Grande é o Teu ar que se fecha em mim, inteiro, imaginário, absoluto na fala entre o sal e a boca viva, furiosa. Florescente quando murmuras, em cima. É aqui que Te penso, como Grande é a desordem da língua que em mim para Ti fala, Grande...!
Grande é a música fervente expelida pelos nossos rastos vestidos e despidos num quarto crescente. Entre a camisa redonda e o passar nu de um só grito, dentro, sempre. Entre a água firme, nos teus braços em mim dispersos.
Grande é o fogo, no transbordar das coxas, onde te afogas, dentro dela, a tua nua casa, separando o encrespe e a mão fechada, sentindo-me, Grande;
pelos incêndios das inumeras páginas escritas para ti,
onde Grande é o Amor, o Desejo que se estendem nos meus dias amplos, Grandes...
Grande o és, no meu (a)Mar Grande!
Luisa Demétrio Raposo
[Blog Vermelho Canalha]
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