23 março 2019

«O assalto» - Fernando Gomes

O assalto mal sucedido acabou com o gatuno barricado no banco. Lá fora, a polícia já cercou as instalações e tenta saber o máximo acerca da situação. O negociador prepara-se, posicionam-se os atiradores especiais. O assaltante está agitado, fez dezenas de reféns e começa a contá-los para se acalmar. Quando a contagem termina, fica ainda mais excitado. Sessenta e nove. É a primeira vez que se vê nesta posição.

Fernando Gomes


«Fogo e paixão» - Mário Lima



"Vem, mulher de fogo, acender a minha paixão"

Mário Lima

«La Nichina» - Hughes Rebell

Livro de 1899 da Collection Nymphée, da Librairie Borel (Paris).
Romance erótico sobre a decadência de de uma dama da Itália da Renascença. Com ilustrações a preto e frontispício em sanguínea por Auguste Lay. A capa é muito bonita, com lombada em cabedal e moldura e texto dourados.
Um miminho na minha colecção.







A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

22 março 2019

Já acabou a conversa da violência? Agora falo eu !

Sou eu, que fui agredida pelo amor, que vou falar.
Acho um piadão a pessoas que dizem de peito inchado: "Eu não admito que ele me toque!" , pois e eu estava lá sempre a dizer, "quando quiseres bater, estás à vontade"... Não se trata de admitir, em especial se for uma situação pontual, como a minha, como +e que alguém sabe se não sai do quarto e é espancado à saída? Quer pegar no telefone para ligar às autoridades e ele rebenta com o telefone? É que eu , que nunca na vida tinha sido agredida, passei por este filme. Não se trata de admitir, trata-se de acontecer.

O meu agressor foi à GNR e confessou porque eu não abria a porta de casa e ele estava com medo que eu me tivesse suicidado, ou seja confessou às autoridades e processo aberto duas vezes , nada feito.

Também gosto das comparações idiotas entre BDSM e violência. É que nem em vou dar ao trabalho de definir, porque estes ignorantes que o fazem nunca praticaram BDSM e felizmente nunca foram agredidos pelo parceiro.

Posto isto, a prevenção é mesmo não valorizar como o agressor se safa, mas o que ele fez. Eu ,no meu caso, sei o que o levou a bater-me mas não o justifica, depois foi cada um para o seu lado. A sua educação não era aquela e os pais ficaram incrédulos mas era a mais pura das verdades.

Não falem de realidades que desconhecem, ajudem, apoiem, mas não opinem demasiado nem façam comparações ridículas, isso ofende ex vítimas.
Ofende mesmo, toca na ferida. E a minha vida seguiu em frente, assim quero que continue.

Sabes o que é "Alteza"?

O DiciOrdinário ilusTarado explica:

Alteza - do árabe al tesa; estado de erecção.


Faz a tua encomenda aqui.
Se quiseres, basta mencionares no formulário e posso enviar-te o DiciOrdinário com uma dedicatória.


#porqueeeeeeeê - Ruim

Eu nunca violei mas...

Tinha eu os meus 16 anos quando andava perdido de amores por uma rapariga da escola. Ela tinha tudo o que eu queria numa rapariga. Mamas. Fim. Fiz de tudo para lhe chamar à atenção: ficava a olhar para ela nos intervalos grandes atrás de um poste, ia assistir às aulas de educação física dela atrás de um poste e observava o poste escondido atrás dela. Ofereci-lhe uma cassete com as minhas músicas preferidas que gravei da Rádio Cidade e que por coincidência eram as músicas que todas as raparigas ouviam na altura, redigi uma carta ao som de Savage Garden onde abri o meu coração e expus todos os meus sentimentos e escrevi o nosso nome no poste que abraçava e beijava todos os dias a pensar nela. Tudo o que eu queria era algum tipo de resposta - boa ou má, tanto faz- e tocar-lhe nas mamas.

Nunca me disse nada, a p#ta. Começou a andar com um gajo de 20 anos, daqueles cheios de pinta e que paravam a scooter à porta das escolas secundárias a engatar miúdas porque eram rejeitados pelas raparigas da idade deles. Chorei agarrado ao poste de onde costumava espiá-la, rasguei todas as cartas que nunca cheguei a entregar e gritei bem alto "porqueeeeeeeeê?" Anos mais tarde encontrei-a. Desgastada, envelhecida e com 3 crias de várias cores. Nunca conheceu o amor.

Pensei para mim "meteu-se a jeito e teve o que merecia".

Só para verem que aqui o menino também tem um passado negro.

Ruim
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21 março 2019

«A ilha dos orgasmos» - Áurea Justo

A ilha dos Orgasmos,
Rodeia-se do cinzento da neblina,
Nela há uma profunda brisa que sopra,
De uma paixão ainda menina...

Corpos nus que se mostram,
Num chamamento tão antigo,
Como o próprio mundo e apostam,
Qual deles atinge primeiro o clímax comigo...

Respirações entrecortadas no abismo,
Do prazer intenso e profundo,
Aqui não há lugar ao cinismo,
Há sentimentos que abalam o mundo!

Ah! Ilha formosa em cuja paz,
Se formaram teus fogosos haréns,
Corpos cobertos de pêlos como um manto,
São do teu prazer apenas reféns!

In Folha De Papiro Perfumada

Áurea Justo
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«Polítikkk – Ditadura» - Adão Iturrusgarai


«Desseins» - Gérard Gachet

Livro de arte das Éditions Natiris, Paris (1988).
Junta-se a muitos outros livros de arte erótica na minha colecção.










A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
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Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

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20 março 2019

«A louca vida sexual das plantas...» - Nuno Sousa (texto e fotografias)

Ultimamente tenho dedicado grande parte do meu tempo à fotografia de orquídeas selvagens. É bastante mais complicada e técnica que a fotografia de aves. Tenho de andar, apanhar sol, usar flash, difusores e deitar-me no meio do mato, onde levo com todo o tipo de formigas e carraças. Mas quem corre por gosto não cansa...

Não conseguem imaginar que um olhar mais atento mostra que temos inúmeras espécies de orquídeas selvagens nos nossos campos. Não são iguais às que temos, em vasos, em casa, são mais pequenas e menos vistosas, mas para mim mais valiosas porque não foram colocadas ali, fazem parte do ambiente.

As orquídeas são uns verdadeiros "predadores sexuais" dos insetos. De forma a garantirem a continuidade da espécie através da polinização têm de arranjar forma de atrair os insetos. A evolução transformou uma das suas pétalas num labelo que se assemelha a um dado insecto fêmea, e produzem feromonas que imitam as dos insectos. Logo os machos, atraídos pelas belas formas e cheiro, convencidos que vão copular com as fêmeas acabam por copular com a orquídea. Enquanto o pobre inseto usa a orquídea como se fosse uma boneca insuflável toca nuns corpúsculos pegajosos (polinídias - duas massas amarelas no topo) ficando o pólen colado e apanhando boleia para outro exemplar.

A das fotos é uma Orquídea-vespa, especialista em enganar vespas e abelhas.

Nuno Sousa

Orquídea-vespa (Ophrys tenthredinifera)

Orquídea-vespa (Ophrys tenthredinifera)