O nosso sermão de Santo António aos peixes em que fazias saltitar o sabonete entre as minhas virilhas, aconselhando-o nas melhores formas de me penetrar era a orgia da banheira a que não faltava sequer o teu lingueirão na concha das minhas mãos para petiscar ao natural. Sei que me amaste e duvidar disso seria apenas a injustiça de te desvalorizar. Cada momento foi um prato cheio daquilo indizível a que chamamos ser feliz.
Mas como o ditado diz que pela boca morre o peixe foi pelo prenúncio do útero que comecei a morder o anzol do inevitável. Bem que me querias curar com injecções sucessivas da tua vitalidade e eu aceitava-as todas, que a química de cada orgasmo contigo era a morfina que varria para canto as dores antes da grande morte.
Se tivesses guelras nada disto aconteceria e não estaria agora a dar-te a mão para te absorver o medo como o papel faz ao peixe frito. O tempo não anda como os caranguejos mas quando assim escreves o que te poderia dizer se estivesse viva é que me dás o sumo prazer de te retribuir a terapia.
Mas como o ditado diz que pela boca morre o peixe foi pelo prenúncio do útero que comecei a morder o anzol do inevitável. Bem que me querias curar com injecções sucessivas da tua vitalidade e eu aceitava-as todas, que a química de cada orgasmo contigo era a morfina que varria para canto as dores antes da grande morte.
Se tivesses guelras nada disto aconteceria e não estaria agora a dar-te a mão para te absorver o medo como o papel faz ao peixe frito. O tempo não anda como os caranguejos mas quando assim escreves o que te poderia dizer se estivesse viva é que me dás o sumo prazer de te retribuir a terapia.
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Uma por dia tira a azia