28 agosto 2004

Fragrâncias

Despiu-se. Olhou-se ao espelho.
Procurou atentamente no corpo uma marca um sinal, um vestígio do amor.
Olhou onde ele tinha tocado, beijado.

Tocou o sexo ainda húmido dela.
Ainda húmido dele.

Cheirou os braços.
Tinham ainda o cheiro dos dois.
O cheiro adocicado de sexo e suor.

Levou os dedos à boca, lambeu-os.
O sabor era ainda o dele.
O sabor nas mãos, na boca.

Olhou a banheira, a agua corria.

Fechou a torneira.
Não tomaria banho ainda.
Amá-lo-ia mais uma vez.

Poema de
(para saborearem este e outros poemas dela, visitem o blog)

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