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Gente, vocês acham que eu vou mesmo escrever ou falar sobre isso? Pra começar: vocês acham que “conquistar” alguém é um problema? Então, vocês precisam de terapia ou de um curso intensivo de como ser agradável.
Conquistar é fácil, baby! Agrados, flores, presentes, oral bem feito, afeto, papo cabeça, planos, muito sexo apaixonado e etc.. O difícil mesmo é manter a conquista, é, uma vez tendo o apreço do outro, envidar esforços para mantê-lo. E obter êxito, obviamente.
E, sobre isso não falarei, pois um dos fatores que me fizeram querer mudar RADICALMENTE de vida é a tendência lamentável do ser humano em não saber manter o encanto da conquista. A tendência a se acomodar, dormir de meias, fazer por fazer, falar por falar, ouvir por ouvir e fingir por muito, muito tempo em prol da sociedade, dos filhos e da moral e dos bons costumes.
Aquele tedioso dia a dia em que a paixão é golpeada de morte pela falta de empenho e pela perniciosa segurança demasiada. Tem uma canção que diz que “você precisa de alguém que te dê segurança, se não você dança”. Fato é que, num contato inicial a gente precisa sentir “firmeza” no outro, mas, daí a se sentir o ser humano mais “seguro” do mundo, porque ouviu um “eu te amo” e tem uma relação séria já é de imensa ignorância emocional (o oposto da inteligência, enfim).
Relacionamentos precisam de empenho, não só de amor ou admiração. Relacionamentos são construções diárias de afeto, calor e doçura. Onde está o sexo “nisso”? No “calor”. Deixou a relação “destapada” neste quesito, haverá vários cobertores à venda no mercado e outros tantos sendo “doados” em cada esquina.
Não me peçam como conquistar alguém, isso é óbvio, é fácil. Qualquer revista Nova ou livrinho da moda ensinam! Peçam-me como manter a conquista e, então, lhes direi duas coisas: primeiramente lhes digo que isso se faz com dedicação ao relacionamento, em segundo lugar, afirmo-lhes que isso é raro, tão raro que resolvi, humilde e resignadamente, unir o útil ao agradável nesta minha nova profissão. A cereja do bolo da paixão (o sexo) com o lucro razoável (dinheiro).
Sempre fui boa no sexo e facilmente tive os homens com quem me relacionei aos meus pés. Sou quente, gosto de sexo e garanto que faço com meus clientes tão bem quanto fazia com meus namorados, (por isso gosto de “poucos e bons” clientes). Se é que não faço ainda melhor, porque estar sendo paga me dá um tesão desatinado, não nego!
Mas, não nutro mais a ilusão romântica de viver uma paixão intensa e “pra sempre”, justamente pela tendência masculina em se acomodar a partir do momento em que seu objeto de desejo torna-se “seu”. Como um troféu ele (a “amada”, o objeto de desejo) é colocado na estante.
E eu não tenho paciência para estar na estante de ninguém. Eu gosto mesmo é de estar no colo. Todos os dias!
Beijos de luz!
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Uma por dia tira a azia