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17 junho 2006

Eros silenciado

A nossa amiga poetusa Encandescente apagou um dos seus blogs e o outro só tem publicidade aos seus livros.
Eros foi silenciado.

A funda São está de luto.

02 maio 2006

Viva a nossa poetusa! Viva!

As edições Polvo publicaram o segundo livro da Encandescente: «Erotismo na Cidade».
O livro estará disponível nas livrarias (e na loja da funda São) a partir da próxima semana, podendo já ser adquirido através do e-mail da editora.
Enquanto não recebes o livro, recomendo-te os vários capítulos que ela anda a escrever no blog dela sobre a Plataforma para a Igualdade dos Católicos Homossexuais Anónimos (PICHA).

22 abril 2006

A primeira ceia



Na mesa onde estiveram os pratos
Estavam os corpos
Na mesa onde estiveram os copos
Estavam os corpos
Nus
Deitados
Espojados
Comendo e bebendo um no outro
Carne, sexo, saliva, suor.
E o cheiro era quente e doce
E não era pecado
E os gemidos e os gritos
Eram salmo, loa
Cântico sagrado
E os corpos unidos
Celebração de vida
Ceia primeira
Exaltação do amor.

Foto:Per Johansson

08 abril 2006

Ode do Nelo à Encandescente

Á noça incandessente



Ai que rai d´cabessa á minha
Que paçei com istó lado
Uma linda poezia
E éu assim desacordado

É da noça incandessente
Eçta melher é um az
Puezia que toca á genti
Dá tesão, á frenti e atràs.

Nelo

22 março 2006

Ai a tua boca



A tua boca
Ai a tua boca
Que me diz palavras loucas
Roucas abafadas
Entrecortadas de gemidos
Húmida a paixão na tua boca
Que a minha procura e cala
E morde e cola
Palavras minhas ás tuas
Gemidos meus aos teus
E as tuas mãos…
Ai as tuas mãos
Impacientes curiosas
Furiosas
Abrem trilhos e caminhos
Rasgam espaços entre os braços
Os meus que se entrecruzam
E lutam e se rendem
E se baixam e retidos
Corpo rendido nas tuas mãos…
E o teu sexo
Que o meu roça e se encosta
E foge nas minhas pernas
E desce nas minhas coxas
E subitamente de repente
Me invade me preenche
Me completa
E eu repleta
E na tua boca…
Ai as palavras loucas
Que digo na tua boca.


Foto: Sweetcharade

10 março 2006

Deram música à Encandescente!

A banda Karpe Diem musicou um dos poemas da nossa poetusa Encandescente. E graças ao Ognid e à sua Catedral, podes ouvir o poema «É tua» adaptado por aquele grupo, num trabalho que brevemente estará disponível no mercado: Crica aqui para ouvires.

É tua

Quero roubar-te a alma
Por isso te devoro o corpo
Na tentativa de encontrá-la
Na tentativa de capturá-la
Em algum recanto secreto
Que a minha mão ainda não tocou
Que a minha boca ainda não beijou
Que ainda não descobri.
Por isso te prendo nos braços
Te saboreio aos pedaços
E respiro na tua boca
E pergunto na tua língua
Onde guardas a alma
Que ainda não a vi?
E tu respondes sorrindo
Apertando-me nos braços
Depois do espasmo final
Depois da entrega total:
- Não a tenho. Está em ti.

In "Encandescente", pág. 18, edição Polvo 2005
crica se queres comprar este livro

25 fevereiro 2006

Discurso da desobediência - por Encandescente



Prometo ser desobediente
E contestar todas as regras
Que não entenda, que não apreenda
Que não me expliquem
E que interfiram com a minha liberdade.
Prometo ser inconformada
Se ser conforme for assumir formas
Que não a minha
E conformada for aceitar
A imposição e aborrecimento duma rotina.
Prometo ser mal-educada
E mandar à merda quem me disser:
Sê conformada, tem paciência
A vida é isto, a vida é assim.
Prometo ser inconveniente
Se a conveniência não me servir
E conveniência for conivência
Aceitação, anulação e conformismo.
Ninguém nasce de trela e mordaça
Portanto, eu
Prometo ser eu!
Desobediente, inconveniente
Inconformada, mal-educada
E mandar à merda vida e regras
Quando e se me apetecer.

In "Encandescente", pág. 21, edição Polvo 2005

Foto: Elena Vasilieva

Crica e aloja-te na funda São

12 dezembro 2005

"E pur si muove"

Joanna N.

E contudo... O corpo move-se
Apesar do cansaço
Alagado em suor
O desejo reaceso
Que julgavas saciado
A vontade e o querer
Que julgavas satisfeitos.
Despertam os sentidos
Que julgavas adormecidos
Quando na tua a minha boca diz:
- Quero mais e mais de ti.

Foto: Joanna N.

O Ferralho ode a Encandescente (com todo o respeito):

E, depois... reinventas-te para mim
Neste nosso mesmo abraço
Nos gestos que espero e reconheço
Em palavras já usadas
Que desejo que repitas
E quero a exacta maneira de me quereres
Anseio as tuas mãos sábias do meu corpo
E as formas todas de me percorrerem
E todos os sabores que lá puseres
Agora, mesmo agora
Depois de me teres

A propósito, já compraram o primeiro livro de poemas da Encandescente? Está à venda nas livrarias, mas para quem precisar eu posso enviar à cobrança. Aqui está ele na montra de uma livraria (no caso, a Apolo 70, em Lisboa):

08 novembro 2005

O primeiro livro da Encandescente - até o Nelo ode!


Crica para veres a capa do livro


Ai melher encandessente
melher melhor que tu não há
Inté paresse que a gente
Ao não ter o sexe á frenti
tem orgulhe em ter atrás

Êle é com cada versejo
Ela rima-ó com saberi
dou nas pilas muntos bêjos
Venho-me tode em desejos
nos verços dela à pensari

E agora fes em papeli
o que screvia na net
Não mais seja eu o nelo
Fiqui eu todo amarelo
e desaparessa eu na retrete

Não há coisa mais potente
e que mais encha os putos
com os versos em enchentes
da tal moça encandessente
Colhe o Nelo todos os frutos

Nelo (só para os amigos)

Já encomendaste o livro da Encandescente?

01 novembro 2005

O livro da poetusa Encandescente já se veio!


Crica para veres a capa do livro
Todos sabem o prazer que é para mim ver este livro publicado, não só pelo seu «conteúdo hmmm...» mas também por tudo o que representa (desafio, amizade, coragem, talentusa,...).
Assim vale a pena ter um blog de serviço púbico. Com muito orgulho... e muitos orgasmos.
Parabéns, Encandescente!
Venham-se mais livros... hmmm...

06 outubro 2005

Conseguira eu

Conseguira eu dizer da carne
Do impulso primeiro
Puro, físico, carnal.
Conseguira eu dizer num poema
Corpo vibrante, latejante
Segurá-lo, tomá-lo, dá-lo
Poema e corpo nas tuas mãos.
Conseguira eu que lendo fosses poema
O sentisses, retivesses, aprendesses
E vibrante, latejante o tornasses
Poema e corpo teu.
Conseguira eu despertar o impulso
Puro, primário e primeiro
E sentisses carne lendo palavra
E sentisses corpo, poema, mulher.

Foto: Ewa Brzozowska

E logo vem o Orca com saudades:
"Há que tempos não «esgrimia» com a Encandescente...
eu direi da carne
e sentirei o corpo
eu direi o poema
e sentirei o pulso da palavra dita
e terei do corpo a vontade aflita
de um grito que vibra

e já não retenho o impulso primeiro
primário
proveito que provo de carne
de te querer mulher

conseguira eu dizer-te da carne
o quanto quisera
para te saber
um corpo que sinto
um poema-grito

e afinal mulher."


Mas o
Onanistélico não se fica atrás e pimba:
"Pudera eu conseguir-te,
carnal vontade que o instinto animal repousa no teu corpo. Do teu corpo-poema retiro o gostar de ler-nos, escrevo-me-te, em ti, com o primitivo ser, sentido-te.
Pudera ter um livro de ti."

O Charlie também se vem:
"Agradecimento à Encandescente

Encandescente, mulher poema
Mulher carne da cor do sonho.
Leio-te a alma leio-te o ser.
Leio-te como se fosse eu mulher.
E sabendo-me assim por dentro.
Mulher por mera suposição
Sou mais homem mais poema,
Mais encontro a Mulher quando amo."

O Ferralho remata:
"Gostava de te ler na flor da pele
A poesia dos sentidos exaltados
Escrita na tua carne incandescente
Por mim, poema teu,
Corpo almejado
Emudecendo dizer-te cada palavra
Declamando no teu corpo incendiado
As estrofes inscritas a desejo
Nesse poema, mulher
E corpo teu"

13 agosto 2005

Ode à Encandescente - por Charlie

Encandescente Poema maior
Ela própria poesia
Ninguém glosa tanto o Amor
Cantado em tom maior
Como ela faz com maestria

E faz bem de qualquer jeito
As letras em bebedeira
correm com amor do peito
em poemas todos feitos
em perfeita harmonia

Nem precisa desse cinzel
A que se dá o nome de rima
As palavras num papel
escorregam em rapel
Aterrando-nos em cima

E caindo-nos nas mãos
entrando-nos pelos olhar
Vão directos ao coração
Ficam-nos em ilusão
no peito a palpitar.

Charlie

20 julho 2005

Overdose



O poeta evacuou o poema.
Consumiu ao almoço Ary e Pessoa
Florbela, Sophia e Eugénio
Gomes Ferreira e Jorge de Sena
E as palavras ficaram pesadas
Excessivas, demasiadas
Enroladas no estômago
Perturbando poeta, dia e digestão.
O poeta ficou prostrado
Com a overdose de poesia.
Só por volta das seis
Evacuou poetas e poemas
E livre de palavras
Descansou.

Foto:Victor Ivanovski

O OrCa ode à Encandescente e restante "família", circulando quadrangular por uma refeição diferente, tipo sopa dos pobres, rimando...

quando se come um poeta
daqueles que muito apetecem
há que morder letra a letra
pois só assim acontecem

e depois regá-lo bem
com casta pura e sonhada
dando-o sem olhar a quem
que a poesia é bem dada

e enquanto se mastiga
com volúpia algum poema
há que sentir-lhe a cantiga
para que nos valha a pena

pois quem não gostar não coma
e quem não comer jejue
que nada tem mais aroma
do que o poema insinue

por fim um arroto breve
a contragosto soltado
dirá que o poeta é leve
quem o comeu consolado

04 junho 2005

Soneto dedicado à Encandescente pelo Charlie

"Olá! Como sabes sou como tu um grande admirador da maior poetusa que conheço.
Tive a veleidade de lhe dedicar um soneto. Se achares bem podes publicar, se achares que não vale um caralho, deita fora.
Sauda sões, e muito afundanços ;)

Neste Universo infinito
Em expansão permanente
Cesse tudo o que foi dito
Pelos Deuses, impunemente!

Os Olimpos que abram alas
Um ser mais alto se levanta
Hera, Afrodite e até Pallas
Escutem como o Amor se canta

Jamais alguém glosou com nexo
O desejo tão ardentemente
Como este ser, um reflexo

Dum mundo que interiormente
Transborda em palavras e sexo,
o amor em chama, Encandescente

Charlie"

E o OrCa poderia lá ver oder a Encandescente sem oder também?

ter na arte de oder
tal poder
tão retumbante
leva-me a mim a dizer
que tal soneto envolvente
só o soneta um poeta
em delírio 'encandescente'

e se ela dá o mote
em cada verso que versa
faz de cada um um vate
e tudo o resto é conversa

já que em doce profusão
na fusão que se pressente
sexo e verso dão-se a mão
em cordão 'encandescente'...

OrCa

27 maio 2005

Fome

 Stephane Bourson

- Tenho fome, disse.
Estendeu o braço. Pegou num bolo, partiu um pedaço. Deu-lhe um pedaço à boca também.
Ajeitou-se no colo dele. No sexo dele.

Ele levantou os joelhos para que ela se recostasse.
O colo, assento perfeito.
Moviam-se devagar. Faziam amor lentamente.
A mão dele acariciava-lhe as pernas. Ajeitava-a no colo.

Inclinou-se no corpo dele.
Lambeu um pedaço de bolo que estava ao canto da boca.
A língua provou-lhe os lábios e deu-se a provar.
Mordiscou-lhe a língua.
A boca dela. Doce. Na boca dele. Doce.

Ele moveu-se. Acariciou-lhe as nádegas.
Ela disse-lhe baixinho ao ouvido:
- Tinha fome.

Encandescente

O OnanistÉlico ficou com fome e sede de oder:

- Tenho sede.
Recolheu-se em pedaços de mim por entre a saciada boca. E esta bebida assexuada, que transpira por entre os corpos, nossos, sabe-me. E da comunhão dos líquidos prazeres sobra-me por entre os lábios um:
- Tinha fome de te beber.


E já sabemos que o OrCa, quando tem fode ome... digo, quando tem fome ode:

que fome tenho de ti
e não são horas
de saciar em ti o meu desejo
que fome tenho de ti
e sem melhoras
pelo sabor que colhi desse teu beijo
porque te dás assim
tão a desoras
a roçar tão de leve pelo meu peito
que me perco de mim
quando demoras
a abrir-me o teu corpo em que me deito.

23 maio 2005

Early Morning Blogs 5

foto: Yuri Bonder

Acordei inquieta, irrequieta
Já bebi um café e não passa.
Acendo o cigarro. Ligo o computador .
Raio de bicho estranho com memória
Que guarda as minhas:

Partilha

Se penetrar é posse
Queria penetrar-te.
Não ter o teu corpo
Ou tu o meu.
Mas simplesmente
Penetrar-te
Entrar em ti
Sentir o que tu sentes.
Se entrega é posse
Queria que te entregasses
Assim como me entrego
Quando me penetras
E posse não é mais posse
Mas dádiva, partilha
Porque possuo quando me entrego
E tu rendes-te penetrando.

2/12/2004
(Encandescente)
*
Bom dia
(O seu a seu dono)

A Marca gostou tanto que também quis oder:

Se amar for uma enorme saudade, que chega e me abraça de mansinho...
Se amar for esta vontade louca de estar, de sonhar com a voz nos meus ouvidos, de sentir o calor das mãos entre as minhas...
Se amar for esta vontade de me dar, esta vontade de crescer e de dar cada vez melhor...
Se amar for este sorriso que desponta em mim, ao pensar com ternura nos seus olhos...
Se amar for contemplar a chuva que cai e desejar sentir o calor do seu corpo...
Se amar for o meu coração bater tresloucado, simplesmente porque estás a chegar...
Se amar for acordar pela manhã e sentir a beleza do céu...
Se amar for apesar de tudo e de todos...
Então não tenho dúvidas … eu AMO.

17 maio 2005

sessentaenove



Penetro na tua boca
E sinto um vulcão
Que me faz tremer.
A tua língua circunda-me
Sugas-me o prazer.

Ofereces-me então
O fogo do teu cálice
Onde bebo o néctar
Que explode de ti.

Naquele momento
Saciamos em suor
A sede dos dois
E num hino à volúpia
Escorremos lavas
Que nos consomem.

Foto: Norbert Guthier

Esta é do Nikonman que também gosta de oder.
E a Encandescente não podia de forma alguma perder esta oportunidade de 1º fazer uma ao nikonman e dizer willkommen!
E em 2º lugar, claro - e como o Orca não se apresentou ao serviço -, oder o poema:

Entregou-se na boca que se abria
Na boca que a pedia
Na boca que a queria
Os lábios, a língua, voracidade.
E colou-se
Deslizou no corpo nu
As mãos procurando entre as coxas
O desejo erecto que nele despertava.
E os lábios, língua, dentes deram
Entre as coxas que para ela se abriam
O que a boca dele lhe dava.
E apertados, enlaçados, enleados
Entre gritos do corpo e gemidos abafados
Na boca um do outro se deram
E na boca um do outro saciaram
Da boca o querer
A vontade.

O OrCa ode a Sophie Marceau, que se descuidou em Cannes


Impelido pela constante luxúria sugestiva da Encandescente e julgando interpretar alguns anseios da comunidade, ocorre-me o seguinte:

cede a alça à minha sede
e o seio alvo receio
se o beijo ao mamilo invejo
quem sabe se há-de tornar-se
o que em Sade se há-de dar
cede a alça na penumbra
e o teu corpo que assombra
acende o Sol no olhar
e tocar-te o peito é arte
de alabastro que desbasto
neste impulso de te amar
deixa então assim ficar-te
e eu que nem posso ter-te
pelo seio que mostraste
só por ele eu hei-de amar-te...

OrCa

O Dupont, do Vilacondense, diz que a fodografia dele é melhor. O que acham?
O facto é que ela nunca se preocupou tanto em tapar as mamocas. Como diria o SirHaiva, à dúzia é mais barato:
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E para quem quiser está aqui o video
(com o patrocínio do Juca, nosso amigo do Brasil)

16 maio 2005

Fogo. Fome

Robert Gregory Griffeth

Prendeu-o nas pernas. Apertou-lhe as nádegas.
Arqueou o corpo. Contraiu o sexo.
Prendeu-o em si.
O corpo animal
Desejo
Fogo
Fome.
Levantou o corpo. Cavalgou o corpo.
Dominou-lhe o sexo. Preso entre as pernas.
O sexo dele, dela.
O corpo animal
Desejo
Fogo
Fome.
O sexo faminto. O sexo sedento.
Do orgasmo dele. Do orgasmo dela.
E num grito rouco
Cavalgando o corpo.
Explodiu no corpo. Exigiu-lhe: Vem.
E com o corpo lasso. Esgotado. Saciado.
Sorriu-lhe ternura
Falou-lhe amor.

Encandescente

O OnanistÉlico odeu no ritmo (o que não é para todos):

fome que amacio com cerejas que degusto com o gosto do chegar dentro de ti... fogo em forma dum prazer que arde, labaredas que beijo, vejo, sinto ser, cereja.
por entre as pernas, deitado sobre os pés... vagueio de encontro ao carnudo doce de ti... com meigas trinquinhas de desejo queimo-te com beijos o recatado carocinho. E assim o trago guardado, despido de ti.