No silêncio onde mergulhas a flor do pensamento verás
que nas pétalas da gente o vento não tem a força nem o
canto dele vence a eterna dança do Amor
No homem como na flor continua a valsa do vento
umas vezes
é trigo amargo
outras é mel onde trago
leve aragem ao pensamento
Na floreira da vida quando os ventos estremecem
o caule da flor tardia
aí
os olhos escurecem perante a flor murchando
onde sem seiva fenecem os sonhos
que vão morrendo na flauta do vento.
(Do livro “Laços”, de Manuela Barroso e Teresa Gonçalves. Ed. Versbrava.)
Manuela Barroso
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa