12 janeiro 2015

ManServants - «No strippers»

"Yes, this is a real service and yes, you need this in your life."
www.manservants.co

Prometeram começar a prestar serviços no Outono...

«Palma da mão» - João

"Estava quente. Eu estava quente, de corpo caído em cama macia, alva, muito quente, talvez demasiado quente apesar da tua ainda ausência. Não vi o teu caminho, não ouvi a tua chegada. Não sabia que vinhas a correr pela rua, a repetir o meu nome incessantemente. Não sabia que vinhas no elevador a desabotoar a blusa, ou que meteste mão à porta já com as calças ligeiramente desapertadas. Não te vi logo à entrada a atirar as botas para um canto, a roupa para outro, os objectos abandonados como ovos quentes que queimam as mãos. Não dei por ti a chegar deliciosamente nua ao meu lado, a deixar cair os cabelos sobre mim, mas foi aí que acordei, tendo sonhado contigo. Foi aí que abri os meus olhos e te vi, de gatas sobre mim, a desafiar-me, a dizer do quanto me querias, e a sorrir muito de mão aberta virada para mim, com um escrito na palma da mão, o mesmo que um dia viste, agora escrito na tua letra, para mim, e enquanto a tua roupa jazia no chão, enquanto os teus pertences desenhavam o caos, enquanto estávamos ali deitados, estava tudo."
João
Geografia das Curvas

«pensamentos catatónicos (317)» - bagaço amarelo

Estou a pôr a roupa a secar. Do outro lado da rua uma mulher fuma um cigarro e olha para um gato preto que costuma andar por ali.
Tenho um método para pendurar a roupa um bocado estranho. Começo sempre pelas peças maiores. Sei que o trabalho é o mesmo, mas o monte de roupa que falta pendurar parece mais pequeno quando começo pelas peças maiores. Se pendurar duas toalhas de banho, por exemplo, o tamanho do monte diminui num instante. Além disso é uma questão estética, gosto que as peças maiores fiquem atrás e as mais pequenas à frente. As meias, por exemplo, ficam sempre no primeiro arame do meu estendal a contar da rua.
Cada peça leva sempre duas molas, seja grande ou pequena, com excepção precisamente das meias, que levam uma mola por par. É que as organizo por pares logo quando as ponho a secar. Assim, quando as apanho, dobro-as no mesmo instante e poupo o trabalho de as andar a escolher entre o monte da roupa seca mais tarde. É também por isso que as penduro em último lugar. É mais fácil separá-las quando já não há mais roupa nenhuma misturada.
O gato está a aproveitar o que parecem ser os primeiros raios de sol nesta semana. A mulher também. Sempre que olho para ela, ela está a olhar para o gato. Suponho que talvez olhe para mim de vez em quando, quando estou de costas a pendurar a roupa. Eu não fumo, mas se fumasse também o estaria provavelmente a fazer neste momento.
Hoje sei que tenho duas coisas estranhas na vida. Pelo menos duas, digo. Uma é a forma como penso quando penduro a roupa, outra é a minha relação com a minha vizinha da frente. Ainda há bocado me cruzei com ela no café e fingi que não a conhecia, o que ela também fez comigo. Agora estamos aqui os dois a fingir que o outro não existe.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Sonhos...

Crica para veres toda a história
Aventuras da verdadeira cabra


1 página

11 janeiro 2015

«Espelho Torcido» - Porta-Curtas

Sinopse: "Espelho Torcido" é um grito de desabafo de uma jovem mulher que vê seu corpo ser considerado "fora dos padrões" de beleza. O filme contesta a definição de um corpo belo mostrando que o sublime se encontra até em corpos considerados esteticamente feios. A obra é uma busca pela autoaceitação da cineasta em relação a seu próprio corpo.

Postalinho da Estrada Nacional número 1

"Ia eu a entrar na Mealhada quando vi este aviso. Achei curioso, haver uma casta... à venda...


... mas afinal era casta... nha!"
Paulo M.


Será poligamia?

Se a escrita também é paixão, quem escreva em simultâneo duas biografias está a praticar poligamia?...


E não deve ser só nos dias 13...

Acho que a minha pila devia ser canonizada. Pelo menos já meti mais gajas de joelhos que qualquer peregrinação a Fátima.

Patife
@FF_Patife no Twitter

10 janeiro 2015

«Papai e mamãe» - Porta dos Fundos

«Matemática (sempre presente...)» - por Rui Felício


Rodrigo, o marido da Vanessa, é bom rapaz mas vive nas nuvens. Obcecado pela matemática, parece pairar fora deste mundo, enquanto o seu cérebro fervilha com cálculos e mais cálculos.
Chegou a casa, olhou a mulher de relance, enquanto com os olhos em alvo calculava mentalmente o seno e o co-seno de tudo o que observava.
A Vanessa, recostada no sofá, resolveu ajudá-lo abrindo ligeiramente o ângulo na direcção da tangente do seu olhar. Viu-o levantar a hipotenusa a partir do seu ângulo recto.
Foi então que finalmente o Rodrigo descobriu a solução. Agora ele estava certo de que o logaritmo de dois é um quarto!

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

Mulher sentada no bacio

Outra estatueta de Álvaro José, das Caldas da Rainha.
Tal como «a mosca», é uma peça feita por enchimento (molde) revelando um extraordinário domínio desta técnica pelo autor. Álvaro José Mendes (falecido em 2006) herdara em 1946 a olaria do seu avô, à data existente na Rua 15 de Maio, nas Caldas da Rainha.
Outra peça das Caldas... da minha colecção.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)




Um sábado qualquer... - «Passado»



Um sábado qualquer...

09 janeiro 2015

«El Clítoris» - Jesusa Rodriguez e Liliana Felipe

Tamanha ferramenta...


Li no olhar do técnico a satisfação mal contida de quem se surpreende por às vezes cumprir a função, mesmo com uma ferramenta pequenita.

Sharkinho
@sharkinho no Twitter

«Fala-me de amor» - João

"Duas cadeiras sem braços. Nua, despida de tudo, sentada em frente a mim numa das cadeiras. Eu, frente a ti, despido também, de tudo, talvez até de mais do que tu, os dois muito perto e as tuas pernas por cima das minhas. Sentei-te com a cona sobre um vibrador ligado. Vendei-te os olhos para que te concentrasses na escuridão onde apenas existia eu e a minha voz, e a tua cona a vibrar. Diz-me, diz-me depressa, antes que te venhas, porque razão me amas. Quero ouvir-te. Segurei-te o cabelo, num jogo de domínio, mas deixei-te as mãos soltas para me tocares. Atiraste os teus braços aos meus ombros, as mãos à minha nuca, e quebraste o silêncio apenas dominado por um ligeiro zumbido do pequeno vibrador, falando, a princípio, com um discurso quente e ritmado. Amo-te porque me aqueces, porque me seguras. Amo-te porque me procuras sempre mais fundo, porque penetras os meus olhos. Amo-te porque cuidas de mim ao mesmo tempo que me desconcertas, porque queres queb… porque queres quebrar as minhas defesas par… para me segurar e não deixar cair. Amo-te p… hmm… am… amo-te porque me fazes sentir impor..tante, amo-te porque nos rimos muito juuun ahhhhai… juntos. Ammmo-te porque mme,,,. ahh rr….. me fodes tão bem… e eu puxo mais o teu cabelo, e tu esperneias, agitas-te violentamente na cadeira e levantas-te depressa porque não aguentas mais o vibrador na cona, porque te vieste, porque já não consegues falar coerentemente, e lanças-te sobre mim, sentas-te sobre mim, sobre o meu caralho, e ofegante tentas dizer-me que não importa porque me amas, “porque sou tua, porque tu és meu”."
João
Geografia das Curvas

«Pensamento masculino»- Shut up, Cláudia!




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08 janeiro 2015

«Cuerpos ingobernables» (corpos ingovernáveis)

Mujeres AL BORDE (Chile)


Cuerpos ingobernables. from AL BORDE Producciones on Vimeo.

Eva portuguesa - «O que tinha que ser feito...»

Sinto a tua respiração na minha boca.
A tua vontade de me roubares um beijo que não pode ser roubado, pois já foi oferecido.
Mostro-te a que sabe realmente um beijo meu.
Puxo-te de encontro a mim.
Sinto o teu corpo. A tua fúria e a tua doçura.
Viro-me de costas para ti e deixo que bebas o meu cheiro e sintas o meu calor.
Perco-me nas tuas mãos que se perdem em mim.
Suspiros, arrepios, o bater do coração.
Gemidos, suor, tesão.
Tarde demais para fugir deste jogo perigoso, fascinante, viciante.
Mas afinal, apenas fizemos o que tinha que ser feito...


Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

«a mosca» - Mulher a espreitar para dentro do vestido

Estatueta de Álvaro José, das Caldas da Rainha.
Peça feita por enchimento (molde) revelando um extraordinário domínio desta técnica pelo autor. Álvaro José Mendes (falecido em 2006) herdara em 1946 a olaria do seu avô, à data existente na Rua 15 de Maio, nas Caldas da Rainha.
Uma peça preciosa da minha colecção.

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Um post do blog «a funda São» no... «Jornal do Guitarrista»?!

Olhem o que encontrei no «Jornal do Guitarrista»:



É um link para este nosso post.

Fruta da boa

Ontem fui ao médico e ele recomendou-me comer mais fruta. Mal saí à rua engatei a primeira magana que encontrei. A seguir papaia toda.

Patife
@FF_Patife no Twitter

07 janeiro 2015

«Malice In Wonderland» (Malícia no país das maravilhas)

Animação por Vince Collins e música por Edd Harris

«Foda em lágrimas» - Bartolomeu

"Lembra-me este post, uma garina com quem tive meia dúzia de faenas e que gostava que a comesse por trás. Deliciava-se; quando lhe colocava somente a cabeça e pouco mais à entrada e pegava o mastodonte e com ele lhe dava pancadinhas no grelo e voltava a meter só a cabecinha. Depois, quando entendia chegado o momento, enterrava a carola na almofada, segurava-me as nalgas com ambas as mãos e ela própria se encarregava de enterrar o nabo até aos catrafolhos. Era nessa altura que a cona dela desatava a roncar e a assobiar. Cada vez que o mangalho penetrava desde a entrada até ao fundo, sucedia-se uma quantidade interminável de peidos-conais e de assobios-borbulhantes. A porra é que, apesar de não perder o tesão, também não conseguia vir-me, enquanto ela gemia, apertava, estremecia, contraía-se, sustinha a respiração, ao ponto de eu julgar que ia asfixiar, tudo isto, num carrocel interminável. E ainda se dava ao luxo de me gritar: 
- Não pares, não pares, mete mais, mete, mete. 
E eu pensava; mas meto o quê, caralho, só se fossem os colhões? 
Bom, mas o ridículo da coisa acontecia quando era chegado o grand finale e a rapariga se voltava de papo para o ar, empinava a barriga, voltava a segurar-me pela cintura e, com ele todo encavado, me puxava cada vez com mais força, como se pretendesse que atrás do vergalho também eu entrasse dentro dela. Mantinha-se assim hirta, contraída, imóvel, de olhos cerrados e o corpo todo feito estátua, durante alguns minutos. Por fim, soltava um suspiro profundo, soltava-me as ancas, baixava o cu até ao colchão e começava a rir e a soluçar de uma forma quase convulsiva. 
Era quando a deixava e me dirigia à casa de banho para bater uma sarapitola e libertar o corpo daquele leite que já devia começar a ficar azedo devido ao excesso de temperatura. 
Conheci outra que no fim também chorava. Sentava-se na cama, tapava o rosto com as mãos e enquanto chorava dizia; 
- Não volto a fazer isto, o meu marido não merece, não volto a fazer... 
No dia seguinte já me estava a telefonar para saber quando nos voltaríamos a encontrar... Vendo bem as coisas, para uma mulher, uma boa foda é aquela que acaba em lágrimas... não em risos."

Bartolomeu

a funda são mora na filosofia [VII]



Nota prévia: não sou feminista. E se me encontrarem num daqueles dias em que estou integralmente vestida de preto e com botas de biqueira de aço facilmente vos digo que não sou gótica. Assim como digo aos meus alunos do 1º ciclo: eu não sou professora. Sou Joana, Joana Rita – foram estes os nomes escolhidos pela minha mãe e pelo meu irmão para me registarem.

O motivo para nunca ter abraçado o feminismo relaciona-se com o facto de considerar que as mulheres são diferentes dos homens – e de me regozijar com essa diferença. Diferença que deve ser, a meu ver, preservada pela eternidade fora. O mais fantástico disto tudo é que – espantem-se! – há mulheres muito diferentes entre si; ainda que tenham em comum o facto de terem trompa de falópio e seios, há muito que as diferencia. Umas gostam de usar batom vermelho, outras preferem nunca se maquilhar. Há mulheres que escolhem ser mães e ficam em casa, outras nem querem ouvir falar em ter filhos. E os homens? Conheço homens que têm mais produtos de beleza no armário do wc do que eu; outros nem sequer usam um hidratante quando fazem uma tatuagem por receio de perderem a masculinidade.

A sociedade passou anos e anos e anos a tentar normalizar tudo para que fosse mais fácil, não sei, existir? Sim, dá-nos jeito que haja tamanhos de roupa normalizados – mas todos sabemos como um fato à medida é que nos enche... as medidas! E o gosto! Tudo foi normalizado, codificado, categorizado, arrumado em gavetas, etiquetado. De vez em quando a natureza prega-nos partidas e quebra essa normalidade. Mais um exemplo: as doenças raras, com sintomas díspares de pessoa para pessoa e que tornam difícil de “etiquetar” e de investigar. Outro exemplo da saúde: confrontada com um problema que provoca a produção de insulina em excesso, o endocrinologista diz “sabe como é, não há assim tanta gente com este problema que justifique investigar e arranjar soluções. Aprenda a viver com isto.”

Resultado: vive-se uma espécie de ditadura da igualdade perante a qual dizer: “desculpe, mas eu acho que somos mesmo todos diferentes” é sinónimo de dizer “eu sou a favor da desigualdade”. E não é.

Defender a diferença é fundamental para mantermos a riqueza daquilo que nos torna seres humanos, cada um de nós único e irrepetível.

Calma, calma. Não ignoro que as mulheres tenham sido – e sejam ainda – discriminadas em várias áreas da sociedade, só pelo facto de serem mulheres. O rótulo “mulher” revelou-se um obstáculo para que muitas pessoas (humanas) pudessem ascender a cargos de direcção ou gestão, por exemplo. O que sinto é que ser mulher também não pode ser uma garantia de qualidade para o que quer que seja – e o contrário para os homens.

Quando leio sobre aquilo que se faz em nome do feminismo, gosto de pensar que estas batalhas que se travam têm um alcance maior: a defesa dos direitos das pessoas humanas (sim, esta é uma expressão que eu uso amiúde e com convicção). Contem comigo.

Quem tem unhas, só toca guitarra!


06 janeiro 2015

Como seria um filme porno realizado por Tim Burton...

Código da estrada


Bom dia. Levem a sério o estado do piso, diz-vos quem atacou a rotunda com demasiada virilidade e acabou a fazê-la em "marcha-atrás".

Sharkinho
@sharkinho no Twitter

«onde as mãos se liquefazem» - Susana Duarte

despojado de luz, o olhar das sereias
tornou-se abraço nunca dado, mar
salgado onde os sonhos não flutuam,
ser etéreo de horizontes estranhos.
despojado de luz, o olhar das mulheres,
onde as mãos se liquefazem: ausência.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto

O estado das Urgências



Postais ilustrados do Butão

Lote de 3 postais ilustrados com figuras fálicas pintadas no exterior das casas, típicas do Butão.
Oferecidos pela Daisy e pelo Alfredo Moreirinhas para a minha colecção.

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05 janeiro 2015

«I love Texas» - Texas BBQ Thickburger

Com Hannah Ferguson e Paris Hilton.

«Caneta de aparo» - João

"No momento em que me preparo para mergulhar o aparo no tinteiro, para chupar a tinta para o cartucho que me alimentará a escrita por algum tempo, aproximas-te de mim e colocas as tuas mãos nos meus ombros, e comentas divertida que lá está o senhor doutor de volta das suas canetas, e se não podia escrever com esferográficas como toda a gente. Sorri, e pensei na tinta, como ela flui do aparo, deste aparo, e se enamora do papel, como o impregna e deixa uma marca forte, e de como a minha mão deixa uma caligrafia mais arrastada, num traço onde nem sempre se percebe tão bem onde a tinta termina, enquanto penetra as fibras do papel. As outras tintas são coisas que se depositam no papel, ficam em cima dele. Mas esta não, esta casa-se com o papel, entra nele, funde-se. Amor, disse, escrever com caneta de aparo é como quando fodemos. Não sentes como quando fodemos ficamos unos? Como explode o céu à volta? Como deslizamos? É a mesma coisa entendes? Podias foder com qualquer um, eu poderia foder com qualquer uma, mas isso seria apenas foder, assim como uma esferográfica é apenas o despejo de umas letras num papel qualquer. O que nós fazemos é mais requintado, é mais profundo, ultrapassa tudo. Fodermo-nos, disse-lhe, é como escrever com uma caneta de aparo. Sim, eu sei, respondeu-me, com esferográficas qualquer um sabe escrever, mas foder assim, só nós."
João
Geografia das Curvas

«respostas a perguntas inexistentes (291)» - bagaço amarelo

O Amor é um pudim

Quase ninguém pensa no Amor que está a viver como o Amor que está a viver, mas sim como o Amor que quer viver a vida toda. Toda mesmo, até ao fim. É sempre um problema, porque uma vida toda não cabe no presente. É demasiado grande, e mesmo que às vezes custe perceber que é assim, ainda bem que o é.
É que o Amor é um pudim. Quando sabe bem, depois da primeira colherada não queremos que ele acabe nunca mais. À medida que o vamos saboreando vamos também sofrendo por ele estar cada vez mais pequeno.
Um Amor acaba, outro Amor começa. O sabor pode nunca ser o mesmo, mas a intensidade certamente que o é. O truque é saber aguentar o tempo entre um e outro pudim, como quando se vai lambendo os restos que ficaram entre os dentes. A imagem talvez não seja a melhor, é verdade. Ainda assim é a mais real, porque o Amor também é saliva, bactérias e restos de comida.
Dos pudins que se comem, no entanto, pode haver um que dure mais tempo do que o normal. Diria eu, pelo menos. Quando não se quer mudar, aprenda-se a cozinhar.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Postalinho do Serro Ventoso

"Ai fazem-se?!"
Paulo M.


04 janeiro 2015

Mein Kampf


Untitled (Vagina) from Karanos Akis on Vimeo.

Luís Gaspar lê «Confidência» de Manuel Bandeira


Tudo o que existe em mim de grave e carinhoso
Te digo aqui como se fosse o teu ouvido…
Só tu mesma ouvirás o que aos outros não ouso
Contar do meu tormento obscuro e impressentido.

Em tuas mãos de morte, ó minha Noite escura!
Aperta as minhas mãos geladas. E em repouso
Eu te direi no ouvido a minha desventura
E tudo o que em mim há de grave e carinhoso.

Manuel Bandeira
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

Falta de ram


Intriga-me que nunca se lembre do meu aniversário. Convenço-me que tanta falta de ram só pode sinalizar um modelo ultrapassado. Está na altura de mudar este disco duro por uma pen à medida.

Caixa de velocidades


Disse que a papava e papei. Sou um homem de palavra e levo sempre a minha avante. Já ela levou com a minha por trás.

Patife
@FF_Patife no Twitter

03 janeiro 2015

«Tenho que ir» - Porta dos Fundos

«Curriculum invejável» - por Rui Felício



Já fui mar já fui navio
Já fui chalupa escaler
Já fui moço, já sou homem
Só me falta ser mulher.
Zeca Afonso

O Pedro ia casar e o Eugénio, pai dele, falou com o seu grande amigo Polibio para o convidar para ser padrinho de casamento.
O Polibio ficou muito sensibilizado com a honra do convite mas disse-lhe que já tinha feito de quase tudo na vida e que padrinho de casamento já tinha sido e não queria repetir.
Preferia que ele escolhesse uma outra função que ele pudesse acrescentar ao seu longo curriculum de que tanto se orgulhava.
Na verdade, o Polibio começou a enumerar-lhe a lista de profissões e funções que já tinha exercido:
pedreiro, latoeiro, policia, ladrao, ladrilhador, escriturário, arqueólogo, mineiro, motorista, agricultor, desinfestador, enfermeiro, segurança, vendedor, militar, carroceiro, encadernador, ferreiro, pescador, carteiro, repórter, jardineiro, barman, empregado de mesa, terapeuta, tradutor, detective, treinador, jogador, politólogo, fotógrafo, electricista, bombeiro, locutor, cozinheiro, chulo, podador, mecânico, bate-chapas, coveiro...
No que respeita a funções específicas relativas a casamentos, já tinha sido padrinho, testemunha, escrivão, mestre de cerimónias, fotógrafo, organista, florista...
O Eugénio ouviu, matutou e raciocinou tentando conciliar a vontade do Polibio com o seu próprio desejo inabalável de que ele participasse destacado no casamento do filho.
Murmurando alto:
- Bem, não podes celebrar o casamento porque não és padre, não queres ser o padrinho porque já foste uma vez, transportares as alianças não dá porque é tarefa destinada a duas crianças.
Com o dedo espetado na testa e os olhos em alvo, rematou:
- Sobra apenas seres Dama de Honor.
O Polibio escutou-o com atenção, mas perante a conclusão a que ele chegou ripostou admirado:
- Oh pá, as Damas de Honor têm que ser mulheres.
- Não é bem assim, meu amigo.
O meu filho Pedro vai casar com o Paulo.
Ora, neste caso, parece-me que não fará diferença que vás de Dama de Honor...

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

«A liberdade de imprensa é um valor de sempre»

Publicidade do Sindicato dos Jornalistas na revista Visão, nos anos 80.
Recorte de revista, emoldurado na minha colecção.

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Um sábado qualquer... - «A infância de Jesus 3»



Um sábado qualquer...

02 janeiro 2015

Viktoria Modesta - «Prototype»

Viktoria Modesta chama ao seu corpo «Modelo do futuro» e está a redefinir o que é ser sensual.
A sua perna ficou ferida durante o parto e passou por 15 cirurgias para tentar corrigir isso. Aos 20 anos, ele fez uma amputação voluntária da perna para melhorar a sua mobilidade.

Vai-lhe comer o cabelo?!


"Assim que toquei o teu cabelo fiquei com a certeza de que ia comer-te."
Quem disse que as mulheres não conseguem ter o nosso romantismo?


Sharkinho
@sharkinho no Twitter

«Há quem se cumprimente fodendo» - João

"Os tempos são de urgência. De pressa. Há tantos apelos à satisfação imediata que perdemos o jeito para os rituais, para nos prepararmos para dar e para receber o prazer. Parecemos ter perdido o jeito para tocar um corpo com as mãos quentes, percorrendo todos os pontos que sabemos que vão levar a outra pessoa ao seu espaço muito particular de loucura, onde vai perder ou expandir os seus limites, onde vai arrepiar-se ou apreciar a dor de um prazer sublime. Parecemos ter perdido o tempo para nos agarrarmos longamente, para deixar que nos pousem a cabeça sobre o coração, para o ouvir bater e sentir que o amor está ali, vivo. Queremos a gratificação imediata, rápida, que faz ter tudo logo ali, logo à mão. O pragmatismo impera. Há pessoas que se cumprimentam com um aperto de mão. Outras cumprimentam-se com beijos. Mas outras cumprimenta-se fodendo. Dir-se-ia que é sinal dos tempos de urgência. Da perda de jeito para os rituais. Poderá ser. Mas não com todos. Há gente que se cumprimenta fodendo porque é diferente dos demais. Porque foder lhes é natural e não viola em nada o tempo da preparação, o tempo das mãos quentes ou dos pontos sensíveis. É pragmatismo romântico. Inversão do tempo. Fode-me já, depressa e com força. E depois disso, agarra-te a mim, tapa-me, aconchega-me, e beija-me suavemente quando nos ficamos, no nosso ritual de calor, tu a procurar-me nos olhos, eu a escutar-te o coração."
João
Geografia das Curvas

«Centro de Emprego»- Shut up, Cláudia!




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01 janeiro 2015

de volta ao preto


Back in Black from The Darlings on Vimeo.

Eva portuguesa - «Fogueira»

Envolvo-me no frio que me arrepia a pele.
Procuro a posição que me permita adormecer mas o corpo está quente, irrequieto, ansioso.
Fecho os olhos para não sentir. Para adormecer os sentidos.
São longas as noites em que me perco no desejo do teu cheiro, do teu sabor.
Horas de sadismo que tento afastar, sem na realidade querer deixar partir.
Como se a tua recordação fosse esta fogueira que arde sem temor, para logo depois se transformar em cinza e desaparecer levada pelo vento.
Essas cinzas que me cobrem o corpo, enchem a alma e lambem o sexo.
Desejo-te. Aqui. Agora. Com fúria. Com intensidade.
Fizeste de mim uma mulher de sorriso fácil; uma alma colorida; um arco íris onde antes só existia cinzento.
Chegaste. E tudo mudaste...


Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

Calorzinho africano...

Pintura em tecido com motivos eróticos africanos, emoldurada na minha colecção.

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E fez beicinho...


Tens noção que ao dizeres que estás embeiçada só me dás motivação para te meter a gaita nas beiças, certo?

Patife
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