30 dezembro 2007

com votos de um 2008 que nos encha as medidas até aos bordos...

... cá vos deixo as despedidas de 2007, aproveitando uma deixa que me deixaram nuns comentários lá mais para baixo e em jeito de preito de homenagem a essa grande São que nos tem proporcionado, a todos, momentos altos de rara felicidade e salutar brejeirice.

Senhores! Senhoras! Mas que fazeis?
Pois vasculhais sem pudor os textos meus?
Porventura e aventura cuidareis
ter eu artes de cantar da terra aos céus
com o Olimpo em orgias à mistura?

Pois nem tanto, que por cá a criatura
vai fazendo o que pode e tão somente
o que o tempo 'inda lhe deixa em vacatura
a soltar alguma graça à boa gente
sem jamais conspurcar os cortinados

mas me curvo - inda que com mil cuidados -
ao sentir-me tão erecto em vossas mentes
tão dentro de vós deliciados
o que faz crescer em mim sonhos dementes

mas se mais não posso dar que meus versículos
vasculhai, pois, sem pudor os meus textículos...

(que a Sãozinha distribui com gentil graça
mas pagando, que não se almoça de graça!...)

OrCa
________________________
São Rosas: "OrCa, já pensaste pôr os teus textículos no seguro? "

Nelo:
"Melhér Orca...
bardas beim e eim estilo intêiro
De palavra em sheio no curasão.
Nam deishas nada pelo meio
Neim coiza piquena çair-te da mão.
Mas nota beim o que dis a Ção.
Ela é melhér e sabedoira
E çe dis que nam podes perder
o tino aos coizos pinduricalhos:
As duas bolas: eçe tesoiro,
ela teim deçerto rasão!
Ai melhér que çofredouro
nam teres onde as guardar.
Mas eis que teins aqui a mão do Nelo
Que intendeim diço cumo ningueim
Deicha cá os trés venteins
Éças bolinhas queu trabalho,
E inquanto fases ôutros verçículos
e puemas lindus caqui pôeis
Tratu éu de le-los pois
e tratar beim deçes textículos.

Nelo, melhér Bisha..."

OrCa:
"Agnus Dei em ara de sacrifício
que já dei e sei lá se mais darei
não é pois coisa assim de orifíco
nem de ser servido à mesa do rei
ao saber textura do lanífício
percebi aquilo de que não sei
lema atrás que o Nelo ab initio
apregoa em alta grita: «- ânus dei!»

honra seja a quem nada nos esconde
vénia até se a prudência nos permite
de um Nelo a perguntar «- Onde? Onde?»
mal alguém as fudengas partes cite..."

Diácona:
"Pois sou então de novo chamada
Nesta luta que aqui travo
Por um que se perde em trovas parvas
e outro que de Sodoma fez o Estado

Ambos são p´ra Deus a perda
duas almas pasto do Demo
Desse inferno, a lenha eterna
Qu´eu ao lado do Senhor não temo

Vinde a mim que sei da luz
Que o Senhor me fez na alma
a mim o Sexo não seduz

Ao meu lado sereis santos
Tereis a paz de Deus e a calma
Graças ao menino Jesus

Diácona, mulher Santa e Virgem , graças a Deus..."

Falcão:
"Pois vejo-me então em obrigação
Ao ler as Diáconas atoardas
De entrar assim de rompão
sem sequer pedir entrada

Oh senhora, cum caralhos
Pra que quer você o pito?
Não me responda em frase estafada
que é pró mijo em estado aflito

Essa parte pintelhuda
que Vosselência entre pernas tem
É de onde saiu tudo
Deus, os Santos e até você

Porque se há Paraíso
onde a Glória é eterna
Meta isto no seu juizo
fica mesmo entre as pernas

Por isso eu Rei que sou das Bouças
Falcão! Foda-se, homem e macho
Deixe-se de merdas e tretas ocas
Foda o pito, se quiser eu o despacho

Falcão, Rei das Bouças e amante de pitos farfalhudos cumo um homem do Norte gosta, cum milhão e meio de caralhos!"

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