01 janeiro 2007

Despertar


por Charlie


Sei dum sol que desperta
Quando a manhã é ainda
Uma promessa de luz
na noite dum mundo
sem sons:
- Uma esplanada deserta…-
Sei das folhagens quietas
e dos silêncios bons
quando ao ouvido te mordo
sem voz
as nascentes dos meus dedos.
E a lingua, mãe dos segredos,
abre a passagem aos regatos,
pelos caminhos, até à foz,
em riachos de mãos,
só agora descobertos.
Sei da espuma e do mar
que o rio abraça chamando um sol
sem amarras,
Quando no despertar vermelho me agarras
E voas gaivota, luz e farol,
na aurora, incêndio das tuas asas...
E sei o grito
do horizonte em fogo imenso,
que prolongando o instante intenso
desperta a noite, tornada o Infinito…-








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