... cá vos deixo as despedidas de 2007, aproveitando uma deixa que me deixaram nuns comentários lá mais para baixo e em jeito de preito de homenagem a essa grande São que nos tem proporcionado, a todos, momentos altos de rara felicidade e salutar brejeirice.
Senhores! Senhoras! Mas que fazeis?
Pois vasculhais sem pudor os textos meus?
Porventura e aventura cuidareis
ter eu artes de cantar da terra aos céus
com o Olimpo em orgias à mistura?
Pois nem tanto, que por cá a criatura
vai fazendo o que pode e tão somente
o que o tempo 'inda lhe deixa em vacatura
a soltar alguma graça à boa gente
sem jamais conspurcar os cortinados
mas me curvo - inda que com mil cuidados -
ao sentir-me tão erecto em vossas mentes
tão dentro de vós deliciados
o que faz crescer em mim sonhos dementes
mas se mais não posso dar que meus versículos
vasculhai, pois, sem pudor os meus textículos...
(que a Sãozinha distribui com gentil graça
mas pagando, que não se almoça de graça!...)
OrCa
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São Rosas: "OrCa, já pensaste pôr os teus textículos no seguro? "
Nelo:
"Melhér Orca...
bardas beim e eim estilo intêiro
De palavra em sheio no curasão.
Nam deishas nada pelo meio
Neim coiza piquena çair-te da mão.
Mas nota beim o que dis a Ção.
Ela é melhér e sabedoira
E çe dis que nam podes perder
o tino aos coizos pinduricalhos:
As duas bolas: eçe tesoiro,
ela teim deçerto rasão!
Ai melhér que çofredouro
nam teres onde as guardar.
Mas eis que teins aqui a mão do Nelo
Que intendeim diço cumo ningueim
Deicha cá os trés venteins
Éças bolinhas queu trabalho,
E inquanto fases ôutros verçículos
e puemas lindus caqui pôeis
Tratu éu de le-los pois
e tratar beim deçes textículos.
Nelo, melhér Bisha..."
OrCa:
"Agnus Dei em ara de sacrifício
que já dei e sei lá se mais darei
não é pois coisa assim de orifíco
nem de ser servido à mesa do rei
ao saber textura do lanífício
percebi aquilo de que não sei
lema atrás que o Nelo ab initio
apregoa em alta grita: «- ânus dei!»
honra seja a quem nada nos esconde
vénia até se a prudência nos permite
de um Nelo a perguntar «- Onde? Onde?»
mal alguém as fudengas partes cite..."
Diácona:
"Pois sou então de novo chamada
Nesta luta que aqui travo
Por um que se perde em trovas parvas
e outro que de Sodoma fez o Estado
Ambos são p´ra Deus a perda
duas almas pasto do Demo
Desse inferno, a lenha eterna
Qu´eu ao lado do Senhor não temo
Vinde a mim que sei da luz
Que o Senhor me fez na alma
a mim o Sexo não seduz
Ao meu lado sereis santos
Tereis a paz de Deus e a calma
Graças ao menino Jesus
Diácona, mulher Santa e Virgem , graças a Deus..."
Falcão:
"Pois vejo-me então em obrigação
Ao ler as Diáconas atoardas
De entrar assim de rompão
sem sequer pedir entrada
Oh senhora, cum caralhos
Pra que quer você o pito?
Não me responda em frase estafada
que é pró mijo em estado aflito
Essa parte pintelhuda
que Vosselência entre pernas tem
É de onde saiu tudo
Deus, os Santos e até você
Porque se há Paraíso
onde a Glória é eterna
Meta isto no seu juizo
fica mesmo entre as pernas
Por isso eu Rei que sou das Bouças
Falcão! Foda-se, homem e macho
Deixe-se de merdas e tretas ocas
Foda o pito, se quiser eu o despacho
Falcão, Rei das Bouças e amante de pitos farfalhudos cumo um homem do Norte gosta, cum milhão e meio de caralhos!"
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