Já todos terão ouvido falar dos célebres casos das mamografias por satélite, ocorridos em Loures e São Bartolomeu de Messines, em 2001 e 2002 respectivamente, nos quais, alguém que se fez passar por médica, convenceu por telefone várias senhoras a colocarem-se à janela, com as maminhas ao léu, no sentido de serem radiofotografadas por um satélite para determinar se padeciam ou não de cancro da mama.
A primeira página do Terras da Beira, um semanário guardense do qual guardo bastas memórias, deu a conhecer agora mais um caso semelhante, desta vez ocorrido na Guarda, no qual cerca de 60 mulheres terão sido convencidas por telefone a fotografar as suas zonas pudendas, sob o pretexto de que padeciam de cancro e estas serem necessárias para análise, enviando depois o registo fotográfico para o sinistro autor dos telefonemas.
Sinceramente, não consigo perceber como é que alguém cai numa esparrela semelhante. Eu é que não caio nessa. Sempre que alguém me telefona pedindo fotografias reveladoras da minha anatomia, com o intuito de realizar uma mamografia, digo logo que não e desligo. O que não vale um indivíduo estar atento às notícias...!