27 maio 2005
Fome
- Tenho fome, disse.
Estendeu o braço. Pegou num bolo, partiu um pedaço. Deu-lhe um pedaço à boca também.
Ajeitou-se no colo dele. No sexo dele.
Ele levantou os joelhos para que ela se recostasse.
O colo, assento perfeito.
Moviam-se devagar. Faziam amor lentamente.
A mão dele acariciava-lhe as pernas. Ajeitava-a no colo.
Inclinou-se no corpo dele.
Lambeu um pedaço de bolo que estava ao canto da boca.
A língua provou-lhe os lábios e deu-se a provar.
Mordiscou-lhe a língua.
A boca dela. Doce. Na boca dele. Doce.
Ele moveu-se. Acariciou-lhe as nádegas.
Ela disse-lhe baixinho ao ouvido:
- Tinha fome.
Encandescente
O OnanistÉlico ficou com fome e sede de oder:
- Tenho sede.
Recolheu-se em pedaços de mim por entre a saciada boca. E esta bebida assexuada, que transpira por entre os corpos, nossos, sabe-me. E da comunhão dos líquidos prazeres sobra-me por entre os lábios um:
- Tinha fome de te beber.
E já sabemos que o OrCa, quando tem fode ome... digo, quando tem fome ode:
que fome tenho de ti
e não são horas
de saciar em ti o meu desejo
que fome tenho de ti
e sem melhoras
pelo sabor que colhi desse teu beijo
porque te dás assim
tão a desoras
a roçar tão de leve pelo meu peito
que me perco de mim
quando demoras
a abrir-me o teu corpo em que me deito.
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Uma por dia tira a azia