Como todos sabemos [14 de Fevereiro] foi o dia dos namorados e, não havendo tanto trabalho como eu esperava, resolvi aceitar o convite de um apaixonado/ pretendente a namorado para ir jantar e sair. Deixei o jantar a cargo dele mas disse que a saída ficava por minha conta.
Ora bem, nas nossas várias conversas ao longo do tempo em que nos conhecemos e somos amigos, a dita pessoa sempre defendeu que o amor deve libertar em vez de aprisionar, que a entrada de uma terceira pessoa na vida sexual do casal era uma forma de consolidar a intimidade e amor do casal, que o swing une mais o casal e não dá espaço à traição. Uma visão tão liberal deixou-me curiosa e resolvi testá-lo, não só para confirmar se a prática correspondia à teoria mas também para perceber se este homem do meu "mundo real" conseguiria lidar e aceitar a minha profissão no caso de iniciarmos um relacionamento amoroso. Assim sendo, depois de um jantar super romântico com velas, rosas e corações, levei-o para um clube swing que me tinha sido recomendado e onde já tinha feito uma reserva.
Após nos terem apresentado o espaço e explicado as regras, pegamos numa bebida e vamos para a pista "atarrachar" num roça roça mega-sensual. O nervosismo e ansiedade do meu companheiro eram óbvios mas à pergunta do "estás bem?" seguiu-se um "sim, isto é uma loucura, o máximo!". Comecei então à pesca... Não foi preciso muito. Uma troca de olhares bastante sugestiva, acompanhada de um sorriso convidativo, trouxeram de imediato um dos barmen para o pé de nós. "Precisam de alguma coisa?" - perguntou o rapaz, lançando-me um olhar guloso. E eu respondi: "de t. Queres-te juntar a nós?" E acompanhei a pergunta com uma mão atrevida pousada no traseiro rijo típico de quem faz ginásio. O meu gesto foi retribuído e complementado com um reconhecimento dos meus seios que saltavam do decote vertiginoso do vestido justo e semi-transparente que tinha escolhido propositadamente para a ocasião. O nosso novo amigo leva-nos para um quarto aquário, aquele onde podemos ser vistos mas não tocados por quem não tinha sido convidado e, desnudando-me o resto dos seios e acariciando-os, diz: "vão começando que eu não demoro". Pergunto ao meu companheiro, que nunca tinha tido nenhum contacto sexual comigo, se a situação para ele era ok e ele concordou, manifestando imenso interesse e apreço pelo que estava a acontecer. Beijos e amassos e despimo-nos um ao outro. Ele deita-me e percorre-me o corpo com a boca, fazendo-me sentir a língua quente e húmida e detém-se no meu sexo, dando início a um oral maravilhoso. Sem ter dado por isso, o nosso/ meu convidado já se tinha juntado a nós e sinto o seu sexo duro e potente entrar na minha boca exigindo ser lambido, chupado, explorado. Entre gemidos obedeci, até sentir um líquido quente chegar aos meus lábios. Afasto-o e sinto os seus lábios limparem os meus e passarem para os meus mamilos. Peço ao meu pretendente que me penetre mas ele não consegue; o seu sexo está murcho, triste... pergunto-lhe o que se passa, se quer parar (sabendo no entanto que eu não conseguiria) mas ele acena que não e trocam então os dois de posição; o barman explorando o meu sexo, o meu amigo beijando e mordiscando as minhas mamas. Eu já me tinha vindo duas ou três vezes mas queria mais, muito mais.
Percebendo o meu tesão, o meu amigo pergunta: "queres que ele te foda?",ao que eu respondo com um sim suplicante. O outro mete-me de quatro e fode-me com estocadas fortes, lentas, poderosas. O meu amigo enfia-me o sexo meio teso na boca mas eu já perdi todo e qualquer controle. Gemo, choramingo e peço ao convidado para me dar com força, para rebentar comigo. E, conforme o ritmo aumenta e me apercebo de espectadores a masturbarem-se, venho-me mais uma, duas, três vezes até sentir o outro tremer dentro de mim e vimo-nos os dois num orgasmo tão forte que chega a ser doloroso.
Exausta de tanto prazer, meio tonta pela novidade e intensidade do que se tinha passado, olho para o meu amigo e vejo-o já vestido, de costas e diz-me: "espero-te no bar". O rapaz que se tinha juntado a nós diz que me quer voltar a ver e a ter. Limito-me a sorrir.
Quando me junto ao meu amigo ouço uma data de reclamações, que eu calo com um:"vamos embora?". Pela minha postura, ele percebe que não adianta falar. O caminho é feito em silêncio. Quando me deixa à porta de casa, nem os dois beijinhos da praxe lhe dou. Agradeço o jantar e digo-lhe antes de fechar a porta do carro: "devias ter a certeza daquilo que queres. Falar, até papagaio fala".
E, com a certeza de ter acabado ali o que nunca começou, pensei: se ele não consegue lidar com algo que ele mesmo dizia querer e que defendia, como poderá lidar e aceitar a minha profissão?... Tal como num jogo, ele apenas fazia bluff... Mais um homem que queria entrar na minha vida sendo uma farsa total...
Foi uma noite intensa, que eu adorei mas também acompanhada de um sentimento de desilusão e aprendizagem....
Retive duas coisas: amor liberal não existe; e quero voltar a repetir . ;)
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado