas. Mas não filmam os homens maus que vivem na casa do elevador do telhado. Os homens que vivem na casa do elevador são feios e sujos e fugiram da terra deles, fugiram do medo e da fome e da miséria e trazem tudo e mais o horror pendurados nas pestanas, por isso devem ser maus. Também moram muitos naquele espaço tão pequeno, por isso devem ser maus. Também fugiram da miséria das suas próprias ruas para passearem a miséria nestas ruas doutros, por isso devem ser maus. A cor diferente da pele deles é feia e suja e tem outro cheiro que lhes sulca a expressão do rosto, metem muito medo, por isso devem ser maus. Não consigo filmar a história mágica escrita nos olhos sem palavras destes homens maus, o pó que lhes molha a pele e as mãos também nada diz, devem ter ficado mudos vivos, uma espécie de mordaça da alma, talvez só lhes falem as pernas e por isso é que não trabalham e vagueiam todo o dia, rua acima, rua abaixo, enquanto os braços pendurados falam com a miséria e enganam a existência. Não sei, mas deve estar tudo nos telejornais. Nenhum deles me conta nada por isso vou continuar a falar com o céu e com a água, a esta hora consegue-se ver o fundo de tudo. Eu também devo ser má porque não concedo aos homens maus existência fora do meu olhar fixo, pelo menos o direito a não serem olhados fixamente, olho-os como se fossem animais numa jaula, como se eu tivesse pago um bilhete que me dá o direito de os olhar assim.

Ricardo Esteves - Terapia de Casa-de-Banho

Foi assim

O mar pintou de azul
o teu corpo moreno e nu;
o silêncio bastou
na tua entrega,
vertente inesperada;
lembrei-me de te olhar
e, no vão da varanda
o quarto estava na sombra.
Masturbavas-te.

Poesia de Paula Raposo

Com todo o orgulho, aqui está o primeiro video de apresentação da minha colecção

Estou toda molhadinha...
Muito obrigada, Miss Joana Well, Luís Gaspar, Joana Moura e Bill Evans!
E já está na forja mais um video com outro poema da Miss Joana Well. De seguida, haverá mais dois videos, com um texto e um poema do Jorge Castro (OrCa).


«Caminhantes no vale da sedução» - a funda São from São Rosas on Vimeo.

26 setembro 2011

Fruta 12 - Kiwi nu

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Poesia de Casimiro de Brito na voz d'ouro de Luís Gaspar

O nosso amigo Luís Gaspar, do estúdio Raposa, volta a mimar-nos com Poesia Erótica, desta vez (a terceira) do também nosso amigo Casimiro de Brito:


nº 51 da Poesia Erótica do Estúdio Raposa

Denorex 80 (a banda mais sacana da cidade) - «Ereção»

Lembram-se da música «Oração» (tão repetitiva, coitadinha) da «Banda mais bonita da cidade», grupo brasileiro?
O grupo DENOREX 80 recriou-a como sátira erótica.



"Meu amor, essa é a última ereção
P'ra salvar a relação
Ereção não é tão simples quanto pensa
Haja sangue p'ra bombar essa cabeça
Ah, meu Deus, que dor
Cabem «duas bola inteira»
Cabe até uma torradeira [furadeira / betoneira / escavadeira / geladeira / etc.]
Só dói depois"

Testemunha de sexo violento



A notícia no JN: Castelo Branco em caso de orgias sexuais violentas

HenriCartoon

on saura tout - Évelyne Louvre-Blondeau



le blog d'Évelyne Louvre-Blondeau

25 setembro 2011

Tradução do meu olhar

Está intacto, o vocabulário do meu peito.
Nenhuma palavra me abandonou,
nem a palavra que eu matei,
nem a palavra que estrangulei,
nem a palavra que deixei, órfã, no refúgio do coração.
Se, por vezes, o meu olhar te parece estranho
é porque o olhar são as mãos dos olhos
e, atrás deles, escondem-se essas palavras,
então, eu estarei a tocar o nosso mundo
com esses dedos, dedos que fervem
porque o silêncio ferveu tudo o que eu não disse
até à ebulição, e transbordou-me para o teu colo.

Para onde as mulheres olham num homem

Experiência feita com quatro câmaras colocadas em... pontos estratégicos:

«Zé Feijão» - por Rui Felício


Criava porcos numa pequena courela que tinha ao pé da Quinta das Flores.
Levantava-se da enxerga onde dormia, no seu casebre de madeira, antes do sol despontar, ia despejando a lavagem dos baldes para dentro das pocilgas, e ficava a olhar os focinhos cor de rosa a chafurdar nos restos da comida que no dia anterior tinha andado a recolher nalguns restaurantes do Calhabé.
Ao fim da manhã, ao chamamento dos grunhidos dos animais, acorria a dar-lhes umas mãos cheias de farinha e enchia de água os bebedouros de pedra. Ao entardecer dava-lhes couves e mais restos de comida. Depois ia fazer a ronda pelos restaurantes para a recolha das lavagens.
Regressava já de noite ajoujado ao peso de duas grandes latas cheias de comida que equilibrava penduradas nas pontas de um grosso cajado que enganchava nos braços e assentava nas espáduas.
Certa noite, desabafou com o dono do restaurante Marbran, à Fonte da Cheira, queixando-se da sua vida rotineira, sem perspectivas, sem alegrias.
- Casa-te! Precisas de te casar, homem...
- Com quem?!, perguntou admirado o Zé Feijão...
- Ora, com quem. Com uma mulher, é claro!
- Homessa! Nenhuma me há-de querer...
- Tens que fazer por isso. Elas não vêm ter contigo, ora essa!
A partir desse dia o Zé Feijão começou a olhar para as raparigas das vizinhanças. Uma a seguir a outra iam recusando os seus pedidos de casamento. Riam-se da sua fealdade, chegavam a humilhá-lo com dichotes.
- Cheiras mal, diziam-lhe por entre gargalhadas sardónicas.
Não houve mulher nova, velha, feia, bonita, gorda ou magra que acedesse aos seus intentos.
Descoroçoado, cabisbaixo, no domingo da inauguração da nova Igreja de S. José, foi assistir à grande cerimónia.
Não se conteve quando viu aquele deslumbrante vestido vermelho a adejar na igreja, por entre a multidão de olhares que nele se concentravam.
Encheu-se de coragem e assomou à coxia:
- Quer casar comigo? Tenho um terreno na Quinta das Flores e crio porcos!
- Como posso eu casar contigo? Sou Bispo, fiz voto de celibatário...

Rui Felicio
Blog Encontro de Gerações

Será que a IKEA patrocinaria isto?

crica para visitares a página John & John de d!o

24 setembro 2011

Teste - Qual é o sexo do teu cérebro?

"As diferenças no corpo de homens e mulheres estão além da aparência e dos órgãos sexuais. A ciência detectou que até o cérebro apresenta características femininas ou masculinas. Essa diferença neurológica gera diferenças de comportamentos, sentimentos e modos de pensar entre homens e mulheres".

A revista brasileira Época disponibiliza este teste:

O neo burlesco - homenagem à dança burlesca norte-americana clássica



Desejo

Se algo resta
e me excita - ainda -,
volto ao lugar
onde nos deixámos
e trago-te comigo- agora -,
para te inventar
um novo orgasmo,
para te provocar
um desejo impossível.

Poesia de Paula Raposo

Sensual Wicca Tarot

Tarot da sensualidade Wicca.
Wicca é uma religião neopagã influenciada por crenças pré-cristãs e práticas da Europa ocidental que afirma a existência do poder sobrenatural (como a magia) e os princípios físicos e espirituais masculinos e femininos que inteiram a natureza, e que celebra os ciclos da vida e os festivais sazonais, conhecidos como Sabbats [fonte: Wikipedia].
A partir de agora, faz parte da minha colecção de arte erótica.



22 setembro 2011

escrita NU abismo

"Tenho janela mágica.
Uma Porta aberta ao infinito e no meu pensamento a casa onde grito!
Onde a tresnoite me desnuda e se deita ao meu lado sobre a página branca.
Tenho a imensidão num azul estio ao qual não dou nome.
A vida embebeda-me, em fundo fogo, no poder de criar proporções onde ninguém ousa assentar pé.
Tenho em mim unicamente o sonho desordenado. O Astro, maciço, imenso, que sobe e remexe com o silêncio e exagera a luz reclinada da minha voz.
Tenho em mim os diálogos repercutidos, tremendos, atentos, escutantes nas palavras vivas que habitam espáduas do meu ser e que são inatingíveis ao delírio encostado à Janela.
Vivo um Abismo!
Astros. Em sonhos. Éteres crepitam pululantes do meu sexo eriçado, incandescente, que se arrasa de forma fulminante a cada bater, na escrita, fulminantemente na minha interna casa, onde a Poesia se incrusta num impulso, curvante, num gemer rudimentar, no ar que gira alto. Onde sou visível numa linha escrita que se dilui e me torna oculta..."

Luisa Demétrio Raposo

Laura Poema

Nos braços de Laura, à volta da cintura
o verso de um homem pode encontrar
a mais bela melodia: abraçada ao verso,
por magia, da boca sem rosto do seu dorso,
há-de nascer-lhe uma canção. Não espera,
Laura não espera, porque havia de esperar?
Não, Laura diz agora; sem nenhum esforço,
diz agora e mergulha no homem até ao pescoço:
ele chegará a terra quando a ouvir cantar.

A modelo Rhian Sugden apalpa-se - o erotismo por uma causa

Chuva dourada é uma coisa mesmo tarada

Crica para veres toda a história
Danae


1 página

oglaf.com

21 setembro 2011

Ciclos

Sempre tive jeito para os homens. Das outras.
Não me perguntem porquê. Seja como for, esta faceta da minha personalidade é algo que escandaliza as minhas amigas casadas e causa admiração nas solteiras. Sinto-me bem neste papel – não falo do empréstimo da casa, do arranjo do automóvel, do custo da escolinha do Afonso. Em vez disso, falo de experimentar o novo restaurante Japonês ou de sítios a visitar durante a minha próxima viagem de trabalho.

Mas nem tudo são rosas nesta minha vida. Os jantares em locais remotos ou, quando à vista de toda a gente, sob pretensão de jantar de negócios ou amigos, sem aquele roçar indiscreto de perna na coxa; acabando depois com um adeus prematuro para ele não se enfiar despropositadamente tarde entre os lençóis da Legítima. Às vezes canso-me destas peripécias e tenho vontade de ter algo diferente – mas apenas temporariamente.

Há pouco tempo aconteceu-me uma incrível – conheci alguém, quase por acaso, e a conversa animou-se imediatamente. Em dois dedos, parecia que nos conhecíamos há dois anos. Ele convidou-me para jantar e eu aceitei antes sequer que ele tivesse acabado de formular o convite. Durante o jantar, a conversa fluiu como o vinho, enquanto a comida permanecia quase intocada. Depois disso uma saída, um pé de dança, mais conversa, mais bebidas, uns beijos trocados. Quando o táxi me deixou à porta de casa, “Convidas-me para subir?”, “hoje não, bebi demasiado e já não estou própria para consumo, fica para a próxima”.

A próxima foi poucos dias depois. Convidei-o eu para jantar na minha casa. Jantamos na varanda do meu 3º andar, virada para o mar e o luar numa noite quente. Mais uma vez, o vinho e a conversa fluíram enquanto a comida ficou nos pratos. Falamos de tudo e mais alguma coisa, quando ele diz “por falar em adultério (…)” sem pensar duas vezes, levantei-me e empurrei-o da varanda, atirando também a cadeira onde ele estava sentado, as duas garrafas de vinho vazias, o frapê e os pratos ainda com a comida, enquanto gritava com toda a minha força “não voltes a fazer uma coisa destas!”

Não, não foi assim. Mas por meio segundo foi o que me apeteceu fazer. No entanto, contive-me e disse-lhe “óptimo. Assim não me dás dores de cabeça."

Fruta 10 - Marmelo com capuz

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[Foto: netotal, 2011, Ângelo Rodrigues]

Campanha irlandesa em defesa da prostituição

Um movimento de prostitutas irlandesas está a fazer uma campanha para combater preconceitos em relação à profissão.
Na sua campanha mostram pessoas que descrevem actividades quotidianas com a frase comum "I choose the job that suits my needs" (eu escolho o trabalho que satisfaz as minhas necessidades).




Como explicam na página do movimento «Turn Off the Blue Light», a ideia é apresentar uma versão mais equilibrada e realista da profissão, sem vitimizar homens e mulheres que optam pela atividade, em resposta a uma campanha intitulada «Turn Off the Red Light», que pedia a criminalização para acabar com o tráfico de mulheres no país.
Este movimento critica as abordagens negativas: "Isso diminui a autoconfiança das profissionais, encoraja o ódio à indústria do sexo e, o que é mais sério, passa a mensagem para o público de que os e as profissionais do sexo estão ali para serem abusados".
No outro extremo está a imagem da "prostituta feliz", mostrando a profissão como uma forma glamourosa de ganhar muito dinheiro: "Esta não é a experiência vivida pela grande maioria dos profissionais da área".

Mamilos grandes são mais polémicos

E são uma ótima companhia.



Nojo desses mamilos.

Capinaremos.com

O amor e o facebook



HenriCartoon

20 setembro 2011

Tu: poesia erótica

Eu não sei escrever-te poesia erótica
mas é tua e exigente a pele que me cerca
o corpo e me toca
muito aqui dentro
e salto e largo-me e rendo-me e entro
pelo meio de ti até ao meu próprio centro
sim, embora tudo de mim me perca
é em ti que me sei e encontro
quando não sei escrever-te poesia erótica.

Ricardo Esteves - O LOL

Lambuzar

Tranco-te as ancas
com um golpe meu
sem explicação.
Cerro-te os pulsos
e uso e abuso de ti;
mordiscas-me o pescoço
e os mamilos
e deixas que o dia
escorregue,
quando a luz
me lambuza...

Poesia de Paula Raposo

Piroca magnética

É totalmente anti-natura, pois só se agarra a coisas metálicas... nomeadamente frigoríficos.
Apanhei-a na Praia da Rocha... para a minha colecção.

O sobe & desce



HenriCartoon

19 setembro 2011

Fruta 9 - Frutinha que estás à janela...

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[Foto: Gregory Prescott]

Ylvis - «Work It» - uma lição de sexo musical

«Love Me More» - ideias sensuais em Lagos


Passámos a ter um cantinho em Lagos onde nos podemos sentir em casa.
Recebi um e-mail muito simpático da Joyce Craveiro, proprietária de uma boutique erótica em Lagos, «Love Me More», um espaço muito agradável que tenciona trabalhar não só como loja mas também como espaço de eventos, incluindo exposições. Teve recentemente uma exposição de desenhos eróticos e colares da Maria João Careto (de quem eu tenho desenhos originais na colecção) e também de algumas esculturas do Zé Pedro Cortes de Brito. Aqui ficam alguns desenhos da Maria João Careto:


A Joyce põe à nossa disposição este espaço, "caso penses útil para algo dentro do mundo da Arte, Erotismo, Cultura... sei lá! O importante é dinamizar e criar sinergias para que pessoas com interesses semelhantes se possam conhecer e fazerem mais juntos". E convida-nos para darmos uma vista de olhos ao site, ao blog e à página no Facebook.
É uma óptima ideia... e nunca fizemos um Encontra-a-Funda no Algarve...
Entretanto... Mad, conheces este miminho em Lagos, teu destino favorito de Verão? Vânia Beliz, não quererias apresentar ali o teu «O Ponto Quê?» e/ou dar lá uma das tuas palestras sobre sexualidade? Algum membro ou membrana deste blog conhece a «Love Me More»?
A mim, algo me seduz em especial: "Marque uma massagem na Love Me More.  As massagens duram cerca de hora e meia e combinam várias técnicas para ajudar com o seu bem estar físico e emocional.  No final, aceite  o convite para um chá no pátio".
E é preciso muita coragem para criar e manter um cantinho assim. Tal como ela, eu também espero muitos entraves, alergias e anti-corpos quando criar um espaço de exposição da minha colecção de arte erótica. Leiam isto sobre a experiência da Joyce e digam o que acham: «Obscenidades, Pornografia e Religião». Entretanto, desabafou comigo: "Quanto à minha situação da licença, para já resolvi não me preocupar. Escrevi uma carta à DGAE a dizer-lhes que desistia do processo. Pode sempre vir cá a ASAE inspeccionar mas eu não vendo nada «pornográfico ou obsceno», como qualifica a lei estas coisas. Uma funcionária da DGAE disse-me que, se eu vendia vibradores, então o que interessava era o cariz dos artigos. Falei-lhe nas farmácias que também vendem anéis penianos, viagras, lubrificantes e, meu deus! até preservativos! E há uma ao lado da igreja que supostamente estou a ofender. Perto de mim há também uma tabacaria que vende revistas pornográficas ao lado dos gelados e chupa-chupas que as criancinhas compram e, também perto das igrejas, há lojas de artesanato com louça das Caldas que parece não ser obscena para ninguém... agora os meus vibradores de € 150 que podem ser usados como pisa-papéis e todos admirariam a sua beleza?! Meu deus, que escândalo! Enfim... leis da treta".
Força no grelo, Joyce! Este nosso Portugalito precisa de gente como tu e de espaços assim para ver se... endireita!

Love Me More - ideias sensuais
R. Cândido dos Reis nº102A, 8600-681 Lagos
mob: 964 320 454
tel: 282 768 289
www.lovememore.eu
info@lovememore.eu
www.facebook.com/lovememorelagos
www.lovememorelagos.blogspot.com

j'imite bien la méduse - Évelyne Louvre-Blondeau



le blog d'Évelyne Louvre-Blondeau

18 setembro 2011

A prostituta azul (XVIII) - O meu homem

Pensei que nem só esta rua me conhecia.
E que procurei eu nos teus braços?
Uma árvore, um caminho, uma estrada?
Pensei que nem só esta rua me conhecia
troquei-me por um mapa dos teus passos
e uma esquina tua vendeu-me: sou nada!

Natalie Irish pinta um quadro com os seus lábios

«Casamento desfeito» - por Rui Felício


Conheceram-se na escola, onde todos, desde professores a alunos, os tinham em alta consideração e a quem recorriam frequentemente, pedindo-lhes esclarecimentos, conselhos, opiniões.
A proximidade das suas vidas era visível, ninguém dela duvidava, muito menos a questionava.
Ele sentia-se limitado sem o bom senso dela, sem a organização e o método que ela punha em tudo.
E ela achava que o feitio organizado e meticuloso que a caracterizava, de nada lhe serviria sem o apoio dele, sem os seus conhecimentos quase enciclopédicos.
Palmilharam a estrada da vida, completando-se, estabelecendo laços fortes, aparentemente indestrutíveis.
Casaram...
Foi o mal que fizeram!
Na intimidade da relação formal estabelecida, começaram a descobrir os defeitos um do outro. Discutem por tudo e por nada, o casamento caminha irreversivelmente para o seu fim.
Ela acusa-o de diariamente acumular conhecimentos novos, sendo incapaz depois de os concatenar, de os organizar. Acusa-o de simplesmente papaguear o que sabe, sem qualquer nexo racional, sem cuidar de organizar os conhecimentos pela natureza dos conteúdos, mas apenas pela forma.
E ele, irritado, em altos berros, contrapõe-lhe que ela, com o seu obsessivo e cada vez mais complicado enunciar de regras organizativas, acaba por lhe cortar a liberdade de pensamento e de memória.
Ontem, depois de mais uma violenta discussão, a Gramática comunicou ao seu companheiro Dicionário, que iria pedir o divórcio.

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações

É! É o nosso fado!

crica para visitares a página John & John de d!o

17 setembro 2011

Belo sorriso!

Lição da Kate - como ser uma rapariga sexy

Ardente

Fálico e ardente
o desejo toma conta de mim;
a manhã está calma,
tu ainda dormes
e eu sei despertar-te
como gostas:
toco-te, chupo-te, mordisco-te
o pescoço...
Acordas - então - em mim,
aí mesmo onde sempre
deverás estar.

Poesia de Paula Raposo

Oráculo de Eros

32 cartas que sumarizam as passagens e passos fundamentais de uma relação erótica, divididas em 4 grupos: 6 cartas de Prelúdio, 10 de Acções eróticas, 10 de Emoções eróticas e 6 de Epílogo.
As instruções deste jogo divinatório, das edições «Lo Scarabeo», não indicam o autor das ilustrações mas deviam, pois são 32 obras de arte.
A partir de agora, está juntinho a todos os outros jogos de cartas da minha colecção.