31 dezembro 2005
Boas entradas... e saídas... e entradas... e saídas...
A pi... peça mais recente da minha colecção
Escorregar no tapete
Aos primeiros raios do sol de verão acordámos com os corpos enlaçados um no outro e os nossos vizinhos dos andares lateral e inferior puderam ouvir os clamores da nossa massagem matinal.
E com o dever cumprido e a minha preguicite virada para o outro lado, ele escorregou da cama, chinelos e cuecas apanhados do chão e pé ante pé, lá foi escarrapachar os seus slipes pretos na cadeira almofadada ao seu cu e de dedo em riste, zás, ligou o computador acomodado à Microsoft.
Cada dia ele dedicava mais tempo ao computador, ora com olhos embevecidos, ora com esgares interrogativos como se estivesse a partilhar uma discussão com aquele amontoado suave de metais e circuitos integrados. Na ocasião pensei que seria mais preocupante caso se dedicasse a esticar o seu corpinho no sofá para as sessões contínuas da SporTv ensopadas em cerveja branca ou uísque com gelo.
Mas as refeições passaram a ser mudas e sem comunicação visual e até o contacto da pele se tornou um passeio de bicicleta fixa para cumprir os horários de exercício, inodoros e insonorizados. E assim me vi impelida a aprofundar a raiz da questão: comprei um portátil e mergulhei no mundo digital. O fascínio dos pixels, das letras a brilhar como que impressas, o poder de criar imagens sem saber um boi de desenho, a facilidade da comunicação à distância nas velhinhas BBS e depois nos chat's e MSN, tornou-o meu companheiro inseparável.
30 dezembro 2005
São Votos sinceros meus...
Pá, eu juro que tentei encontrar qualquer coisa mais conforme o contexto específico deste blog, mas... tudo o que achei foi isto e tal. É pressa de chegar à festa de fim-de-ano, a que vou, é o que é. Um último conselho: Não tentem viver a vida num só dia. Abraços.
Fantasias de Ano Novo
- Tu conheces a estória. – Disse ele enquanto passeava os dedos pelo ventre dela que ondulava devagar, depois de ter sido todas as mulheres que lhe apetecera ser.
Conheço, pensou ela, demorando as carícias que adoçavam a pele dele, por cima do vermelho como estradas finas de unhas…
Conheço o teu imaginário, que é o meu.
Seríamos corpos e fantasias.
Ela é a minha amiga como amante, tu és o meu amante como amigo.
E sei que sonhas com a outra de mim, com a sua pele na minha, quatro mãos de unhas pintadas entrelaçadas, dois corpos redondos e mornos, unidos em aromas iguais, duas bocas de mulher coladas num espelho paralelo.
Duas de mim. Três de nós. O número perfeito.
O Charlie disse assim, lá no outro lado:
Um pequeno toque suave na superfície fez estremecer toda a imagem.
Nos círculos concêntricos que se entrecruzavam depois de se reflectirem nas margens dos teus peitos.
Quase incrédula levantaste o olhar para mim.
Vi-te a angústia de seres arrancada a um momento que querias só teu.
Não me atrevi sequer a mexer-me mais.
Tranquilamente deixei que o tempo alargasse os círculos até não serem mais que um leve dançar da imagem que os teus olhos voltaram a procurar.
À minha frente estavas tu entregue àquela outra submersa em ti.
Respirei fundo. Uma, duas vezes. Três vezes.
Fechaste os olhos.
Suavemente, sem levantar uma única gota.
Todo dedos e corpo, linguas e sal, seivas e sol, viagem em gota indissociável do seu meio.
Mergulhei em ti e no teu sonho, numa viagem de outra luz e transparência.
Uterinos na mãe água, diluidos na grande placenta donde vem toda a vida.
Afundei-me no teu corpo até sermos um só.
Esse outro de mim que tem tanto de ti como tu de homem tens em mulher...
charlie 30.12.05 - 9:04 am
29 dezembro 2005
Frase inscrita na parede exterior do Liceu José Falcão em Coimbra
enchia-te - atestava.
conaça - para José João Almeida no seu Dicionário aberto do calão e expressões idiomáticas (pág. 15) este é um termo (calão) que designa o órgão sexual feminino.
bergamassa - é a junção de dois substantivos femininos, verga (órgão copulador do boi e do cavalo) e massa (substância mole parecida com massa).
Manos Metralhas"
O Pita alerta - e publicita - que "o Burro também tem verga, não é só o cavalo e o boi".
O Inculto relembrou outras frases que leu em Coimbra. "3 piçadas nessa cona e rebentava-te com a bacia" ou "levavas tantas com ele que até te saltava a tinta do cabelo".
O Vizinho constata que grave seria esta frase estar escrita na parte de dentro do muro, "por causa dos erros ortográficos". A Matahary acha que "é mais chato que a potassa (ou putaça, dependendo de que lado do muro se escreve)".
O Macaco Adriano trás (ou traz, se for escrito da parte de dentro) a sua já habitual síntese de contextualização: "Advirto que, neste caso, CUNÁÇA não é erro ortográfico. O que o autor quis dizer foi que tanto lhe enchia o cu como a conaça. Trata-se de um processo estilístico que pode ser verificado igualmente na palavra BERGAMASSA (verga + massa), como tão bem foi notado por São Rosas na sua obra Frase Inscrita na Parede Exterior do Liceu José Falcão em Coimbra, ROSAS, São, Edições A Funda São, s.l., 2005. Na verdade, é um processo já adoptado nas obras do moçambicano Mia Couto, pelo que, de um ponto de vista estritamente literário, se poderá dizer que o autor anónimo em questão está ao nível do magnífico escritor moçambicano, introduzindo-nos no universo da plurissignificância".
Dobrada
– Aquele docinho? Uh! Muito boa.
– Podia ser a minha prenda.
– Boa escolha.
– Era a prenda e a ceia.
– Ah! Queres bacalhau fresquinho!
– Qual bacalhau, pá! Dobrada!
– Dobrada?! Dobrada com feijão?
– Não, o feijão não, era só dobradinha no sofá, era cear até partir!
– Dobradinha!? Ah! Dobradinha...
– Era "bend over, baby!" e deeescuulpa!!!
28 dezembro 2005
Cisterna da Gotinha
Testículos crescem, cérebro definha: Sexo sem pensar - uma notícia do Correio da Manhã enviada por Chicopada.
Menina-Puzzle.
Gostam da cuequinha?!
Livro para colorir com imagens eróticas.
Uma bíblia de conhecimento...
O tamanho do pénis tem muito que se lhe diga..
Fornicação - momento cultural proporcionado pelo Mano 69
A fornicação em geral é pecado gravíssimo. A Escritura declara, que ela priva do Reino dos Céus aqueles, que o cometem (...) O Direito Canónico põe este pecado no número dos crimes (...)."
in DICIONARIO TEOLOGICO / Trad. Prospero ab Aquila e José do Espirito Santo Monte. Lisboa: Na Regia Offic. Typografica, 1795. - 2 vol ; p. 141-142
Mano 69
Objectos malandrecos
Refª 3234-9115/BANANA-STRIP/004911
27 dezembro 2005
Isto é que está um frio do caralho!
Boneco de neve do Mano 69
Deus Grego
Frente a frente, ficava sempre titubeante, hesitante em todos os pormenores físicos e acessórios, se o raisparta da saia não subia muito acima do joelho, se a depilação resistia e não andava por ali nenhum daqueles pelões enormes que despontam em plena perna sempre na altura menos apropriada, se o decote não era óbvio em demasia na exposição dos seios, se o cabelo estava solto mas nos contornos devidos, se a cara não deixava transparecer aquela adoração dengosa que salivava ainda mais quando diminuia a distância entre os meus dedos e os dele. Até se me entaramelavam as palavras e tinha de me concentrar afincadamente em tudo o que houvesse à mão como o cigarro, o isqueiro, um papel, uma caneta, um copo ou o diabo que me carregasse para da minha boca saírem frases plausíveis no contexto da conversa.
Efectivamente, Sãozinha, o que eu queria mesmo era, qual Salomé, apropriar-me da sua cabeça e seguindo o ritual do império romano que de cada vez que mudava o governador se deixava o corpo e se trocava a cabeça na estátua, ir colocando o seu crânio nos corpos que me atravessem o estreito.
26 dezembro 2005
Cisterna da Gotinha
Já viram bem esta Rata??!
Para quem gosta de trios...
Calendário sexy para 2006.
Leonor Varela: será portuguesa?! O xp esclarece: é chilena.
Sensual Movies To Get Her In The Mood
Verónica na praia.
erotismos (IV)
sei só que é sede o meu desejo
não sei se é fuga onde me perco
sei só que é fogo o que em ti vejo
não sei se é voo predador
sei só que é prado onde me deito
não sei se é ânsia por amor
sei só que é dormência de leito
não sei se é só esta vontade
sei só que é fome ou que é saudade
não sei se é sede do teu corpo
sei só que é seda esse teu beijo
não sei se é fogo em que me perco
sei só que é fuga o que em ti vejo
não sei se é prado esse teu leito
sei só que é dormência este amor
não sei se é voo em que me deito
sei só que é ânsia em predador
não sei dessa estranha vontade
sei só da premência no peito
e sei de ter essa saudade
na ausência fria do meu leito.
Árvore de Natal
amília feliz, no passado sábado, à mesa da Consoada.
O filho pergunta:
- Pai, quantos tipos de seios existem?
O pai, um tanto surpreso, responde:
- Bem, meu filho, existem três tipos de seios: aos 20 anos a mulher tem seios como melões, firmes e redondos. Dos 30 aos 40 eles são como peras, ainda belos porém um pouco caídos. Aos 50, os seios ficam como cebolas...
- Cebolas?!
- Sim. Quando se olha para eles, fica-se com vontade de chorar!
A filha pergunta:
- Posso também fazer uma pergunta um tanto pessoal? Mãe,quantos tipos de pénis existem?
A mãe fica um pouco surpresa, mas olha para o marido e responde:
- Bem, filhinha, um homem passa por três fases distintas: aos 20 anos o pénis é como um pé de eucalipto: respeitável e firme. Dos 30 aos 40 anos o pénis é como um pé de chorão, flexível mas confiável. Após os 50 anos o pénis fica como uma árvore de Natal.
- Árvore de Natal?!
- Isso mesmo. Morto da raíz até à ponta e as bolas ficam penduradas só como decoração!
(enviado por Lamatadora)
25 dezembro 2005
Fantasias de Natal
Ninguém sabe que és linda e que eu te desejo. Desejo-te como namoro um quadro de Dali, reproduzido num livro colorido, desejo-te como seduzo o Boris Vian quando releio a Espuma dos Dias em tradução duvidável, desejo-te como quando escrevo cartas, que nunca mandarei, para o José Saramago, dizendo-lhe como me apaixonei pelas suas mãos brancas e pequenas e me apaixonei por todas as mulheres que ele inventou e que são sempre eu.
És linda e eu desejo-te. Mas não sei amar uma mulher como aprendi a amar os homens.
Não conheço o teu corpo.
Conheço o meu e imagino que és o meu espelho.
Possuis a ternura das coxas macias, redondas e doces, em lençóis perfumados.
Acaricias as mamas cheias e quentes nos dias de tesão e de lua cheia.
Afagas o rosto, os lábios, os olhos com gestos suaves ao espelho onde nos vês.
Tocas a melodia certa, quando te masturbas, como pianista virtuosa.
És linda e eu desejo-te.
Porque és a outra metade de mim. Como se tu e eu fossemos Sereias. Mulheres, metades, incompletas, plenas, peregrinas do prazer.
Não sei amar uma mulher como aprendi a amar os homens.
Mas és linda, e eu desejo-te.
LolaViola
O Charlie está sempre atento e a proveta:
"Olhei mais uma vez para ti.
Ali estava eu, perdido na invisibilidade da imagem devolvida. Desse lado tu mulher, deste eu homem perdido em desejos de te possuir.
Deste uma e mais outra volta numa dança flutuando nas nuvens da tua orgia.
Depois chegaste-te mais a mim e os teus lábios tocaram levemente nos meus. Pelo meio apenas uma fina película de transparência. Encostaste o teu corpo a mim. Senti como te adoravas, como gostavas do teu sabor em sonho a mulher.
Depois, vestiste o teu robe e foste outra vez embora. Não sem antes olhares para mim, procurando a aprovação de ti própria no reflexo da docura dos teus olhos.
Ah... deixem-me que me apresente.
Sou dono deste Hotel onde ela fica todos os meses...
Grande invenção esta...
A dos vidros espelhados, que mandei instalar nas casa de banho de algumas suites..."
Há imagens que só um tarado não percebe!
Recebi um sorriso natalício
Que na loucura do amor a São encontre o aconchego do abraço terno entre amantes que conhecem cada recanto do corpo um do outro...
Aqueles amantes em que basta um olhar para acender a libido, despertar o desejo... em que cada gesto é magia no ar... os lábios que descem o corpo sedento, que clamam o calor da paixão adormecida... as mãos que se movem com lentidão percorrendo o mapa que conhecem, que traçaram a cada encontro... o encaixe perfeito dos corpos quentes ansiosos por dar e receber prazer...
E quando tudo termina... aquele abraço... o abraço... no qual a paz do mundo inteiro repousa em nós...
Porque lhe desejo isto?
Porque todos o desejamos, São. Se já alcançou, aproveite... mas se procura... :)
Um sorriso meu para si :)"
Objectos queimados
Refª 01-001/FÓSFOROS-DE-PAU-FEITOS/000
24 dezembro 2005
CISTERNA da Gotinha
Calendário para 2006 da Playboy: há meninos interessados em comprar??!
Gostar de Lingerie Preta: Vídeo
Patriotismo sexy!
Loira armada e perigosa.
Ajudem a eleger as mulheres mais desejáveis.
Beleza au naturel.
Nicole: loira sexy
Mais uma peça para a minha colecção
Resolução estupenda - por Mano 69
«(…) Quem nos diz (…) é o escrivão Pero Cabral da Costa, (…)
Aos 27 dias do mes de Junho de (15)79 anos nesta Câmara onde estavam juntos Diogo Marmeleiro, vereador e juiz pela ordenação, os vereadores Aires Gonçalves de Macedo, Doutor Gonçalo Gil, vereador do corpo da Universidade, o procurador Gonçalo Ramos e João Fernandes dos vinte e quatro, se praticou que era grande inconveniente e prejuízo desta cidade e das mulheres casadas e devassidão das casas dos homens casados morarem estudantes nas Ruas da Calçada e Praça desta cidade e haver nelas pupilos e por ser isto tão notoriamente grande inconveniente, sempre se guardara esta ordem e assim se usava e guardava, por mandado dos Reitores da Universidade e se diz ser dadas sentenças no caso sobre isso: pelo que acordaram e mandaram que se desse conta do sobredito ao Snr. D. Nuno, Reitor da Universidade, para que favorecesse este negócio, para o que elegeram o Doutor Gonçalo Gil, vereador do Corpo da Universidade e mandaram que se notificasse com penas aos moradores das ditas ruas, que não agasalhassem em suas casas pupilos, nem as alugassem a estudantes, com penas, de que se faria auto das tais notificações, de que mandaram fazer este que assinaram no livro.»
in BRITO, Alberto Moreira da Rocha (1944) Horas coimbrãs
Coimbra: Coimbra Editora. Págs. 68-69
Mano 69
23 dezembro 2005
na tal vidinha
na tal de alma tão contusa
na tal é quando alguém quer
na tal tanto que se abusa
se é na tal que dás prendas
se é na tal rabanada
se é na tal que te alindas
se é na tal perfumada
se é na tal a alegria
se é na tal a ternura
come na tal a aletria
sente na tal a doçura
porque é na tal mais intenso
porque é na tal a viagem
de entrar na tal por consenso
de ser na tal vadiagem
se é na tal noite escura
se é na tal alvorada
seja na tal a ventura
de ser na tal desejada
será na tal que se imprime
na tal de orgasmo a premência
por ser na tal tão sublime
por ter na tal tanta urgência.
E muitos votos de festinhas alegres...
Feliz Natal
cores
Uma hora depois, outro: "Preciso conversar ctg". O ctg era eu. Meia hora depois respondi, "ok. Café e conversa".
Pelas seis o programa mudou: "Queres jantar?". Estranhei a frase completa e a correcção do português e, principalmente, o pormenor do ponto de interrogação.
Quinze minutos depois, sob o olhar atento do Borrego e o sorriso trocista do Oliveira, nova mensagem: "vamos". A palavra completa pressupunha algum cuidado na escrita, a ausência de maiúscula e de ponto de interrogação indiciavam urgência e davam sinal de alguma impaciência. Devia ter percebido, mas, a verdade, é que não liguei.
"Onde? Quando? Como? Com quem?", procurei saber.
"lá 8 meia lá so". O só já não teve direito a acento. Ou seja, íamos jantar os dois, cada um em seu transporte, ao restaurante do costume, às 20.30.
Fomos.
Ainda não tinham vindo as bebidas, já ela arrancava um esclarecedor:
– Temos de falar.
Eu respondi perguntando porquê e ela avançou:
– Não podemos continuar assim.
– Assim, como?
– Isto não é saudável.
– O quê?
– Nós.
– Nós não somos saudáveis? – Perguntei, mas não queria gozar, saiu-me.
– Não estou a brincar, Pereira.
– Nem eu. Não era isso que eu queria dizer – justifiquei-me. – O que é que se passa?
– Abusas dos "ques"!
– Desculpa?
– Estava a brincar. – Sorriu por sms. – Não podemos continuar assim... Quer dizer, casámos, divorciámo-nos e agora andamos a... Quer dizer, temos uma amizade colorida. – Fez uma pausa e continuou: – Já não tenho idade para isto, nem feitio...
– Tem sido bom – atalhei.
– Tem – concordou ela, – mas não é isso que interessa.
– Não, porquê?
– Isto não é vida – respondeu ela, categórica.
– E o que é? O que é a vida?
– Sei lá, mas isto não é. Isto não nos leva a lado nenhum.
– E porque havemos de querer ir a algum lado?
– Eu quero!
E se ela queria, não havia nada a fazer, só deixar a poeira assentar. É o que andamos a fazer. Pode ser que qualquer dia ela me ligue ou me escreva um e-mail. Ou pode ser que não. De todo o modo, após digerirmos o ponto de exclamação que podia ter concluído a conversa, esta continuou:
– Mas já sabes para onde queres ir? – Perguntei para desanuviar.
– Não é um sítio, Pereira, é a minha vida.
– Eu sei que não é um sítio, eu sei que é a tua vida – expliquei. – O que comemos?
– Estás a pensar em comer? – Pelo olhar que me fez, ela também devia estar a pensar em comer, ou melhor, em comer-me (sem qualquer conotação sexual).
– Estamos num restaurante – lembrei-lhe – e são horas de jantar.
– Não tenho fome nenhuma. – Olhou em volta, fez uma careta e perguntou: – Se nos fossemos embora, parecia mal?
– Ainda não pedimos – encolhi os ombros, – arranjamos uma desculpa e vamos embora. Acho que o Sr. Fernando percebe.
– Então vamos, não quero ficar aqui.
Saímos e, a convite dela, que eu agradeci, fomos para a sua casa comer e, a iniciativa foi dela, nem tudo o que comemos foi alimento – do you know what i mean?, nudge, nudge, do you know what i mean?
E, no fim, ainda deitados a olhar sei lá para onde, a conversa da vida, do rumo e do desejo, da idade, das complicações e dos sentimentos, dos encontros coloridos e da poeira envolvente voltou e agora está a assentar.
Deixá-la!
Objectos malandrecos
Refª 0145/DIVORCIO-0456932
22 dezembro 2005
CISTERNA da Gotinha
Fuck Yoga: enviado pela MataHary.
Match-a-Boob: vamos a um joguinho?!
Natal mais erótico só aqui na Funda! Com direito a chapéu para proteger as orelhitas...
Os 100 melhores Corpos: uma selecção da revista Zoo Magazine.
[...] até os tomates estorvam!
Há cenas que são engraçadas e um gajo ri-se e tal, mas sinceramente vamos lá saber: Quantos de vocês, homens, fariam melhor nesta situação? É que não é tão simples como parece. Aquelas coisas têm a mania de se fazerem difíceis de aplicar e não é propriamente como se abundassem cursos de formação sobre o assunto. E com tanta gente a ver, um gajo enerva-se... Ser homem não é fácil. Update: Já este parece estar muito à vontade com as mulheres. Completamente relaxado... muito melhor que o primeiro lá de cima. |
Sê Feliz Na Tal...
Lynx Alphabet Girls
Continuo a receber sorrisos
Alguém que desista facilmente... não sou...
A minha curiosidade persiste... (é o problema de ser gaja)...
Tive direito a post e tudo... (ainda estou para perceber se isso foi positivo ou não :)
Mas a verdade é que a São não respondeu... não falou... limitou-se a pôr o post... a agradecer...
Esperava mais da mulher furacão que incendeia a mente de muitos homens... e mulheres...
Esperava uma resposta à altura... ainda espero... quem sabe...
E a curiosidade continua à deriva no mar do desejo...
Um sorriso meu para si :)"
21 dezembro 2005
Patrocinador Oficial
Publicidade - Laser
(via O Jumento)
Cublicidade - um novo conceito
Assvertising
A notícia (com mais fodografias) está aqui.
Pinheiro de Natal
Com o papelinho das medidas em riste lá avancei com muitos com licença por aqueles casacos e kispos cheios de braçados de decorações de Natal até arribar à silenciosa secção de madeiras, espiolhando as espessuras e larguras. Dirigi-me ao balcão, interrompendo o intenso jogo que o encarregado da secção disputava no telemóvel e expliquei-lhe quantas tábuas queria. Ele saiu de trás do balcão e acompanhei-o a indicar a madeira que ele carregou como uma canastra até à máquina de corte. Fixei as mãos dele enquanto seguravam firmemente a tábua e suponho que a insistência do olhar o fez levantar as pálpebras na minha direcção. Nesse instante pensei que aquele era um cenário adequado a um filme porno em que sem uma palavra o homem do corte despia a bata do serviço e me chamava para a bancada do fundo, transformando magicamente as minhas jeans numa mini-saia de pregas, para de calças arreadas até aos joelhos me penetrar ao som dos formões, martelos e serrotes a abanar.
É claro que peguei nas madeiras cortadas e abalei para a bicha das caixas mas quer parecer-me, Sãozinha, que o facto de no outro dia ter pintado com tinta para a madeira das portas o apalpa-folgas do meu mais que tudo, que aliás deu uma trabalheira desgraçada para lavar, me marcou mais do que supunha.
20 dezembro 2005
E eu conão tenho roupa apropriada para cerimónias...
Já repararam que o Pelourinho, como símbolo de f... poder, é bem fálico? E não vos faz lembrar nada?
Agradeço à organização do evento ter-me colocado atrás da Mad, que merecidamente ganhou o Pelourinho de Ouro. Aliciante...
Agradeço também à Encandescente ter levado o Pelourinho de Prata (que ganhou ex-aequo comigo), que é bem pesado.
Agradeço à Gotinha, por ter ficado com o de Mármore (ainda mais pesado).
Por último, um agradecimento especial ao patrocinador deste concurso: KY Gel, sem o qual eu não conseguiria enfiar o troféu... na sala dos ditos.
Como dizia a Amália, "obri'a'a, obri'a'a, muito obri'a'a".
yellow submarine
O Azevedo empina-se, resfolega, rosna e grasna:
– É lá! O que é isso! O caralho é que gosto!
– Foda-se! Gostas que a tua mulher te ponha o caralho no cu? – Grita o Oliveira no meio de gargalhadas descontroladas. – 'Tou-me a mijar todo, caralho. Pára o carro, foda-se! Pára!
O Azevedo enche-se de brios, carrega no acelerador (passamos a ir a 35) e ladra, sem destinatário definido:
– Vão-se foder! Fodam-se todos!
Se fossemos mais depressa podíamos temer pela nossa integridade física – o Azevedo gritava o acto sexual como uma ameaça de morte ou, pelo menos, de algumas feridas contusas –, todavia, àquela velocidade, o nosso único medo resultava do horroroso pavor de que o Oliveira não conseguisse parar de rir e não evitasse a húmida e mal cheirosa catástrofe que, se não nos podia afogar, sempre encharcaria em urina quente e odorífera a nossa honra e amor-próprio (bem como as hipóteses de entrarmos fosse onde fosse – talvez só nalguma casa de alterne de décima quinta categoria e sem preconceitos contra incontinentes).
O carro visto de fora – a 35 à hora, com um condutor sério a fazer cara de ruim, de olhos fixos na estrada e mãos a estrangular o volante, um pendura a bater no tablier, gritando em coro com os ocupantes traseiros laterais "Pára! Pára! Pára!" e o quinto elemento da viatura, no meio do banco de trás, a rir à gargalhada, convulsivamente, sem parar, agarrado à barriga, vermelho como um pimento (da mesma cor) e ora de cabeça estendida para trás ora agachado entre os bancos –, era como visto de dentro, um carro de loucos.
19 dezembro 2005
Qual a Melhor Legenda?
(via Sasisa)
caralhinho cor-de-rosa - "Vale mais um bico na mão do que dois a voar"
Charlie - "Queres que te faça um bico?"
Flupke - Mamão Marmelo Gaivota
Zé - até os passarinhos gostam
JF - bigus bubus avis rarus picus
Zeak - Matinal meio gordo
Matahary - "Ai! Não me vazes a outra!"
Onanistélico - Luta de bicos
Garfanho - "Não estragues, gaivota estúpida!" ou "Noé, farias bem em ter mandado as gaivotas p'ó caralho!"
1313 - "Silicone Air" ou "Quem com as duas mãos na fruta agarrar, fica a ver a pássara a voar" (provérbio Metralha)
Luis - "O que é esta merda que tenho aqui no cu?"
Daniel - "Uma gaivota voava, voava. Filha da puta, nunca mais mamava"
Mano 69 - "Ai, queres leitinho? Então toma!"
Macaco Adriano - "Das Aves Mamíferas"
JF - "Larga-ma mama"
Maria Árvore - "Gaivotas não mamam! Que bico estranho..."
Xicobilhas - "Atentado às torres gémeas"
A sabedoria popular - pela Didas
Os brioches que ela faz continuam a ser uma delícia. E os cacetes recomendam-se.
Um exemplo de uma fornada recente,
"ouvida bem alto no front office, da boca duma velhinha de muletas:
-Ó menina, quem se espreguiça... quer piça!"
O Charlie retreta... digo, retrata a São Rosas
Não perturba em gritos agrestes
O descanso da dona São
Que não usa dessas vestes.
Ela sabe-se no seu lugar
e por isso sedas não grita.
É matrona em gostos de usar
Preparos leves e panos de chita
Mas de mãos também useira
de urgências e humidades
Tem ânsias de vez primeira
Está de eternas mocidades
Tem peles e ventre macios
Face de anjo, pele rosada
Conta quem muito bem a viu
É a mesma São, não perdeu nada.
E por isso as tais carícias
Colhem-lhe toda a ternura
Coxas quentes
e coisas ímpias
Dedos urgentes
e beijos ardentes
Tudo menos a seda pura...
Charlie
Que bicho é este?!...
(tocado pela Gotinha)
18 dezembro 2005
4º Encontra-a-Funda - a fodografia de grupo
Crica na imagem para veres o sexo em grupo
Foi um belo fim de semana, não foi?
Entretanto, a Maria tem feito várias tentativas para identificar a São Rosas: primeira, segunda, terceira,...
A Poça da Beija
Fodografia de Fernando Fonseca
"Segui por um carreiro que acompanhava uma levada com água transparente, mas com uma tonalidade que lembrava o chá. Não tardei a chegar a uma pequena caverna com água quente onde se encontrava um casal açoriano a banhar-se. Como bom alentejano meti conversa. Não tardou muito para me perguntarem:
- Sabe como é qu'isto se chama?
- Como?
- Poça da Beija!
- Porquê?
- Veja lá a forma qu'isto tem!
- Hmmm... não há língua qu'a satisfaça!"
Sem recibo
Por isto mesmo, cada vez mais acredito, Sãozinha, que a pele e o corpo costuradas em roupa de sexo são a coisa mais fácil de se lhe partilhar com outros já que quem dá, logo ali também recebe, como duas vacas ou dois porcos que comem da mesma gamela e ninguém se chateia.
E assim, São, quando a propósito de Melilla ele começou a vomitar do umbigo o medo da invasão dos negros Europa adentro, para serem servidos deste pouco que mal nos chega que não vamos nós passar mal por causa dos outros e perante os meus olhos dardejantes tentou pôr de escudo a religião muçulmana dos ditos indívíduos que até minimiza as mulheres, comecei a sentir-me nauseada com o cheiro de tanta mosca esvoaçante sobre crianças esfomeadas misturado com o odor de branquinhos de neve a aspergirem-se abundantemente de perfume Egoiste da Chanel e mandei-o levar no cu.
Títulos de filmes porno - por Seven
Seven, do blog Obvious, fez agora uma análise bem mais aproFundada em dois posts distintos:
e
«Pornografía espanhula, coño!»
17 dezembro 2005
Dos Jornais, em Outubro de 2003 - OrCa
Bragança, contestada por três ou quatro cidadãs da urbe,
que viram a paz do lar abalada e a fidelidade conjugal diluir-se
em frágil figura de retórica... e à qual a Time achou por bem
conferir honras de capa de edição*
na verdade
essas almas impolutas
nem vão nem deixam ir os maridos
e pior com os amantes mal-amados
ou filhos
ou enteados
cadilhos encadeados
por receio de afectos
transviados
e não passam afinal de três ou quatro
essas mães que abrem mão do bom recato
para o triste e putativo desacato
do combate à presuntiva prostituta
que lhes rouba o aconchego sem dar luta
e abominam
exorcizam
noticiam
que Bragança invadida por rameiras
- pior
por feiticeiras altamente torneadas
e mulatas
desvairadas brasileiras... -
lhes desviam mais-valias conjugais
e esgotam traiçoeiras
seus parceiros
em orgias
desbragados bacanais
que dão brado nos jornais do mundo inteiro
mas esquecem essas mães sacerdotais
que outrora um bragantino mais enxuto
esfarrapado talvez e basto hirsuto
(e um minhoto
um algarvio
outro do meio...)
pela força muito mais que pelo dinheiro
mal curado do pavor do escorbuto
derrubou mais do que amou nas verdes matas
as castanhas ou até negras retintas
dando ao mundo essas tão belas mulatas
que ora invadem as paisagens transmontanas
e por entre um ai de amor buscam o pai
talvez um tio
ou - quem sabe? - o trisavô
albardado pelas suas sete quintas
e para essas mães de Bragança
pias maganas
com a melhor das intenções se estão nas tintas!
Que alguém diga por piedade
às impolutas
mulheres donas e finaças bragantinas
que as brasileiras
coitadas
dissolutas
apesar de pouco mais serem que putas
são mulheres como as demais
e são humanas
algumas delas pouco mais são que meninas
tantas delas afinal até são mães
e se partilham por dinheiro as suas camas
em reboredos desvairados e carnais
saciando viris fomes transmontanas
só para à fome elas próprias não caírem
mais não fazem que cobrar com o que podem
e fazendo o que assim podem pelos pais
nem se lhes peça ainda mais
que mais não devem.
OrCa
*Nota da editora (eu) - O que eu tive que fazer naquela altura para conseguir comprar um exemplar da Time... mas consegui (enviaram-ma da Holanda!...). E faz parte da minha colecção, para mostrar no futuro que este tema, infelizmente, ainda não está datado. E os jornais continuam a falar das «mães de Bragança», graças à velocidade estonteante da justiça portuguesa.
Este poema faz parte integrante do livro do Jorge Castro «Contra a Corrente», que recomendo. Instruções para encomenda aqui.
Chupa
– Desculpe? – Perguntou, desconfiada, a belíssima e simpática empregada, fitando-me com os seus grandes olhos negros.
– Chupa-me isto – repeti, apontando para uma lata que se encontrava em cima do balcão cheia de paus com grandes cabeçorras coloridas.
– Misto? – Arriscou ela, olhando para os chupas.
– Sim – assenti, – tem chupa misto?
– Tinha percebido outra coisa – e riu-se, com um risinho encantador. – Chupa misto?
– Eu chupo!
– Diga?
– Se me der, eu chupo.
– Se lhe der o quê? – Ela arqueou as sobrancelhas, semicerrou os olhos e apertou os lábios, ficando com uma expressão deliciosa.
– O chupa.
– Ah! O chupa... De quê?
– Misto, de banana.
– Chupa de banana? Não há. Só há chupa misto...
– Agora?
– Agora, o quê?
– Chupa misto agora?
– Desculpe lá, o senhor está a gozar comigo?!
– Por agora estou a gozar sozinho, mas não me importava de gozar consigo.
– O quê?! – Ficou um pouco corada. – Está a brincar?
– Não, não vê que tenho as duas mãos aqui em cima do balcão? Não estou a brincar.
Ela sorriu, com um trejeito que lhe levantou ligeiramente os lábios para a direita. Os olhos, negros, voltaram a brilhar.
– Mas, afinal, quer o chupa ou não?
– Não, deixe lá. É só o café.
– Já não vai o chupa misto? – Insistiu, deixando antever um sorriso trocista.
– Nã...
– É pena – disse ela, virando-me as costas para registar o café, – eu saía às seis.
– Já não sai?
– Saio – respondeu, sem se virar.
– Então, está bem, levo dois.
– Para comer já ou quer que embrulhe?
– Embrulhe, que eu venho buscá-los às seis.
– Está bem.
Borrego, de Garfiar, só me apetece
16 dezembro 2005
Aproveitem a luz do Sol neste fim de semana
CISTERNA da Gotinha
O que é que um Pénis de um Boneco de neve pode ter a ver com a Polícia?! (enviado por Vilacondense )
Pele artificial para o.....
Já apetece acender a lareira...
Boob, the Bell: Japoneses malucos!
Morena sexy.
RTFManual
Hoje à noite Sãozinha, vou sair vestida na versão árvore de Natal, com rendas a pender da borda das calças e um amplo colar a balouçar-me no colo, rezando a todos os santinhos que seja hoje que abanem as fitas e os enfeites e se estatelem no chão.
Tu bem sabes que ele me lembra aquele antigo colega de carteira de quem o Brad Pitt foi fotocopiado. Eu já o encharquei de palavras, sempre pelo anzol da banda desenhada, dos grafismos, paletas e cores, embora me apetecesse mesmo era pintar a manta com ele e esvaziar-lhe a Rotring.
Olho-o sempre fixamente, com o prévio cuidado de sublinhar os olhos com lápis para dar mais fundura e só descolo, quando tenho de dar atenção à chama do isqueiro.
Já aproveitei todos os golpes de vento para o pentear com os dedos, com os pulsos previamente perfumados com uma fragância japonesa, na esperança que o digitar das minhas polpas electrizadas no seu couro cabeludo o façam ler no ecrã da consciência a necessidade do toque das suas mãos na minha pele e a bem dizer, em tudo o que ele quisesse.
Acredita São que até já lhe peguei em ambas as mãos, a pretexto de uma enigmática leitura das mesmas e pendurei os meus lábios sobre a sua barba por fazer para soletrar cada linha de destino.
Objectos malandrecos
Refª 8999-009/COISAS-DO-BARALHO/8136-43