28 junho 2011

Saudade

Se acaso a noite nos perturba
- que sabemos nós -,
e numa ideia alucinante
até nos despimos
e deixamos que o tesão
seja o último reduto
do - ainda - amor;
então podemos, talvez, permitir
que amanhã a saudade seja silêncio
e o orgasmo
o fim esperado da loucura.

Essa será a noite inesquecível
do despertar efémero
ou da súbita realização.

Poesia de Paula Raposo

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