
E de todos os silêncios.]
o silêncio ocupa
as vagas, as marés, as ondas
sobranceiras às vertentes erodidas,
assim remetendo ao infinito
os sons deixados livres
pela mente
o silêncio ocupa
as mágoas, esvaziando os olhos
das imagens anteriores ao tempo
outrora ocupado pelas mãos
e pelos sonoros ecos
da nossa existência
o silêncio desocupa os corpos
quando os corpos se preenchem do outro,
eliminando as sombras das vertentes
úmbrias, onde alguém depositou
as memórias
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto

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