Agosto, 3 de Outubro.
Na pastelaria ao lado da repartição. O empregado de balcão e um cliente com mais de setenta anos.
- Então, "sô" Zé, hoje vem sozinho?
- A mulher foi à natação. - responde o velho, com maus modos.
- À natação?!
- À natação! 'Tá-me a ver isto, ao fim de velha dá-lhe p'á natação.
- Podia ser pior, sô Zé... - O empregado aproxima-se do balcão e diz em voz mais baixa: - Pode ser que se afogue.
- Afogar... - o velho, embevecido pela perspectiva, sorri sonhador, mas logo fecha o sorriso. - Ó Carlos, mulheres assim não se afogam.
- Têm bóias...
- Quais bóias, quais carapuça. - O velho está revoltado: nunca será viúvo. - Mulheres assim não morrem!
O empregado arremelga-lhe os olhos, "Aguenta", e ri-se, trocista.
- Bardamerda - murmura o velho. - Dá-me lá mas é um bagaço e 'tá caladinho.
Garfanho, de Garfiar, só me apetece
Na pastelaria ao lado da repartição. O empregado de balcão e um cliente com mais de setenta anos.
- Então, "sô" Zé, hoje vem sozinho?
- A mulher foi à natação. - responde o velho, com maus modos.
- À natação?!
- À natação! 'Tá-me a ver isto, ao fim de velha dá-lhe p'á natação.
- Podia ser pior, sô Zé... - O empregado aproxima-se do balcão e diz em voz mais baixa: - Pode ser que se afogue.
- Afogar... - o velho, embevecido pela perspectiva, sorri sonhador, mas logo fecha o sorriso. - Ó Carlos, mulheres assim não se afogam.
- Têm bóias...
- Quais bóias, quais carapuça. - O velho está revoltado: nunca será viúvo. - Mulheres assim não morrem!
O empregado arremelga-lhe os olhos, "Aguenta", e ri-se, trocista.
- Bardamerda - murmura o velho. - Dá-me lá mas é um bagaço e 'tá caladinho.
Garfanho, de Garfiar, só me apetece
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