enchia-te - atestava.
conaça - para José João Almeida no seu Dicionário aberto do calão e expressões idiomáticas (pág. 15) este é um termo (calão) que designa o órgão sexual feminino.
bergamassa - é a junção de dois substantivos femininos, verga (órgão copulador do boi e do cavalo) e massa (substância mole parecida com massa).
Manos Metralhas"
O Pita alerta - e publicita - que "o Burro também tem verga, não é só o cavalo e o boi".
O Inculto relembrou outras frases que leu em Coimbra. "3 piçadas nessa cona e rebentava-te com a bacia" ou "levavas tantas com ele que até te saltava a tinta do cabelo".
O Vizinho constata que grave seria esta frase estar escrita na parte de dentro do muro, "por causa dos erros ortográficos". A Matahary acha que "é mais chato que a potassa (ou putaça, dependendo de que lado do muro se escreve)".
O Macaco Adriano trás (ou traz, se for escrito da parte de dentro) a sua já habitual síntese de contextualização: "Advirto que, neste caso, CUNÁÇA não é erro ortográfico. O que o autor quis dizer foi que tanto lhe enchia o cu como a conaça. Trata-se de um processo estilístico que pode ser verificado igualmente na palavra BERGAMASSA (verga + massa), como tão bem foi notado por São Rosas na sua obra Frase Inscrita na Parede Exterior do Liceu José Falcão em Coimbra, ROSAS, São, Edições A Funda São, s.l., 2005. Na verdade, é um processo já adoptado nas obras do moçambicano Mia Couto, pelo que, de um ponto de vista estritamente literário, se poderá dizer que o autor anónimo em questão está ao nível do magnífico escritor moçambicano, introduzindo-nos no universo da plurissignificância".
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