05 setembro 2005

O Pintelho -2- [no masculino]

Este trabalho de desbravar as florestas, femininas e masculinas, tem tido uma aceitação crescente.
No sector masculino as primeiras adesões verificaram-se em nadadores de alta competição. Eles foram os primeiros a arar os peitorais, chegando à conclusão que também os cabelos dos membros inferiores impediam uma rápida progressão nos caminhos até ao pódio. Também a penugem axilar foi mandada depenar e a seguir foram os pêlos dos membros superiores (aqui ainda há fortes opositores).
Mark Spitz terá sido o pioneiro, mas o mito do seu farto bigode deixou de ter seguidores. Nadador que se diga de alto gabarito, não tem pêlo nem na boca nem no dito.

Talvez por a imagem dos corpos sem pintelhos estar associada ao êxito de atletas de alta competição, a modalidade foi sendo adoptada em todos os níveis sociais, deixando de estar ligada a gays, metrosexuais e a militantes de causas fracturantes.
Os corpos masculinos transformaram-se, assim, em auto-estradas de prazer sem limites de velocidade, apesar da franquia de algumas portagens.

Há várias modalidades masculinas de apresentar a carne sem cabelo, sendo a mais procurada aquela que se apresenta verdadeiramente inocente e infantilmente limpa:

Não se julgue, porém, que a remoção de pintelhos foi adoptada por todos os homens. Há bolsas de resistentes que, embora adoptando uma postura abrangente, ostentam de forma orgulhosa e heróica a capilosidade que transpira dos seus poros:

havendo outros que, em fase de emigração, já se sentem bem sem o manto de pintelhos, mas que deixam ainda alguns exemplares, numa tentativa de agradar a gregas e a troianas:

(continua)

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