Escuta-me: já ensinei cada movimento
a escutar-te. Escuta-me: um grito
é o teu corpo que vive dentro do meu corpo
eu grito, eu grito, e o meu peito já aberto
ouve entre pernas nascer-me a tua voz.
Escuta-me: já não sou, já só existe um nós
e terra e água e fogo e ar, rompemos sós:
pára! Olho-te, e vejo o eco infinito
que nos juntou no mesmo tempo,
um corpo a dois, à tona, um novo elemento:
do meu corpo, o teu corpo nasce violento.
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Uma por dia tira a azia