17 maio 2005

sessentaenove



Penetro na tua boca
E sinto um vulcão
Que me faz tremer.
A tua língua circunda-me
Sugas-me o prazer.

Ofereces-me então
O fogo do teu cálice
Onde bebo o néctar
Que explode de ti.

Naquele momento
Saciamos em suor
A sede dos dois
E num hino à volúpia
Escorremos lavas
Que nos consomem.

Foto: Norbert Guthier

Esta é do Nikonman que também gosta de oder.
E a Encandescente não podia de forma alguma perder esta oportunidade de 1º fazer uma ao nikonman e dizer willkommen!
E em 2º lugar, claro - e como o Orca não se apresentou ao serviço -, oder o poema:

Entregou-se na boca que se abria
Na boca que a pedia
Na boca que a queria
Os lábios, a língua, voracidade.
E colou-se
Deslizou no corpo nu
As mãos procurando entre as coxas
O desejo erecto que nele despertava.
E os lábios, língua, dentes deram
Entre as coxas que para ela se abriam
O que a boca dele lhe dava.
E apertados, enlaçados, enleados
Entre gritos do corpo e gemidos abafados
Na boca um do outro se deram
E na boca um do outro saciaram
Da boca o querer
A vontade.

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