... e com a voz embargada pela emoção curvilínea que lá mais abaixo se nos depara, não pude resistir a deixar-vos este singelo desabafo:
há assim por vezes um "frisson"
que perpassa por nós quase agonia
de querer e saber que algo tão bom
estará ao nosso alcance qualquer dia
que não fica uma curva sem deleite
que não falta a firmeza onde se quer
que diabo! onde está a cama onde me deite
com uma tentação assim feita mulher?
entretanto passa o tempo qual murcão
através da maçã-melancolia
a deixar atrás um rasto de ilusão
desiludida nessa frase "- bem que eu queria..."
alguém disse certa vez mais perspicaz
ao saber tão impossível a tal lide
"- se não podes tu amá-la meu rapaz
olha então … love the one you’re with!"
O Nelo «cumoveu-se» e ode o OrCa (salvo seja):
"Orca Melhér,
çabes da coiza tamanha
O quanto çe quer,
quande nada çapanha
Éu çê do sufrer
Nas nôtes do Saldanha
Ao parque Mayer,
quande nada çapanha.
Paço çem querer
Pelo Eduardo e a fassanha
Fica-çe pelo broche
é çó o que çapanha.
de pé no andar e pensar-se de coche
Como tu çabes, melhér
do deboche é o que çapanha..."
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Uma por dia tira a azia