11 janeiro 2007

Paisagens Reconfortantes









Barbara

Sexualidade das pessoas com deficiência

logotipo da luta A Matahary deixou-nos há dias nos comentários esta notícia do Correio da Manhã sobre a experiência e as preocupações do pai de uma rapariga de 32 anos, autista e doente bipolar que, como qualquer mulher, tem desejos e anseios sexuais. Mas, como ela tem uma doença severa e é incapaz de manter uma conversa, nunca teve relações sexuais. Mesmo tendo uma forte capacidade afectiva, como constatam os pais: "Percebíamos que ela gostava deste ou daquele rapaz e encarávamos com naturalidade. Ela é uma rapariga extremamente afectuosa e é muito fácil as pessoas gostarem ou aproximarem-se dela."
O problema, segundo estes pais, é não haver grupos de auto-ajuda entre as famílias dos deficientes.
E, como refere a Matahary, "os deficientes são apenas mais um dos ramos dos esquecidos... depois há os velhos, os feios, os que «são mais bolos» e por aí fora..."
Não sei o que fazer concretamente em casos destes, mas concordo com o que diz a Matahary: "Se começássemos por consciencializarmo-nos que as pessoas deficientes também são compostas pela vertente sexual, à semelhança dos restantes homens e mulheres, já seria bom..."
É certamente uma causa pela qual vale a pena lutar!

Alguns links interessantes:
> «Autismo e sexualidade» por Demetrious Haracopos e Lennart Pedersen
> APPDA - Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo
> «Sexualidade e o adolescente com deficiência mental: uma revisão bibliográfica» de Olga Maria Bastos e Suely Ferreira Deslandes
e, também a propósito (digo eu):
> Beleza da mulher deficiente em concurso

Charlie: "A sexualidade, como expressão máxima do afecto... ou sexo só pelo sexo, como necessidade biológica e psicológica? É um assunto com um peso tremendo. Basta que nos imaginemos na pele dum deficiente e termos de passar por toda a sorte de limitações que o nosso viver quotidiano despreocupado de certos «pormenores» faz esquecer. Decerto que a frustração sexual não é a parte menor de quem se vê preso às limitações da sua deficiência. «Somos um todo, e só é possível sermos plenos se não nos compartimentarmos uns aos outros em várias categorias»"
: "O que eu quero mais que tudo é não ser mal interpretado, dado que o Mundo não é um espaço aberto mas antes um círculo fechado. Alguém tem conhecimento de relacionamentos (casamento, união de facto) entre dois seres com deficiência mental? Conhecem o que diz a Lei sobre isso? Paremos um pouco para pensar: autismo - todos teremos uma noção do que representa, sobretudo para a família, pais, irmãos... e para o próprio? O desejo sexual ou a líbido assenta em determinadas zonas do cérebro afectas a esse sentir, mas nem os Damásios foram tão longe. Parece que seria o abrir de uma incomensurável Caixa de Pandora. Eu vivo muito perto de uma APPACDM que, segundo dizem, é das que melhor funcionam no país. Conheço quem a dirige e muitas outras pessoas a trabalhar lá ou a colaborar. As dificuldades são imensas (muitas vezes trabalha-se no escuro ou sobre o arame) e «os que lá estão» não merecem outra atitude que não seja carinho e compreensão... e muito, muito cuidado".
matahary: " (...)A verdade é uma: todo e qualquer deficiente, seja a que nível for, vê a sua sexualidade anulada; como se eles não tivessem direito a ela. Sim, como qualquer outro ser humano, «merecem carinho e compreensão... e muito, muito cuidado»... e respeito! Respeito pelas suas necessidades! As Instituições (incluindo a Familiar) preocupam-se com o comer, dormir, lavar e vestir. E então, o resto? Não falo apenas no desempenho a nível sexual; mas por exemplo, temo-nos preocupado em ensinar a serem assertivos no que respeita a essa temática? Não, por isso, por vezes ficamos tão chocados com o que vemos; nunca ninguém lhes ensinou o que é socialmente aceite, ou não, relativamente ao sexo. Sexo, é um assunto tabu; não se fala, não se ensina, para ver se eles se esquecem... Ora, não é isso que tentam fazer há séculos com a restante população?! Agora, podem imaginar o que não fazem, ou tentam fazer, com os deficientes".
: "Já agora, diga-me lá (...) quantos casais casados ou a viverem em união de facto conhece ou ouviu falar que existem, com o pormenor de serem autistas? E diga-nos (...) como seria para si uma relação sexual entre dois seres autistas - mesmo admitindo que, entre eles, o amor existe e eles sabem, compreendem-se - pois, como sabe, é difícil a um autista fazer perceber estas coisas a nós, seres aparentemente normais? Já leu, por acaso, (...) o que é que uns portugueses radicados nos EUA há muitos anos e absolutamente respeitados pela comunidade internacional, que se dão pelos nomes de Hanna e António Damásio, escreveram sobre isto? O autismo afecta ou não e de que formas a parte do cérebro que (nas pessoas normais) está afecto à erogenia? Será que é mesmo possível dois seres autistas terem um relacionamento sexual explícito? Porque é que não faz a pergunta àqueles portugueses que nos enchem de orgulho e que são campeões mundiais de boccia, como é a vida sexual deles e por culpa de quem? E não estamos a falar de autistas, mas de paralisia cerebral em vários e diferentes graus. Sem querer ser professor e sem armar em mestre, o sexo não é tudo, nunca será tudo, será sempre uma parte excepcionalmente importante, para quem o compreenda, quem o entenda e quem o partilhe.Para isso, Deus deu-nos aptidões físicas e mentais:poderá dizer-nos se dois autistas têem condições físicas (não falo da parte mental) para ter sexo? Será que também sofrem de ejaculação precoce ou (no caso dos homens) têm poluções nocturnas?"
Pedro: "Jorge de Sena dizia que, sendo contra a prostituição, era a favor dela para estes casos. Estes e os outros, dos feios/feias e horríveis que (podendo...) teriam que pagar para ter direito a uma vida sexual. E relembro-vos uma série de artigos publicados pelo Diário de Notícias, em que se leu de tudo acerca deste caso. Desde pais que contratam regularmente prostitutas para estarem com o filho deficiente, até uma mãe que revelou que masturbava o filho amarrado a uma cama. E um dos artigos revelava que em certos centros, os/as próprios/as enfermeiros/as, não se assumindo como prostitutos/as (vade retro satanás!) admitiam certas práticas com os/as utentes. Até acho que se pode ver algum mérito em TODAS essas atitudes reveladas debaixo do anonimato..."
papoila_rubra: "A sexualidade das pessoas deficientes é sem sombra de dúvidas um tema muito vasto, por muitas e variadas razões. Mas perante um tema tão importante de modo algum posso ficar em silêncio. A minha opinião é ditada pela voz do coração. Tenho um filho deficiente motor, quase há 21 anos. Permanecemos ainda ligados pelo cordão umbilical. Frequentemente sou as suas mãos ou as suas pernas. Quando era adolescente, sempre fui sua cúmplice para colocar as cartinhas amorosas junto das suas «namoradas».Quando me apercebo que está em «intimidades» ao telefone ou computador, dou-lhe toda a privacidade. A sexualidade das pessoas deficientes tem de ser encarada tão natural como a de qualquer outra pessoa. Cada vez mais se defende uma sociedade inclusiva. Por acaso os asmáticos apenas se relacionam com os asmáticos? Porque haveria um deficiente de apenas se relacionar com outro deficiente? Todos somos seres sexuados. Dessa verdade ninguém escapa".
onanistélico: "Bem hajam, sábias opiniões sobre o ser-se diferente. Indiferente? Só à indiferença! Estas nossas sociedades (e todas) são, por muito que digam o contrário, eugenistas... a recusa da diferença assenta essencialmente no encobrimento de outrém. Enclausura-o e assim, esquecendo-se da sua existência, finge (e pior do que isso, age de acordo) ser normal. E o que é ser-se normal?"
OrCa: "Sobre o tema ocorreu-me um filme americano visto aqui há muitos anos - «Fim De Semana Alucinante» - que denunciava, nas entrelinhas do enredo, uma realidade ignorada: zonas recônditas da América reservadas a deficientes de vário tipo. Assim a modos que um enorme guetto em local desabitado onde se «soltavam» esses «incómodos sociais». O drama foi que a coisa deu para o torto já que os deficientes, especialmente prolíficos e soltos, reproduziram-se de forma, essa sim, alucinada e sem qualquer espécie de controle, transformando todo o projecto num caso sério e muito difícil de abafar ou, sequer, resolver sem recorrer a medidas drásticas. Na verdade, o assunto é de delicadeza extrema. E a humanidade da atitude - porque é disso que se fala - passa por os mais aptos auxiliarem os menos aptos, sem mais. Depois, tecnicamente, serão encontradas as formas de promover as soluções personalizadas. Porque, convenhamos, um dos grandes problemas consiste em que tanto avanço tecnológico não se repercute de forma equivalente em avanço de mentalidades. Exactamente porque apenas uma ínfima parte pode aceder a eles. E os «tabus» sociais, de que todos estamos mais ou menos imbuídos, dificultam sobremaneira a busca de soluções dignas e humanas - humanas, claro - para problemas deste tipo. Mas o mundo pula e avança..."
papoila_rubra: "Uma pessoa deficiente não é um marginal nem um fora de lei para merecer segragação social. Há quem já nasça deficiente, e há quem adquira deficiência numa fase da sua vida, quer por doença quer por acidente. Há um facto que geralmente não valorizamos e que é tão simples como isto: todos os rotulados de «não deficientes» são potentes candidatos à deficiência. Agora estou bem, mas o que me espera no momento ou dia seguintes, nós nunca sabemos. Já visitei um lar de raparigas deficientes mentais profundas. Raparigas com corpo de mulher e mente de quase bebé. Eu era rapariguinha ainda, mas tenho as imagens bem gravadas. Meninas rejeitadas pela famílias. Pessoas extremamente carentes de afecto. Tive empatia com uma delas. Não falava. Dizia apenas um sons imperceptíveis. Estava sentada no chão. Quando os nossos olhares se encontraram, prenderam-se. Estendeu-me os braços. Segurei-lhe as mãos. Não nos largámos mais. Ajoelhei à sua frente. Ela pousou a cabeça nas minhas pernas e fiquei todo o tempo da visita a acariciar-lhe o cabelo. Claro que sobre a sexualidade de uma pessoa com estas características, haveria muito que reflectir e descobrir. Penso que cada caso será mesmo um caso com direito a solução individual. Apesar de estar apta, eu não concordaria que esta rapariga procriasse. Penso no entanto que se ela convivesse com outras pessoas, traria as suas carências afectivas resolvidas e como é evidente, nada tem a ver com casamentos, namoros ou abusos sexuais. A expressão da sua sexualidade, poderia até não ir para além das carícias e beijos. Mas se fosse, entraria então a actuação da prevenção anticoncepcional. Mas nesta instituição que visitei, apenas funcionavam os cuidados básicos de saúde e higiene, feitos à porta fechada, isto é, à margem da sociedade. Os anos passaram. O que se passa actualmente em instituições semelhantes, eu desconheço".

Corta-charutos



Outras Coisas

10 janeiro 2007

Travessa escura

por Charlie


Saiu como tantas vezes fizera antes.
Quando as luzes se mostram cansadas de iluminar as pedras e estas sabedoras do cansaço da noite se mostram em brilhos acetinados e cobertas de suores.
Um ponto de luz na noite foi sempre a atracção esvoaçante que queima as asas ao sonho dos incautos, mas que importava isso para ela, agora com os olhos cheios de luz e alma sedenta de amar?
Iria como de costume entrar no bar duas ruas mais abaixo, pedir uma bebida, seduzir sem olhar e fazer o jogo sublime dos sinais que os corpos descodificam no despertar dos mundos interiores.
Por um instante riu-se docemente só para si mordendo os lábios e os olhos tomaram o abrir pleno da noite.
Passou debaixo do arco ao fim da rua, passagem simbólica para outra lado da vida.
A partir dali tudo mudava. A rua onde morava, onde durante o dia a claridade mostrava as recém chegadas rugas às vizinhas a quem não falava, e onde comia pão com manteiga por trás da porta entre aberta, dando os bons dias a si mesma quando o sol já percorrera mais de metade do seu percurso diário.
Essa rua, cheia de nada, ficava para trás quando na alta da noite ultrapassava o arco, atravessava a rua e descia a travessa escura e enviesada, meros dez metros seguidos da esquina morna de onde se adivinhava já o reduto dos jogos da eternidade encerrados no espaço do Bar onde era cliente fixa.
Era lua nova, e as noites escuras sem lua inquietavam-na de sobre maneira.
Rapidamente, acelerando o passo, fez por passar depressa pela travessa dos seus medos.
Estava quase a chegar ao meio, mais uns passos e o seu rosto iria encher-se da luz dos néons da rua contígua.
Mais uns passos e…
Foi quando sentiu de repente uma mão agarrar-lhe na boca e outra a puxar-lhe pela cintura. O seu coração pareceu de repente ir explodir. Lutou contra as mãos que a prendiam, o corpo de forte cheiro a suor azedo que a esmagava contra a parede. Sem saber como viu-se atirada ao chão duro e húmido. Sentiu uma dor intensa no seu flanco esquerdo, uma pedra mais saliente por entre as outras arredondadas das velhas calçadas. Sentiu um peso imenso em cima do estômago enquanto os joelhos daquele vulto enorme lhe prendiam as mãos.
Tentou gritar, sem sucesso. Um trapo seco, um lenço, sabia lá o quê foi-lhe introduzida na boca ao mesmo tempo que um sopapo violento a fez rodear de pontos luminosos, deixando-a meio zonza.
Depois, um puxão e sentiu a lingerie a desfazer-se sob a indelicadeza daquelas mãos grosseiras e ásperas que lhe arrancavam a roupa. Cuecas em baixo e um cheiro a álcool encheram-na de lágrimas quando sentiu estar a querer ser beijada. Desviou a cara enojada, estrebuchou uma e outra vez, pontapeou tentando libertar-se e levou outro sopapo.
Depois sentiu o afastar das pernas, a penetração sem mais. Bruscamente uma e outra vez sem qualquer preparação A sensação de morte que o chão frio e húmido lhe transmitiam ás costas e à nuca. A dor do corpo seco violentado, o nojo, o medo e a convulsão final do êxtase porco dentro de si, do orgasmo roubado como um bocado de carne levado na boca duma fera arrancada do seu íntimo com o mais cruel do sangue frio.
Sentiu-se esvair-se do fluido vital, a vida a abandonar o corpo e…

Ufff….

Rapidamente deu mais um passo e passou o limiar da travessa escura….

Havia já anos que ali passava e todas as noites sentia o mesmo calafrio quando se via tomada destes pensamentos.
Sorriu.
O rosto encheu-se de luz.
Vindo do Bar, ali mais à frente, já se ouviam os sons que faziam abrir as asas da noite

Cada tiro, cada melro

Era uma refinada chatice ela não poder tomar a pílula que ficava logo hipertensa e vai daí, depois do primeiro rebento, a ginecologista com a certeza e o rigor de ser o primeiro dia da menstruação lá lhe espetou com o DIU para dentro do útero, tal e qual a prática milenar aplicada às camelas no deserto.

Ela fartava-se de me dizer que aquilo não era uma coisa muito certa e eu, à laia de Dupond e Dupont, diria mesmo que cada tiro, cada melro, pois num ápice foram três abortos, pagos com o dinheirinho de todos os familiares e amigos que eles nem um tostão tinham para mandar cantar um cego.

Resolveram tomar medidas mais drásticas e abasteceram-se de caixas e caixas de preservativos, de cremes espermicidas e até da velha tabelinha das temperaturas, de modo que quando iam para a cama mais parecia que estavam num bloco operatório a passar os instrumentos para uma cirurgia.

Mesmo assim ainda houve uma quarta ocorrência rapidamente tratada na clínica de um médico recomendado pela vizinha de cima que lá tinha ido por indicação de uma colega de trabalho que também o usara por conselho da irmã que possuía larga experiência na matéria.

E antes que as dívidas e o saldo bancário os afundassem de vez resolveram investir numa laqueação das trompas de Falópio que nem se pensava na vasectomia, esse papão que tira a pilinha aos meninos.

CISTERNA da Gotinha

Maria Sharapova tem um calendário para 2007, mas se não o quiserem comprar podem ver as fotografias.

Pamela Camassa faz a capa da revista
FOX

Sumário da aula de hoje:
Como tirar o soutien.

Vídeo:
Vida Guerra na praia.

crica para visitares a página John & John de d!o

09 janeiro 2007

Desafio desportivo

Desde a minha adolescência que não pratico desporto por competição.
E, cada vez mais, entendo que o único desporto completo e digno desse nome é o sexo.
Como podem ser considerados naturais os desportos de bola, quando o objectivo é enfiar a ou as bolas? Para já não falar do snooker, completamente anti-natura, já que o taco é usado para enfiar as bolas!
Há muito que faço um desafio para o qual ainda não tive uma resposta favorável:
Quem me consegue dizer um desporto que seja praticado com duas bolas?
Se houver, pode ser que ainda o pratique, nas horas... livres...

Contributos de membros e membranas:

MN: "Encontrei! «(...) each player is their own team and controls 2 balls»"
MN, é e não é. O bocceball, que na minha terra chamam o bolim, é jogado de facto com duas bolas por cada jogador. Mas nunca é jogado só com duas bolas (se fosse, seria uma pívia, Noé?) e sim com duas bolas por cada jogador. Não deixa de ser anti-natura, quando até as mulheres que jogam... têm um par de bolas iguais às dos homens?

zb: "Bilhar de bolso. Joga-se com duas bolas..."
Isso não vale. Falo (digo, testículos) de desporto de competição.

Barilman: "E que tal o jogo de berlinde? É no minímo com 2 bolas... e joga-se de cu pró ar..."

Zé: "Sugiro que visitem este site e depois quero saber o que é que ganho por ter descoberto um desporto que se joga com duas bolas. Visitem o capítulo 9 das regras. Tomem lá que é para aprenderem!"
Tens toda a razão, Zé. Nas páginas 131 e 132 do «Manual de Campanha C 20-20 - Treinamento Físico Militar, 3ª Edição, 2002» do Exército Brasileiro, consta a modalidade desportiva «Bola Militar»:
"9-5. BOLA MILITAR
a. Definição - Modalidade recreativa jogada com uma bola de «rugby» em um campo de futebol possuindo regras próprias e empregando grandes efetivos.
b. Regras gerais:
(1) é jogado em campo de futebol ou em uma área de aproximadamente 60x100 m, com efetivo de 20 a 80 homens de cada lado;
(2) pode ser jogado com duas bolas, quando o efetivo for de mais de 40 homens por equipe;
(3) quando jogado com duas bolas, um tento consignado com uma bola não suspende o jogo, que continua com a outra;
(4) quando jogado com duas bolas, deve haver dois juízes com apitos de sons diferentes e cada juiz acompanha uma bola; (...)"

Ganhaste, Zé. Nada, mas ganhaste!

A Cruz




Beauty Pics

Bibelots





Outras Coisas

08 janeiro 2007

Vegetarianismo

Foto de Ludovic Goubet
— O que é que tens mais vontade de usar em ti?
— De quê, legumes e tal?
— Sim...
— Qualquer coisa...
— E já usaste, alguma vez?
— Não me lembro...
— Não te lembras?
— Não, se foi courgette ou pepino...
— Adoro essas atitudes...
— Ah é? Do que eu gosto mesmo é da tua maçaroca...

Outro filme que deveria ser visto por toda a gente

Já vos falei aqui muitas vezes da «Campanha por Beleza Real» da Dove.
E deste anúncio - que considero excepcional - para o «Fundo de Auto-Estima» da Dove, mostrando o que toda a gente sabe mas ninguém quer ver: a «beleza» que nos é impingida pelos media é, na sua grande maioria, retocada, ajustada e «aperfeiçoada» de tal forma que se torna completamente artificial. Nesse anúncio, uma mulher «normal» é transformada com maquilhagem e em Photoshop até se tornar uma imagem de um anúncio.
Pois alguém fez uma adaptação desse anúncio, em que a «evolução» se torna «revolução», pois o trabalho de retocagem, chegando-se aos mesmos resultados, faz-se... num homem:

Revolução

A Campanha por Beleza Real continua a ser uma causa pela qual vale a pena lutar.

Amy Rivera

Galeria aqui

















Outras Coisas

07 janeiro 2007

Mensagem de fim de quadra

por Diácona


Meus amigos.
Chegámos hoje ao términus das festas religiosas com que os crentes e tementes a Deus celebram o nascimento do menino seu filho concebido sem a mácula infame do pecado da carne.
Bem sei dos meandros tortuosos em que se move a criadora deste site, a São Rosas. Criatura pérfida e malsã. Verdadeiro braço direito do Demo e as suas mafarriquentas tentações vis e baixas.
Pois bem! Sei que as minhas prédicas não caíram em saco roto e que pelas caixas de comentários que pude observar –levada unicamente pelo sentido da minha missão religiosa - , se nota um melhoramento e uma elevação do nível.
Não é ainda o que se seria de desejar. Um completo alheamento desta perversão hedionda e infernal à volta do sexo!...
A minha mensagem é esta – Urge salvar as vossas almas! Retirai-vos quanto antes deste antro do mal e da perdição! –
A luta é dura, e a minha determinação infinita, embora os resultados estejam ainda aquém do desejado.
Mas o Senhor escreve direito por linhas tortas e sei que a espada que brando incessantemente, já mergulhou na escura carapaça de Belzebu! Por aqui e por ali já jorram fios do negro sangue contaminado de Satanás. Já não se vêem posts nem comentários com a índole que se observavam há umas semanas, graças ao Pai do Céu e a mim que sou a sua serva em luta de vida e de morte pela glória do Senhor.
Dirijo por isso esta prédica especialmente às senhoras que cedendo às tentações do Demo sopradas sub-repticiamente ao ouvido esquerdo, se deixam deslizar na senda do engano. É importante que pensemos sempre que somos filhas da sedução da serpente que fez perder Eva e Adão. O senhor submete as suas filhas à mais dura das provas. Segui o meu exemplo de abnegação e penitência. Dizei – Não! - ao soprar doce do Mafarrico. Tende sempre em mente que as palavras doces trazem invariavelmente a factura por pagar em sofrimentos de eternidade no mais fundo dos infernos.
Deixo-vos esta mensagem para o ano 2007: Não venhais mais a este espaço, e deixai a São Rosas sozinha com o Demo, certamente um casal perfeito no mundo da perfídia.
E louvai o senhor com oração e abstinência. Lembrai-vos que o sexo é um pecado mortal e que só deve ser feito uma vez aquando da concepção dos filhos com que Deus vos abençoe. Ide confessar-vos e penitenciar-vos sempre que cometeis o pecado mais mortal com que o Diabo tenta levar para os seus obscuros redutos, as almas ingénuas perdidas na esteira da sedução.
Vinde comigo. Segui-me que eu seguro no facho de luz e da Verdade Eterna.
Tenho dito…

Diácona.

CISTERNA da Alice... digo, Gotinha



Joanna Krupa na revista STUFF.

De Porto Rico para Hollywood chegou a
Rosalyn Sanchez que representa, canta e dança.

A actriz Italiana
Silvia Colloca tem um nome curioso.

Vídeo da sexy
Marisa Miller.

Ressonância magnética


Aqueles olhos jorravam mais sensualidade que o débito de litros da nascente da água do Luso e atarantavam-me a mioleira com a atroz dúvida da minha capacidade para contracenar a preceito com tamanha produção. Mais a mais que aquele decote em vê descobria um pescoço sem rugas e as calças branco sujo faziam transparecer umas nádegas vigorosas nuns boxers escuros, bendita seja a estilista das fardas de hospital.

Sem displicência ouvia como um zumbido as suas desculpas pelo atraso que tivera no bloco operatório que eu já estava pregada não se mexa não respire nos seus dedos esguios e no tamanho do polegar a fazer fé na velha tradição da pilomancia e os seus gestos e olhos executassem uma erótica TAC por todos os meus eixos.

A ética que se lixasse mais a relação médico-paciente que era urgente que ele me assistisse e mal ele se acercou de mim apressei-me a baixar-lhe o elástico das calças e a retirar-lhe a blusa na angústia de lhe agarrar o estetoscópio e fazê-lo auscultar cada centímetro da minha substância epidérmica com particular demora nos tecidos labiais. A sua língua a perfurar-me o ouvido externo incitava-me a ondular o corpo ao ritmo certo e contínuo dos tambores de uma ressonância magnética e quando o peso do seu corpo em cúpula sobre o meu me imobilizou, os músculos vaginais continuaram a tanger até ao estertor das boas vibrações.

Dominação Feminina

Galeria alemã -1950-'60












Outras Coisas

Porque é madrugada de domingo...

Clica para uma maior aproximação... à pista...
... boa continuação de fim de semana!


Imagem: Fotowerkstatt Peter

06 janeiro 2007

Ano novo, ânus velho...

Crica para saberes a resposta de Passarinha Branca
Qual terá sido o prognóstico
de Passarinha Branca?


Happy same old «happy newyear», d!o!

COIMBRA - Sé Velha


Vamos levar direito
o novo ano 2007

"Do Choupal até à Lapa
fodi em Coimbra meus amores
quem aí não lê anda cego
quem aí não fode não vive
Maria Árvore"

"Aos amantes de Coimbra, dedico este pobre improviso, que me sugeris, pois que nem só de vernáculo se faz a sensualidade...

Coimbra tem esse encanto
do Choupal até à Lapa
deixai cantar este canto
que do coração me escapa

espreita a Cabra no alto
vendo o Mondego que passa
como estudante ao assalto
da vida que nela abraça

o rio corre e o homem
como ele corre para o mar
mas por Coimbra que sonhem
para melhor lá chegar

o Penedo da Saudade
feito dos cantos da vida
faz-se sem tempo ou idade
na hora da despedida

não há capa nem batina
que cubra o desassossego
por tanto amor que se anima
junto às águas do Mondego.

... ou, então, numa lauda à mítica orgíaca e devassa que povoa as lusas mentes quanto ao ambiente estudantil - com alguma verdade, porventura... - e sem esquecer também quanta rebeldia construtiva por lá se ergueu, odamos aos vigores e inquietações juvenis:

inunda de verve a urbe
tal um invernal Mondego
essa chusma que a perturbe
em cada vão ou refego

vindos das quatro partidas
migrantes de sangue aceso
lá buscam doces guaridas
e um canudo bem teso

vão dos ossos às noitadas
do lente vão às lentilhas
tantas fitas são rasgadas
numa ardência de virilhas

entre tanta sapiência
que Coimbra tem para dar
digam lá por confidência
quantos três foram ao ar?

ou com outra elevação
se os tempos são de arrepio
aos tiranos sem razão
mandar puta que os pariu!

(claro que a rima, nesta quadra, só funciona com pronúncia alfacinha, como é sabido...)
OrCa"

Inglês para actores porno japoneses

Aqui






Outras Coisas

05 janeiro 2007

O embrulho

por Charlie


Lembro-me bem do primeiro dia em que sem querer nela tropecei.
Do rubor e a sensação a desastrado, que me amargou durante alguns instantes, quando lhe pedi que me desculpasse enquanto apanhava o embrulho que ela transportava nas mãos e que caíra com o meu encontrão.
- Ah...Desculpe-me por favor.... Ia distraído e nem reparei…Deixe que eu apanho. – disse um pouco atrapalhado.
Foi só quando me levantei para lhe fazer a entrega que reparei no seu ar divertido, quase zombeteiro.
- Não faz mal. – respondeu-me meio a rir enquanto recebia das minhas mãos o que transportara.
Despedi-me dela com um curto cumprimento e seguimos o rumo do destino, mal sonhando nas peças que ele nos reserva quando menos esperamos.
Não dera ainda dois passos quando sem saber porque estranho impulso me voltei de repente e dei com ela parada a olhar para mim. Não tentou disfarçar, antes pelo contrário. Os seus olhos procuraram os meus enquanto mordia levemente o lábio inferior.
Durante um breve lapso de tempo ficámos olhando mergulhados no mesmo compasso de espera. Tudo ao redor desapareceu. Nem sons nem os outros transeuntes aflitos para capturar as fatias de tempo que lhes roubavam a vida. O relógio perdeu o sentido e só o coração ficou mestre de Chronos.*
Naquele instante apenas duas pessoas havia em todo o Universo ligadas pela porta aberta dum olhar. Depois, movido pela força inexplicável que faz andar o mundo, avancei para ela e convidei-a para um café.
Lembro-me bem como lhe peguei levemente no braço que adivinhava por debaixo do espesso casaco de Inverno e nos cinco ou seis passos rápidos, quase corrida no salto final, com que atravessámos uma daquelas ruas travessas contíguas às Avenidas Novas de Lisboa. Do cheiro do seu cabelo e do nosso café bebido e fumado a meias a uma mesa e do convite para a sessão de cinema.
E foi com sublime gozo que nessa mesma noite a vi despir-se calmamente no seu quarto de estudante, recheada de livros abertos e cadernos cheios de apontamentos, e a desembrulhar o misterioso pacote que eu deixara cair das suas mãos nessa tarde.
- Gostas?- perguntou ela enquanto em frente ao espelho se mirava segurando contra o corpo as peças de lingerie negra finamente rendilhada com que me aguçava os apetites.
- Se gosto? – Respondi enquanto me aproximava e segurava no wonderbra e as mãos dela se ocupavam da peça inferior. – Gostar é o verbo que eu aplicaria quando deixei cair esta tarde o embrulho das tuas mãos. -
- E não é para isso que isto serve? – Terminou ela deixando cair as peças para cima da cama enquanto selava o curto diálogo com os seus lábios nos meus e deslizávamos suavemente entre os leves farrapos de rede negra com que ela me tinha capturado….

* Chronos: Figura mitológica Grega representativa do Tempo

Epígrafe

(ou porque as letras também se despem)


Quando há para aí resmas e resmas de gajos que colocam a epígrafe no frontispício das calças perante a visão de uma lingerie preta e uns cabelos apenas a orlar o rosto, havia logo de me tocar um que assim não é. E uma gaja já não está habituada a que os gajos não sejam previsíveis.

Este deve ter uma omoite aguda ou então é accionista de uma multinacional de lexívias já que arrebita com lingerie branca o que é uma maçada das antigas porque não realça o meu tom de pele que nasci branca e nem gosto de torrar ao sol e tenho o ar daquelas mulheres dos postais de mil novecentos e vinte e caramba, prefiro mesmo a lingerie escura e acetinada.

O meu cabelinho à Betty Boop também não ajuda à função e apesar disso irrita-me que os cabelos se colem ao cachaço a fazer camadas e a impedir-me de sentir a suavidade e o calor da pele de outras mãos no pescoço para já não falar quando se interpõem entre os bicos dos meus mamilos e a boca do outro, tanto mais que tenho para mim que o cabelo a tapar o frio das orelhas basta.

E perante estas minhas dificuldades de polivalência para encarnar a personagem da fantasia dele ou lavar as minhas e pô-las a secar, subscrevi-me amavelmente com os melhores cumprimentos , também pessoais e encerrei este ofício.

CISTERNA da Gotinha


Gosto imenso deste sofá. E vocês?!

O que se quer é as pernas
bem abertas!

Grávida ou não?!: vamos lá olhar com atenção para o teste de gravidez de uma loira.

The International Union of Sex Workers : o direito ao sindicalismo.

Nyotaimori

A arte de comer sushi ou sashimi do corpo de uma mulher nua




















Outras Coisas

04 janeiro 2007

Decote


Adriana Sklenarikova é o nome da menina que oferece o seu decote à Wonderbra. Neste link podem encontrar cerca de uma centena de fotos que a menina fez com a Playboy.

Calão cavalheiresco

"Eu tenho dias em que dou umas fodas, outros em que dou berlaitadas, quecas e com sorte até uns fodões. Vê lá como são as coisas, que às vezes até faço amor. A falar com mulheres tenho sempre dificuldade em falar calão. Até com a São, pois nesse capítulo levava uma tareia. Agora com gajos, é de caralho para cima. Enfim, deformações educacionais que o tempo não corrigiu.
zb"

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01 janeiro 2007

Ano Novo, CUrtinas Novas




Tanja

Crónica de Barcelona

Hola, coños!
Estive a passar uns dias de férias em Barcelona. É claro que não podia deixar de visitar o Museu de l'Erotica, bem no centro da cidade (nas Ramblas). E sabem o que vos digo? Modéstia à parte, não acho que a minha colecção passe qualquer vergonha comparando-a com este museu. Se há algumas peças que eu adoraria ter, também há outras, bem interessantes, que eu tenho e eles não. Além disso, a minha ideia para um espaço dedicado ao erotismo terá que ser algo intimista, que mais que visitar apeteça fruir. E não só uma sucessão de salas com objectos de arte expostos em vitrinas ou pendurados nas paredes. Por exemplo, as centenas de livros e revistas que possuo deverão merecer um espaço de leitura agradável e aconchegante. Será em 2007 que encontrarei quem queira investir num espaço assim?
Entretanto, para quem não conhece, apresento o monumento de Barcelona que eu gostaria de ter na minha colecção: a Torre Agbar, edifício fálico que, com o pôr do sol, se anima com variações de cores em toda a sua fachada. Se as pichotas tivessem estes efeitos luminotécnicos, o sexo seria ainda mais engraçado.
Crica para aumentares o calibre da Torre Agbar - Barcelona
Calhorda Agbar

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Outras Coisas

Despertar


por Charlie


Sei dum sol que desperta
Quando a manhã é ainda
Uma promessa de luz
na noite dum mundo
sem sons:
- Uma esplanada deserta…-
Sei das folhagens quietas
e dos silêncios bons
quando ao ouvido te mordo
sem voz
as nascentes dos meus dedos.
E a lingua, mãe dos segredos,
abre a passagem aos regatos,
pelos caminhos, até à foz,
em riachos de mãos,
só agora descobertos.
Sei da espuma e do mar
que o rio abraça chamando um sol
sem amarras,
Quando no despertar vermelho me agarras
E voas gaivota, luz e farol,
na aurora, incêndio das tuas asas...
E sei o grito
do horizonte em fogo imenso,
que prolongando o instante intenso
desperta a noite, tornada o Infinito…-








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