11 agosto 2004

Poesia... ou talvez não...

Diz-me cá como é que enquadras
O Isso Agora questiona
Aquele molhinho de quadras
Com leve travo a azeitona

P'ra mim é tiro certeiro
Que ao bom sabor popular
Mal se lhe dá ar brejeiro
É postura copular

P'la Gotinha pressionado
Eu, que sou gajo contido,
Vou arriscar um bocado
E oder... (talvez odido...)

Foder, o que é dizer-se foder
Cada um fode o que pode
Há quem foda sem querer
E há quem queira e não fode

Nos versos de rima incerta
Tal não vem em meu apoio
E chega-se à descoberta
De que o mundo é um comboio

Chegamos então à esquina
Nesse comboio entalados...
Tudo bem, se não for máquina
Com os vagões atrelados

Cada um é p'ró que nasce
Diz o povo e com razão
Se a foder o mundo faz-se
Deixem-me lá ser vagão...

Em qualquer caso, a viagem
Deve ser feita a prazer
Entremos na carruagem
E ala!... Vá de foder!

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