11 dezembro 2006

CISTERNA da Gotinha



O Outono já deixou cair as suas últimas folhas amarelecidas para dar lugar à nudez Invernal.

Rachel Stevens: alguém conhece esta britânica?!

Vídeo: os acidentes no mundo
da pornografia.

Imogen Thomas é um nome bem sonante!! E a moça não deixa ficar os créditos só no nome...

Alessandra Ambrosio & Adriana Lima: dueto explosivo.

ladaínha apertadinha

pouco páro p’rò enredo
parto ao alto e com fundura
sobressalto e meto o dedo
apalpando a comissura
que perturbo e enovelo
percorrendo a criatura
entra o pulso e o cotovelo
entre o lábio e a fundura
entre a lábia e o cabelo
mergulho nessa aventura
passo o cabo e o cabedelo
outra a mão que porventura
se entranha nessa vertigem
alongada em tal lonjura
e de braços na voragem
na vertigem da loucura
vou de bruços na viagem
vou de braços à procura
e por entre a vadiagem
contra o tempo de secura
entre as pernas tenho os braços
mergulhados na tal lura
onde se perdem meus passos
onde o prazer se esconjura

ambos os braços me acalmas
minha flor feita rainha
e quando vou bater palmas
dentro da humidade terna
diz-me a tua voz de andorinha
“ – palmas não batas, palerma,
que eu sou muito apertadinha!...”

________________
E para o Alcaide, quem ode é odido:
"corre corre palavrinha
corre como o pensamento
corre não percas momento
corre para a ladainha
que eu corro para a vizinha
corro menos que sou lento
correr mais só um jumento
corro com esta perninha
corro em ti que és docinha
corro mas sinto o teu vento
corro que é fedorento
corro para a tua maminha
corro já p´ra buraquinha
corro já com grande aumento
corro corro não aguento
corro e escorro qual vaquinha
corro no teu corrimento
corro mas não me lamento
corro e morro pela vizinha!

... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
Fiquei cansado de correr tanto!"

Postais de Natal IV


Postais de Natal (I) - (II) - (III)

OrCa:
"um pai natal que é a sério
que serve prendas à lista
há-de ter por refrigério
sempre à mão a telefonista

e pelo olhar descaído
com que nos topa o banana
a chamada é bem sabido
deve ser interurbana..."

Alcaide:
"anda loira que eu não posso
muda as lentes... se a não vias,
devias saber que o osso
não se tem... e tu sabias

anda loira come mais
vejo a tua rabanada
chupa chupa ainda mais
limpa a boca na almofada!"

seven:
"Ela ainda acredita no Pai Natal?! Que idade é que ela tem?"

A arte do Amor, por mostrengo Adamastor

Da fria e civilizada Noruega, chega-nos a prova que os homens, afinal, são sensíveis e sabem apreciar manifestações artísticas.

Façamos disto um exemplo a seguir.

A minha política é a política do car... trabalho, mas...

... que raio foram fazer os americanos ao Iraque?
I miss so much the small and lovely sheep of my homeland...
Imagem enviada por Lamatadora
pelo grupo de mensagens da funda São

:
"Não sei se é camelo ou dromedário
O animal que está na foto retratado
Sei que foi preciso vir um grande otário
P'ra deixar o pobre bicho enrabado...
Vagueava o animal sozinho no deserto
Onde do cu só saía merda e traque,
E quer tivesse ou não alguém por perto
Nunca imaginou sequer um tal ataque!
E tendo sofrido tal enrabanço
P'ro qual não foi preciso escadote...
Agora ao cu vai ter de dar descanso
E ter mais cuidado com o «pacote»"

OrCa:
"será talvez camelo aquele otário
que assim dá de comer ao invasor
e quer seja um camelo ou dromedário
mais não é que um reles colaborador

nem de Bíblia ou Corão aquele coirão
das profundas do inferno há-de safar-se
que não busca nele prazer o soldadão
só procura o petróleo p'ra amanhar-se

e teremos de certeza mais que certo
que assim fica esta besta na má onda
de não ter p'lo cu acima nem de perto
um caralho... mas decerto alguma sonda."

:
"De orca ou tubarão, aquele camelo
Não vai conseguir escapulir-se...
Com animal com pele ou sem pêlo
Não tardará muito a vir-se!

É que no deserto faz calor
E engrandece as feromonas...
E aos piços causa ardor
Aquele cheiro das conas!...

Não é nada que assuste
Português desassombrado...
habituado ao embuste
De um habitat molhado...

Tenho p'ra mim qu'é verdade
Que quem se molha amiúde,
Ou dá fodas de saudade
Ou anda mal de saúde...!"

Alcaide:
"oh! soldado...não o puxe
não o monte assim em pêlo
olhe que ele não é o Bush,
mas apenas um camelo!
"

Pijama para eles...

De dupla utilização... será que dá jeito...?



Outras Coisas

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10 dezembro 2006

Ai!


Como o Jorge Perestrelo gritei Minha Nossa Senhora e deixei-me cair literalmente para trás, abandonando as minhas coxas à função de peso morto sobre as dele. Tenho a vaga sensação que ele ostentava um sorriso de orelha a orelha, orgulhoso da sua prestação mas, em boa verdade, sentia-me completamente atordoada com uma dor lacinante na nuca. Ele devia estar à espera de uma palavrinha de elogio e aplauso pela sua competência para me fazer rebentar as comportas, porém as pálpebras pesavam toneladas e articular qualquer som pela boca parecia um esforço inglório. Aliás, como seria plausível confessar que no preciso momento do orgasmo tinha ficado com uma dor de cabeça de caixão à cova e, azar dos azares, logo depois de ter tido tanto trabalhinho para levar aquele gajo para a cama?...

Ele lá se desencaixou de mim e veio espreitar-me a cara, a baloiçar na incerteza da sua classificação e intrigado com tão estranho procedimento, muito pouco curial para uma primeira vez. Talvez o divertisse a novidade de saber que as mulheres, afinal, podem ter dores de cabeça não só antes mas também no depois, com a grafia de enxaqueca.

Acabei por soltar um ai seguido do nome dele, para o sossegar de que não o estava a confundir, que mais não conseguia de tão aterrorizada que estava com a perspectiva de estar a ser alvo de um castigo pavloviano para me impedir de dar quecas.

____________________
O Alcaide sente-se tentado a contar outras dores:
"Gosto de te ler Maria.
porém fica o amargor
do engate sem amor,
sexo mnipulador,
do uso e deita na pia...
Quero só dizer com pressa
que escreves tão bem, tão bem,
que me apetece também,
contar a ti e a mais cem,
as dores na outra cabeça!"

E o OrCa, qualquer prato, mesmo sendo marisco, ode:
"dar a queca à sapateira
não será demais o luxo?
é que ele há muita maneira
de dar maionese ao bicho

e dá-se a pinça melhor
agressiva qual tenaz
se o n tirares sem dor
e fores do amor atrás

que o animal é de esguelha
que p'la vida fora avança
já nós vamos de cernelha
frente e atrás e siga a dança

e na concha ter marisco
sei-o bem p'ra meu deleite
mas não melhora o petisco
por ter casca que o enfeite

vais ver foi a congestão
que te estragou a merenda
que ter pinça sempre à mão
pode ser mais que a encomenda..."

O Pedro Laranjeira ode o contraditório:
"Estás enganado, D. Orca,
que toda a gente acredita
que a casca que enfeita a porca
aumenta o valor da dita...

Não é que tenham razão
ou não lhes provoque azia...
Pois se até um peixarão
propõe quecas à Maria...!

(a perca envaidecidona,
com ar de quem rapa o tacho,
procura na árvore a cona,
p'ra melhor se sentir macho...)

...mas o Alcaide, esse então,
que até gosta da Maria,
com enxaquecas-tesão
vai mesmo acabar na pia!

...e depois, ó santas gentes,
que nos mandam estas trovas:
faz mal dar fodas urgentes
e seguir p'ra outras novas?!...

Como aprendi de Vinicius
(que a verdade lhe perdure)
sempre que bebermos vícios
SEJA BOM ENQUANTO DURE!"


Alcaide:
"Acaba na pia a porca
comendo à sua maneira,
uma flor de laranjeira
ou um poema do orca,

e come marisco ou nabo
depende da refeição
põe-se noutra posição,
já a porca torce o rabo.

Com amor mais descartável
que linda...quando está dura
enquanto dura perdura,
come só pescada ou sável.

Até nem tenho apetite,
mas comendo, gosto de ler
o que a Maria escrever
e um ou outro palpite.

Apenas digo e repito
que comer só por comer
acaba por esquecer
que um lindo amor... é um pito!"


Pedro Laranjeira:
"Olha, a porca vai comer
na pia à sua maneira,
de rabo alcaidenrolado,
um poema orquencastrado
e flores de laranjeira...!

Triste sina a da pescada,
do sável e do marisco,
digeridos de assentada
numa gula desregrada
de trincar e lá vai disto!

A Maria de certeza
concordaria comigo
que não há prazer de mesa
por mais farta, rija e tesa,
que não traga algum castigo...
nem que seja em celulite
enfarte ou até trombose
por excessos desmedidos...
Sabe as linhas com que coze
a história que nos contou
e os versos mal paridos
com que nós lhe respondemos
só comprovam que entendemos
que a vida nos ensinou
mais do que aqui confessamos...
é verdade, nós gostamos
de comer só por comer...
... e se um dia é de marisco,
no outro nos torce o rabo
o engodo de ver o isco
fugir com ele entre as pernas
e só nos deixar o nabo...

Façamos então de conta
que a vida acaba amanhã!
Não assinemos a afronta
de que nos possa ser vã!

Comamos só por comer
mas sempre cheios de amor
e vivamos sem rancor
do que a vida nos trouxer!

CARPE DIEM, companheiros!
Na morte não há saudade!
Sejamos sempre os primeiros
a ter a capacidade
de sermos os pioneiros
da nossa própria verdade!"

Domingo Santo




Erotica Curiosa

Ao abrigo do direito de resposta, tem a palavra a diáCona:
"Isto é inusitado. Uma vergonha insuportável. Uma blasfémia!
Gotinha! Ardereis para toda a Eternidade no mais profundo dos infernos, para gáudio do Mafarrico, Belzebú, enquanto eu, Serva do Senhor, estarei na sua Glória, eternizando a Graça da minha alma salva das tentações vis e baixas do Demo, do lado direito do Senhor.
Arrependei-vos, ó criaturas perdidas. Queimai este blogue num grandioso Auto-de-Fé, e vejai como por milagre a Luz surgirá nas vossas vidas indicando os caminhos da Salvação.
Vinde que estais todos a tempo de vos arrepender.
Deixai a São Rosas arder juntamente com este espaço Luciferino e perverso.
E enquanto as chamas dos infernos a consomem e ela grita de dor e sofrimento, olhai e vede o mal de que escapastes...
Vinde! Ainda estais a tempo da salvação!"


O Pedro Laranjeira ode a diáCona (o taradão):
"Também quero a salvaSão
num bom ambiente eterno!
Tem a DiaCona a razão!
Vamos todos pró Inferno!

Com São Rosas e Gotinha
nas chamas da perdição
já não quero sina minha
que me traga redenção!

Além disso, toda a gente
sabe bem que não são loas
que é lá em baixo, eternamente,
que vivem as gajas boas!"
E o Alcaide acode-me:
"Cheirou-me aqui a queimada
zanguei-me com o cozinheiro.
Disse:- Sãozinha mal passada...
nunca metida em fumeiro!"

O ode-me:
"Que carne deste gabarito
Só mesmo mui mal passada
Que as mamas, o cu e o pito
Tem de ser bem temperada!
Com muitos beijos e abraços
Se faz um belo tempêro...
Mais uns apertos devassos
E o piço são como um pêro!
Que em cona afiambrada
Não entra qualquer que quer,
Primeiro, tem que ser beijada
Onde lhe aponta a mulher!
E se o sítio é o que penso
Podem lançar-se foguetes,
Pois há-de haver prazer imenso,
Muitos broches e minetes!
E quando a festa acabar,
Manhã cedo, manhã alta,
Ainda há que enrabar
Quem ainda lhe sinta a falta!"

09 dezembro 2006

Fado.

por Charlie



Olhou para ela.
Viu como ela fechava os punhos enquanto punha toda a alma nos vincos que as unhas cravavam nas mãos e duas gotas do coração procuravam a luz da mundana noite por entre as frestas das janelas dos olhos.
O cante rasgado das entranhas seguia o trilho sofrido do poeta e avançava, todo o corpo em dádiva, todo em entrega, todo um rio de voz a diluir-se em espumas e abraços na foz, mar aberto a caminho do horizonte.
Agora as mãos abriam-se e cruzavam sobre o peito e o seu olhar cheio de brilhos das velas subia para lá do tecto do recinto, muito para lá das telhas e fios emaranhados, muito por cima dos céus cinza da noite de Outono. Era ela mesmo a mãe duma chuva de estrelas, sempre a crescer numa vibração contagiante, e de repente todo o universo saiu-lhe parido no instante em que o tempo parou, o corpo se rasgou, todo ele poema, todo ele voz enrolada nos acordes finais das guitarras...
Olhou sorrindo para a assistência. A respiração ofegante pelo esforço e projecção da alma, e avançou três passos no pequeno palco enquanto fazia uma vénia.
As estrelas voltaram a alinhar-se novamente nos infinitos arranjos e constelações e a sala encheu-se de aplausos. O mundo voltou a falar e as luzes atreveram-se a subir um pouco de intensidade acompanhando os murmúrios em crescendo, aqui e ali num tom mais alto. Por vezes uma risada mais sonora.
Jarros de tinto e chouriço assado enchiam agora o espaço de cheiros e bailados entre as mesas.
O poema continuava nas curvas do corpo de Marina que copiava os movimentos dos lábios a declamar frases e rimas.
De fadista de bairro transformada em empregada de mesa ocasional.
Aproximou-se do sítio onde tinha estado a observá-la embevecido, de olhar magnetizado.
Sentou-se junto a ele, mordendo o lábio inferior num misto de sensualidade e ciúme.
- A tua mulher veio?
Esperou um pouco antes de responder
- Não. Desta vez não. Tinha que fazer, disse-me. Não quis vir... Sabes? Mas isso agora não interessa...
Uma curta pausa sobreveio e ele aproximou-se-lhe.
- Tenho saudades tuas...
Olharam-se longamente, os lábios ardendo no adiado dum beijo.
Ao balcão, o gerente observava cuidadosamente. Pegou no telefone.
- ... Sim... O teu marido. Ele está aqui com ela... - disse baixinho, voltando-se para ficar fora do alcance visual do par - Pois... pelo que vi é coisa para levar umas horas... temos tempo. Vou já ter contigo conforme combinámos... outro para ti... Amo-te...

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08 dezembro 2006

CISTERNA da Gotinha


Têm ido a muitas festas de Natal?!

Cameron Diaz tem umas pernas que nunca mais acabam.

Calendário 2007 de Clara Morgane - no
site da FHM.
As fotos foram feitas por
Gyslain Yarhi nas praias de Ibiza e podem ver algumas das fotos aqui.

Alguém precisa de uma
empregada doméstica?!

Rabiosques:
Jaime Koeppe e a incontornável Vida Guerra.

Postais de Natal III


Postais de Natal (I) - (II)

Alcaide:
"Pai Natal descansa agora
não tenhas tanto trabalho
leva os brinquedos embora
aqui só fica o caralho!"


São Rosas:
"Pai Natal vou ordenhar-te
Até que saias de maca
Com toda a minha arte
Dás o mesmo que uma vaca"


papoila_rubra:
"Menina São, trabalhe bem
que eu daqui até alvitro:
esse Pai, mesmo velhinho
é bem capaz de dar... o litro!"


Rap da Dina:
"Pai Natal «ganda» totó
Vem-te até aqui à Funda
Se não me dás um popó
Levas um pontapé na bunda.

yôh, yôh...(bis)

Pai Natal amigalhaço
Arranja-me um gajo bom
Embrulhado num bruta laço
Que eu cá: «om, om, om»!

Pai Natal vem a cantar
Traz aí um gajo às peças
Para a Dina montar
Numa bela noite dessas.

essas, essas... (tris...)

(e pronto, podem continuar desde que cantem no tom certo: erótico, mas nada de ordinário e ofensivo. Isso fica reservado para aquele dia, a não sei quantos de Dezembro, quando toda a malta estiver a coisar ao mesmo tempo. Aquilo é que vai ser um terramoto!...)"


Alcaide:
"Olá, Dina, quero um abraço!
A função já recomeça
sou teu amigo... promessa!
Olha, tenho aqui uma peça,
p'ra ti neste Natal... com laço!"


papoila_rubra:
"Meu querido Pai Natal
este ano sê bonzinho
Anda lá... que eu só queria
um Alcaide... no sapatinho..."


Alcaide:
"Miúda do gás... Papoila...
obrigado pelo pedido
mas sabes... ando fodido,
depois de ter aprendido,
a fazer à moçoila...

O polegar nem tem unha!
no braço musculatura
digo que sexo é cultura
fica lá grande abertura
nem a peça da Dina eu punha!"

João Mãos de Tesoura:
"Menina, menina,
pede o que quiseres,
não levo um saco, mas dois
cheios de calorias, ah! mulheres
do laço fazei bom uso,
enfeitem-se logo e depois
que neste Natal confuso
não haverá prenda igual,
brinquem, dêem-lhe uso
qu'ele não sentirá abuso
nem levará a mal!"


Pedro Laranjeira:
"O Pai Natal é velhinho
tem barbas brancas e tudo
dura mais do que um menino
que se arme em fuçangudo!

Por isso venham-se as botas
às chaminés mal tratadas:
da pa-ciência dos kotas
saem elas consoladas!"


:
"O Pai Natal é velhinho
Velhinho mais que tu,
Ataca bem de mansinho
E gosta muito de cu!
É pois à parede encostar
Se o Pai Natal estiver por perto,
Qu'ele tem o hábito de fechar
Buraco que esteja aberto!
E fecha aquilo de um jeito
Que fica mesmo fechado...
São duas ou três a eito,
Fechadas com cadeado!
Com o Pai Natal não se brinca
Nem com postais de papel,
Qu'ele usa um balde com tinta
E o caralho dum pincel!"


Pedro Laranjeira:
"o pai natal não é velho
assim tão mais do que eu,
não caias em tais enganos
que eu não sou nenhum fedelho
e quando a lenda nasceu
já eu tinha dois mil anos!"

Homem sofre...

Homem que é homem deve sentir o mesmo que o Macho 47 (digo eu). A propósito de eu lhe ter dito que "não é só levantar a pilinha e já está", teve que desabafoder [claro que esta vai ter que ir para o DiciOrdinário] comigo:
"Algumas vezes vou a chats.
É muito comum ficar 3 horas sem que um único nick se dirija a mim.
Dias atrás resolvo fazer a experiência inversa e entrar com nick feminino. Os resultados são esmagadores: Em 3 minutos, 15 fulanos e duas mulheres metem conversa comigo. O PC bloqueia com o número de janelas que se abrem.
Não é o homem que só precisa de levantar a pilinha para ter as coisas de bandeja.
A mulher é que só precisa de mostrar as perninhas para os machos caírem sobre ela como moscas enlouquecidas.
A nivel da sedução na internet, a mulher tem todas as vantagens e o homem nenhuma.
Ela, é só mostrar a perninha e eles caem como tordos.
Quando quer ela desaparece".

Venham-se daí os vossos comentários...

Bartolomeu: "O Macho 47 tem toda a razão. Há dias, encontrava-me enfastiado, sem nada de interesse para fazer e decidi entrar num chat. Corri a lista de participantes e seleccionei um nick «coninha-aberta». Obviamente pensei, ora aqui está aquilo a que vulgarmente se chama «código postal». Fui ao privado da coninha e entrei logo a matar, espetei-lhe com um dos meus poemas a atirar pró sentimento, com molhos de Rosas, luares reflectidos nas águas calmas de um lago, melodias e essas merdas todas que um gajo diz a uma gaja, quando lhe quer saltar prá cueca e que ela finge que acredita porque também lhe apetece entalar o nabo, mas tem de fazer cumprir o ritual e fingir que tudo tem origem numa paixão avassaladora que não lhe permitiu resistir. É verdade, pois, é que um gajo quer chegar e despejar os tomates, da forma mais porca possível, com a gaja por cima, tipo amazona, aos gritos, fode-me cabrão, enterra-me esse caralho todo até ao fundo, vá com força... , chama-me puta, fode-me com força, enterra-mo à canzana... (porra, já me vim, esperem só um cadito, para ir lavar o nabo). Pronto, já voltei. Elas... elas não gostam assim. Elas gostam de se sentir amadas, de se sentir desejadas, gostam de encarnar o papel maternal, mas numa versão mais extensa, mais abrangente, com avanços progressivos, com pequeníssimos recuos, mas sempre com o objectivo de atingir a suprema e plena conquista. A mulher veio ao mundo para ser conquistada, mas com sabedoria e inteligência, gosta de ser seduzida, amada, acarinhada, e gosta que o homem lhe trepe em cima, mas só na altura certa, e saber reconhecer a chegada desse momento é obra que só está acessível a machos com M. Por isso há mulheres que fodem e outras que fazem amor.
Eu, só faço minete... sou um louco pela lambidela shlaaap shlaaap"

Nelo: "Pois olha, Bartalodeli, melhér.Çe tu fases minete, çe gostas deças perquerias de meteres o narish nas covash cheirando a bacalhau, eçe porblema é teu. Pra mim melhér, nam á cumo uma boa pila. Açim beim teza ensimando uma bela tomatada sheia de lête. Uma melhér deita as mãus ó açunto, fas o estrafego e açim e asdpois, mesmo que abocanhe ta´ vendo o filme tode em sinamascope versão ecran grande. O que ei que tu vesh? Dis-me lá ó Bartalodele... Com as ventas infiadas na scuridão lambendo cumo queim lambe o tapete da porta da intrada da caza. Lambes lambes lambes e çe tiveres falta de vista, neim os ólicus podes uzar, neim á menos tiras partido do pouco que podias ver. E asdepois, mejmu çeim óliculos ovi dezer que á as gaijas que apertom as pernas. Inté podes partir uma maksilar... sei lá melhér... Ts Ts ts... Bar tolo deli, melhér, um dia hades çair cumigo há nôite para eu te mostrar cuma brohsada é munto milhor que cualquer minete..."

matahary: "Já dizia um amigo meu, todo triste, «quem tem cona, tem uma quinta»... Vocês São tão humildes que quase me comovem... Taditos de vocês..."

Venham-se com anéis penianos...

... fiquem os dedos (hmmm...)



100 dedos

O blog Foram-se os dedos ficou 100 dedos.
Só é pena que não dedique também a sua criatividade ao dedo sem unha...

Beijos


Outras Coisas

07 dezembro 2006

Dia das meninas

Hoje é para fazer CU-CU



Niko

Na tua boca - Zé

"Na tua boca, tudo se afoga...
E nos teus lábios, tenho a certeza
Que a minha língua a tua interroga
E deixo nela toda a minha impureza.

De boca cheia... e olhar aflito
Retorces-te nos meus braços, a fugir...
Mas ainda não é tempo de um grito,
Nem sequer tempo de partir.

Recrio-te os seios, inventando aromas
De frutos silvestres e maduros,
E desço ao teu ventre almiscarado,

Revejo em ti... todos os sintomas,
E os teus olhos, de pensamentos impuros.
E quedo-me no teu âmago, abraçado...

Novembro,16,2006

"

Água ardente - por Bartolomeu

"A mamã do Zezinho executava trabalhos de costureira para ajudar a fazer face às despesas domésticas.
Certo dia, recebeu uma cliente endinheirada, que pretendia umas calças à medida para o seu querido filhinho, o menino Joaquinzinho. O filhinho da senhora rica, coitadinho, veio ao mundo sem orelhas. A D. Marcolina, mamã do menino Zezinho, conhecendo o jeito desbocado e irreverente do seu filho, fez-lhe um aviso peremptório:
- Zezinho, hoje vem cá a casa uma cliente muito importante e traz o filho, que não tem orelhinhas. Portanto faz-me o favor, nada de gracinhas. Estás proibido de abrir a boca. Jura!...

- Juro!
À hora marcada, batem à porta de Marcolina. É a D. Hermengárdia, acompanhada do seu querido filho Joaquinzinho.

- Faz o favor de entrar, Sô D. Hermengárdia, por favor esteja À sua vontade. Posso oferecer-lhe alguma coisa para beber?... Um tinto lá da terra, uma água-pé do meu sogro?...
- Tem bagaço lá da terra, D. Marcolina?
- Tenho sim senhora, uma branquinha de estalo, feita no alambique do meu primo Esturjárdio.
- Então venha de lá uma copaneira pra desmoer a chispalhada do almoço.
- Ó Zezinho, chega lá à cozinha e traz a garrafa da aguardente que está no armário, por baixo.
Segundos depois chega o Zezinho com uma garrafa de litro e meio e um copo de meio-galão, que coloca em frente à D. Hermengárdia, ficando de mãos atrás das costas, bamboleando a peida da esquerda para a direita, a olhar fixamente para o Joaquinzinho.
Imediatamente a D. Hermengárdia fez questão de perguntar ao Zezinho
o que motivava tanta curiosidade, pelo que ele prontamente desabafou, apontando para o Joaquinzinho:
- Que Deus lhe conserve sempre a boa vistinha...
Surpreendida, D. Hermengárdia despeja de um trago o 6º copo meio-galão cheio da fortíssima branquinha e, depois de um monumental estalo com a língua, pergunta ao Zezinho:
- Porque é que dizes isso, meu menino?
- É que se um dia lhe falta a vistinha, não sei onde é que o caralho do puto vai depindurar os óquilos.
- Ó c'um filha da puta... sai já daqui Zezinho, vai p'rá cozinha fazer os trabalhos da escola.
D. Hermengárdia, afogueada com o desaforo, despeja o resto da garrafa da branquinha e, arrastando o Joaquinzinho, sai porta fora sem mais conversas.
A mãe do Zezinho vai à cozinha e encontra o puto a rir que nem um perdido.
- Estás-te a rir, meu cabrão? Tens consciência do que acabaste de fazer? Esta gaja ia dar-me bom dinheiro a ganhar e agora saiu e não me deu trabalho nenhum.
Zezinho continuava a rir-se sem parar.
- Ouve lá, meu cabrão, estás-te a rir de quê, afinal?
- Hehehehe... é que aquela garrafa que eu levei não era a de aguardente. Era a do ácido sulfúrico, para desentupir os canos.
-Ai cum caralho, estou fodida, ó meu cabrão, meu irresponsável do caralho, estamos fodidos, a mulher vai morrer e nós vamos todos de cana.
Foi um desatino
em casa do Zezinho.
No dia seguinte batem à porta. D. Marcolina treme de medo, calcula que é a polícia e muito a medo lá vai abrir a porta.
Surpresa das surpresas. É a D. Hermengárdia, acompanhada do seu menino de estimação e traz no rosto estampado um sorriso de satisfação.
Marcolina, sem saber o que fazer ou dizer, balbucia:
- D. Hermengárdia, seja bem vinda. Como está a senhora?
- Muito bem D. Marcolina, muito bem. Posso entrar?
- Faça favor, mas o que a traz a este humilde lar?
- Olhe, minha querida amiga, sem querer abusar da sua generosidade, venho pedir-lhe para me servir mais um copo daquela sua maravilhosa aguardente.
- Mas... mas... a senhora deu-se bem com aquilo? Quero dizer, não lhe assentou mal?
- Qual quê, D. Marcolina! Aquilo é uma pomada de 1ª categoria. Só como ainda não estou habituada, sempre que dou um peido, queimo as cuecas...

Bartolomeu"

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06 dezembro 2006

CISTERNA da Gotinha


Jogo do sex-appeal: Lou Paradis.


O novo microsite promocional da Durex - The Pants Whisperer


São rosas, senhor Umbigo!


Para as meninas: 3 Calendários de 2007 com fotografias de
John Andresen

«To Sao Rosas, (...)»

Há dias o Nikonman apresentou-nos aqui o livro «Flora Magica», de Hermann Försterling.
Como não posso ver estas coisas sem as querer ter na minha colecção, encomendei o livro directamente ao autor. E pedi-lhe...

... uma dedicatória especial!

A propósito de um certo sabor, da Papoila Rubra...

"Hoje é dia de Sexo! E todo nu
Avanço p'ra ti de lança na mão.
Por agora, quero só comer-te o cu
E nem sonhas qual vai ser a sensação!

Abro-te as nádegas e passo-te creme,
Encosto o meu falo às carnes bens duras
E grito aos céus que sou o homem do leme
A embarcar outra vez nestas aventuras...

E deixo escorregar um primeiro ai...
Tapo-te a boca para que não grite,
Ficamos os dois nesta mesma luta.

Ergo-me mais e agora é que vai,
Suave é o passo, parece um convite
A que coma mais vezes dessa rica fruta!

"

"Zé, a proposta que me fazes
não me parece boa, nem louca...
E... ainda está p'ra nascer o homem
que me consiga calar... a boca!

Papoila Rubra"

"Esta «diálise» poética entre a Papoila e a sugestão do Zé, deixou-me meditabundo...

oh mas que forte emoção
que delírio de frescura
era na boca a função
e acaba na cova escura

e o sal se fez chocolate
e o beijo numa enculade
tal é o mistério do vate
há-de sonhar... ou não há-de?

doces lábios fresca boca
loucos beijos dizes tu
sabe-te esta coisa a pouca
e só descansas no qu

arto onde enfim repousas
pernas bambas ofegante
qual avezinha tu pousas
nesse quarto já minguante...

OrCa"

"Eu em Quarto MInguante
Que Lua Nova também já fui...
Por mil vezes em Quarto Crescente
(num prazer que jamais sentirás)
num privilégio de mulher apenas
recordo também já ter sido
com orgulho e sorte minha
por três sublimes vezes...
Lua Cheia... bem redondinha!

Papoila Rubra"

"Ai, Zé, que um raio te parta,
por essa cabeça impura!
Deve a Papoila estar farta
de quereres-lhe fazer soltura...

Mas que grande despautério
essa tua descrição!
Vamos lá falar a sério
de cultura e de tesão!

Então não sabes que o creme
que pode aplicar-se à mão
é bisnaga que se espreme,
mas nunca substituição?...

Mete lá neste bestunto
que não há melhor mistela
aceitável como unto
que a que vem da cona dela!

São produtos naturais
nascidos do próprio gozo!
Não metas os dedos mais
em qualquer boião merdoso!

Pedro Laranjeira"

"Não me imagino, na tua vagina
A abrir-lhe as pregas,
A correr-lhe a cortina...
Rasgando as regras,
Desprezando os manuais
Ignorando conselhos
E outros que tais...
Se seguisse a «sugerência»
Do Senhor Laranjeira,
Foda que desse... não era minha
Era de Sua Excelência!...

Papoila rubra, vermelha,
Encarnada!
Que escreve e afunda
Sendo Mulher!
Agradeço as palavras, e
De mão beijada,
Não fico indiferente ao
Que quer dizer!
Afundo de frente, afundo de lado,
Afundo contente.
Afundo às vezes mal interpretado
E continuo em frente!...

mas «poeta» castrado, NÃO!

"


"Zé... poeta castrado, NÃO!
estamos os dois de pleno acordo

Mas presta bem atenção
que nessa arte de afundar
eu não perdoo mesmo nada...
Mulher é SEMPRE MULHER!
jamais foi, é ou será
a palerma da
boneca insuflada!...

Papoila Rubra"

"Papoila, Papoila, Papoila,
rubra te anuncias no defeso
pois não mostras o que não procuro,
e no sonho que manténs aceso
não encontrarás homem que te cale,
pois se grande, largo e duro
for o atributo de que se fale,
procurará ele outro futuro
e não uma mulher que se rale!

João Mãos de Tesoura"

Amor é...

05 dezembro 2006

A experiência do Seven...

... na sequência de mais uma polémica sobre sexo anal lançada pela Papoila Rubra:
"Oh pá, eu falo com conhecimento de causa. Por razões de saúde já fiz uma endoscopia prostática (5cm) e uma rectoscopia (cerca de 40cm). Se a primeira é desagradável, a segunda provoca uma dor e um mal estar indescritíveis... É sofrimento puro e o tubo não tem mais que 2cm de diâmetro. A penetração anal é fatalmente dolorosa porque as paredes do intestino são muito sensíveis.
Em condições normais é difícil de suportar, mas admito que com um certo grau de excitação a dor se possa transformar em prazer, seja-se macho ou fêmea. São factores psicológicos que fazem com que assim seja e os senhores Sade & Masoch já provaram que isso funciona de facto. Agora é com cada um...
Eu, cada vez que me lembro daquele exame, perco logo a tusa toda.
Seven"

Quando o Zé foi à inspecção

"No dia da minha inspecção militar (em que como sabem era tudo nu) apareceu um mancebo com aquilo em pé e o Coronel-Médico perguntou-lhe:
- Atão que merda é essa?
E o mancebo respondeu:
- Ó meu sargento, isto parece que é a modo que dos cuzes...

"

Long live the Queen


Outras Coisas

04 dezembro 2006

CISTERNA da Gotinha



Adele Silva é britânica mas tem um nome muito português, não acham?!

Fazer a celebérrima
Bikini Wax é mesmo só para estômagos muito fortes.

Parece que a Salma Hayek sabe como fazer um
Strip .

A Nicole Kidman na revista
Vogue está muito bem.

Kelly Brooks gosta de correr livre e alegremente de bikini pela praia.

Ciência que cresce a olhos vistos...


Na louca demanda por conhecimento, que nos trouxe e mantêm no topo da cadeia alimentar, o Homem (e a mulher) tudo faz para aumentar o volume de informação de que dispõe. Até mesmo decompor um dos mais belos momentos de poesia da natureza em pequenas partes passíveis de serem analisadas e estudadas ao pormenor... durante várias horas. É a ditadura da Ciência que nada respeita...

Postais de Natal II


Postais de Natal (I)

Ó pastor enrabador, rinhinhi, rinhónhó…

Furtado aqui

Beja, 6 de Fevereyro (de 1740)

(…)hum pastor, moço solteyro(…). Havia alguns annos, que andava em occaziam proxima com 3 femeas das cancellas do seu curral para dentro: huma burra, huma cadella, e huma Cabra: a burra lhe fiz logo vender; a cabra, e a cadella lhe mandey matar. Confessou-se por aquella vez, porem a sua miseria faria reincidir na mesma culpa, buscando novas femeas, com quem refrigerasse o maldito fogo da luxuria; porque he certo que quem manhas tem, tarde, ou nunca as perde.

MATOSO, Luís Montez, 1701-1750
Ano noticioso e histórico / Luiz Montez Matozo. - Lisboa : Biblioteca Nacional, 1934.
Facsimile de: Anno noticioso e historico, de 1740. – Tomo 1 – Pág. 47-48

Uma mão à frente e outra atrás - por Bartolomeu

"Conheço um casal paupérrimo que emigrou para França.
Passados dois anos regressaram riquíssimos.
O pai dele perguntou-lhe:
- Olha lá, Tóino, vocês foram daqui há dois anos com uma mão à frente e outra atrás e voltam com tanto dinheiro. Afinal, que milagre foi esse?
- Não foi milagre nenhum, meu pai. Foi simples, quando fomos para França íamos os dois com uma mão à frente e outra atrás. Mas quando chegámos lá, a Anastácia tirou a mão da frente e eu tirei a mão de trás...

Bartolomeu"

Ché Magazine - em busca de um mundo melhor


Troca de camisolas no final
de um jogo de ténis feminino

crica para visitares a página John & John de d!o

03 dezembro 2006

Domingo de Paixão

loicpeoch_01


Erotica Curiosa
Eu sei, eu sei... vou arder no Inferno para todo o sempre...

Cartas da Maria... da Conceição Rosas

Lembram-se de na Maxmen do mês passado o blog porcalhoto ter aparecido no Quadrante «maravilhoso - adiantado»?
Vocês já sabem que estas coisas me deixam toda molhadinha. Agradeci num e-mail ao Domingos Amaral, director da Maxmen (uma jóia de rapaz, não desfazendo). Pois ele publicou a minha mensagem e respondeu:Deixo uma sugestão de borla à Maxmen: porque não criam uma revista para mulheres virgens? É um nicho inexplorado (em todos os sentidos, menos pelo rabo e pela boca). O título dou-o eu:
Maxi-Hímen
De nada.

Alface «ubri a quê»?!...

Os membros e membranas da funda São estão sempre atentos. Esta alface depravada foi-me enviada pelo A. Silva:
"Encontrei esta semente de alface à venda nos viveiros Europlantas em Ovar e parece ter uma característica muito peculiar. Se gostarem de alguma das fotos podem usá-la no blog. Já agora, parabéns pelo vosso trabalho, que visito regularmente desde há dois anos + ou -."

Quebra-nozes


Sugestões para o Natal... em várias cores

Outras Coisas

02 dezembro 2006

Fruteira da São Rosas




Prikola

A vizinha e a morcela


por: Falcão

... por aí em Lisboa quem abafa o salpicão tem o futuro garantido.

Cum caralho!
Ena que já num vinha a esta página há um bom par de dias, e pouco mudou, caralhos me fodam e me refodam! Continua a paleiraje a entrar em forte, mas prontes; deve ser essa coisa moderna do lóbi guei. Ouvi dizer que por aí em Lisboa quem abafa o salpicão tem o futuro garantido, arranjam empregos, os bons taichos, televisão, lugares nas revistas e jornais e até dizem que vão para a política.
Pois que se fiquem por lá, que aqui no Norte é tudo gente à antiga. Quem for paneleiro que se foda. Já sei que há nesta página quem num goste da forma cumo trato a paleiraje, por isso fico-me por aqui. Adiante para pôr a cunversa em dia.
Andei a tratar das minhas coisas lá nas bouças que isto com o que choveu foi tudo para o caralho mais velho, cum filha da puta que ou há-de ser tudo queimado de Verão com os filha da puta que deitam fogo aos nossos haveres, ou então vem uma chuvada do caralho que num pára e fode tudo água abaixo!
Foda-se que num sei onde li ou ouvi, que nem tudo o que nos fode é erótico, mas tem toda a razão de se dizer, e ando fodido e refodido cumó caralho!
Bem mas agora estou a beber um verdasco cá do Norte, tirado de barriga encostada ao pipo, a rapar uma boa fatia de presunto de Chaves e por isso mesmo lembrei-me duma coisa que aconteceu aqui há atrasado, ainda não tinham começado as chuvas.
Ena. Isto é do caralho. Mais abaixo tenho duas vizinhas, mãe e filha.
A mãe é viúva já há uns anos e tem uma filha, a Adosinda, moçoila dos seus dezassete.
Estava a mãe à porta a chamar a filha, ao fim da tarde:
- Oh Adosiiiiiinda! Vem cá.
E a moça nada, donde eu estava num ouvia responder.
Passou-se um minuto ou menos. A mãe repetiu; desta vez com mais força:
- Oh Adosiiiiiinda! Tu num ouves?...
Nada. Nem resposta. Mas eu estava no meu barraco encostado à parte de trás da casa onde tenho os pipos de verde. Salpicão, morcelas e o presunto pendurado, um sofá a um canto e onde às vezes ponho o carro.
Vim espreitar por uma fresta. E lá estava ela encostada a um pinheiro de conversa cum o filho do Abuim padeiro, um que é casado e mora numa freguesia, nuns casais, a seguir a uma aldeia aqui ao lado. Ena que a cachopa é de sangue quente, atiraram-se um ao outro, e o gaijo mete-lhe a mão e no melhor ouve-se o grito, desta vez parecia os travões dum cumboio a chiar:
- Oh Adosiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiinda. Tu vens ou num vens, filha duma granda puuuta?...
- Vou já minha mãnhe.- Respondeu ela de imediato enquanto se arranjava e se despedia do calmeirão.
Ena, cum caralho! Fiquei logo com a pulga atrás da orelha, atravessei a casa para cuscar a vizinha que estava do outro lado a chamar a cachopa e apreciei-a. Deu-me um filha da puta dum tesão que até me fez doer o corpo, caralho. Olhei bem para ela. Ainda estava capaz de dar umas cambalhotas, e da forma cumo chamou a filha e ela respondeu logo…
Bem! Bebi mais um caneco para alegrar e depois fui ter com a vizinha a ver se lhe levava um garrafão do meu verdasco e lhe oferecia uma morcela, à escolha dela aqui no meu barraco.

Sexo, amor e foda

Foto de Sabine Schoenberger

Durante a minha adolescência não se dizia "fazer sexo", ou "ter sexo". Tinham-se "relações sexuais". E utilizava-se a expressão em termos técnicos, como a de "coito", sendo a de "fazer amor" aplicada para quando queríamos referir-nos de forma mais carinhosa aos actos envolvidos.
Acredito que tenha sido por economia de linguagem, e até para poupar caracteres nas revistas cor-de-rosa que incluem secções acerca, que a expressão das relações foi truncada e se passou a usar simplesmente "sexo" para referir o que tenha que ver com... trocar fluidos (e espero que não apenas a penetração! Mas isso é outra conversa...).
Lembro-me, sobre o amor, que numa versão muito visionária do que pode ser a educação sexual nas escolas, e independentemente de se concordar ou não, ter tido uma aula em que a professora (de ciências da natureza, penso eu), ter querido convencer-nos que "o amor está feito, não se faz".
Já lancei para aqui algumas questões que quero analisar.
E começo pelo fim: o amor está feito? Aonde? Guardado em alguma caixa que se tem em casa, ou é, exactamente, algo que se constrói também muito na cama, no sofá, no chão, no assento do carro, em elevadores, em camas de hotéis, na rua, na relva, no campo, no mar...? Eu senti, sempre que fiz amor, que ainda amava mais (o parceiro, o acto e a mim própria)! E quero continuar assim!
Agora, embora lá ao sexo.
Costuma dizer-se "fazer sexo". Neste caso é que eu não concordo! O sexo, esse sim, está mais do que feito; não é um sentimento, são órgãos e práticas. Assim, penso que será mais apropriado dizer-se "praticar sexo", ou... Não sei, aceitam-se sugestões... "Fazer tesão" seria uma hipótese?
Até aqui, tudo bem.
A complexidade vem com pensarmos diferenças e semelhanças entre praticar sexo, fazer amor, e, já agora... foder.
Foi, ou é, "só sexo", é o que habitualmente se diz de algo que aconteceu/acontece de forma inconsequente, sem amor, só por tesão, porque apeteceu/apetece, porque as feromonas chamaram/chamam...
E "fazer amor"? Quem utiliza, hoje em dia, a expressão? Caiu em desuso?
O que cabe em cada uma das categorias? O que é praticar sexo, foder e fazer amor?
Para mim, cabe tudo em tudo. Porque quando faço sexo com tesão, só pelo tesão, pode não haver amor, mas terá que haver muito envolvimento, muita paixão, muito desejo. E apetece fazer tudo! Se não for para isso, mais vale nem começar!
Quando amo, e por maioria de razão, também faço tudo. Nem que seja porque a disponibilidade recíproca para a construção do sentimento é maior...
E foder? É aí que cabem os palavrões?
Ora bem, quando faço amor (e, para simplificar, quando pratico sexo com a pessoa que amo), ele não me pode chamar puta e agarrar-me nos cabelos para me foder melhor a boca? Que pena...
E quando fodo, não posso agarrar-me muito ao corpo que tenho comigo, beijando-o avidamente com amor ao sexo que estou a praticar? O que eu ficarei a perder...
É muito confuso...
Por isso mesmo: não há diferenças nos actos e nas práticas; a diferença está no coração e na relação que se tem com o(a) parceiro(a). O coração tem que ser poupadinho quando estão a ser praticadas actividades que envolvem algum esforço físico. Por isso, deixemo-lo sossegado e aproveitemos os(as) parceiros(as). E, quanto mais variado for o sexo que se pratica com amor ao dito, melhor é a foda.

A 1ª versão do texto é de 2005

Tá de chuva!


foto: hotgrafx

Desejam-se boas abertas*.

*ou, em alternativa, boas e abertas!

Algumas

01 dezembro 2006

Postais de Natal I


Manhã de chuva.

por Charlie

O dia estava a despertar.

Não como nos dias vulgares em que sentimos o clarear a entrar pelas frestas das janelas, acariciando-nos a pele nos momentos anteriores à luz que nos tinge as pálpebras de bocejos, mas antes como um sonho indefinido a entrar pela vida dentro. Os vidros suavemente embaciados acentuavam o tom estranho mas maravilhosamente cinzento matizado que se filtrava da rua, acompanhado do ritmo irregular de uma chuvinha doce e mansa.
Tic... tic... tic... tic...
- Ai que maravilha, sentir a chuva lá fora, deitadinhos debaixo dos lençóis. – Pensei antes de voltar-me para ela.
Puxei um pouco a roupa de forma a enterrar-me todo dentro da cama, de nariz bem encostado aos seus ombros.
Como me sabia bem o seu cheiro de mulher. Passei um braço por cima dela e encostei bem o meu sexo ao seu corpo, mal atrevendo a pousar a mão em concha no peito pequeno de mamilos em poema*.
Assentei os lábios num beijo suave. Muito suave.
Gosto de ser meigo. O meu beijo foi só um toque dos lábios a emoldurar a língua húmida com que saboreei muito docemente o sal da minha vida.
Tenho gostos simples. Assim como este dar um beijo tão leve - quase só a ponta da língua - num ombro que lhe desperte apenas a transparência dum sorrir, como de quem acorda por dentro do sono para um novo sonho. Um mergulho brilhante no infinito. O sentir-se gota cheia de sol, voar sem tempo e ser-se estrela. . .
Gosto de dormir nu! Completamente nu, sentindo a frescura e o toque do tecido contra a minha pele. Prolongo-me pelo espaço e sinto a liberdade de me saber apenas um fragmento do Universo, um piscar no tempo. Um nada e, simultâneamente, no instante ínfimo que é a nossa vida, o ser tudo; o infinito.
Da primeira vez que dormimos juntos, pedi que dormisse nua também. Toda nua como eu. Fez uma cara meio esquisita. Não estava habituada.
Já lá vão uns quantos anos.
Como o tempo passa...
Encostei-me mais a ela.
De olhos fechados sentindo o calor do seu corpo contra a minha pele, respirava agora toda a sua poesia.
É tão bom acordar ao lado de quem se ama…
Voltou-se para mim.
De repente.
Senti-a fundir-se entre as minhas pernas e braços, os dois rodando num só corpo e as almas a convergir entre o sonho e o quase despertar.
Abriu ligeiramente os olhos e abraçou-me com força.
- Fode-me... - Disse ainda meio a dormir com aquela voz...
A mesma voz que me havia enchido o telefone de sensualidade da primeira vez que tínhamos falado e eu me sentira prisioneiro duma emoção indescritível.
Mordi-lhe docemente o pescoço e desci para os peitos. Muito devagar. Tínhamos todo o dia. Chupei os mamilos com a força que sabia exacta para a fazer estremecer, enquanto as mãos sondavam os mistérios do sonho feito corpo.
Encostámo-nos bem um ao outro e fechámos os olhos.
Lábios em descoberta, corpos em naufrágio, gotas de suor o nosso mar.
Lá fora, o dia escureceu.
A persiana abanou com uma súbita e breve passagem do vento.
Chovia agora com mais força...

___________________
* a propósito de mamilos em poema:

Esse sonho, mamilos em poema,
sublime suprassumo do verso
É sentir tudo em queima
Imersas mãos no mar imenso

É avançar sem terra à vista
Viagem em guia pelas estrelas
Ser navio e ser conquista
Ser nativo, e caravela.

É o céu de olhar fechado
de alma toda aberta em voo
E dizer sem som falado
Amo-te como ninguém te amou...