12 julho 2012

«Trinta cadelas ao meu osso» - Patife

Há uns anos decidi meter-me numa coisa (e não, desta vez não estou a falar de uma pachacha) que estava muito na voga. Era a época dourada dos chats. Nessa altura toda uma comunidade de gajas boas frequentava os chats amiúde e a procura de sexo não era boçal como agora. Havia um certo nível. Mas nessa altura, tal como agora, os chats eram uma espécie de terra de cegos e quem escrevia sem dar erros ortográficos era facilmente rei. Juntavam-se uns jogos linguísticos e umas palavras que escapam ao âmbito comum e era um ver se as avio. Sem necessidade de grande esforço ou inspiração, eram logo trinta cadelas ao meu osso. Claro que, como Patife com nome na praça pública, era necessário ter algumas cautelas, por isso inventava nomes, profissões e alter-egos. E elas pareciam burras a olhar para uma falácia. Certo dia conheci uma que tinha a pancada de sair à hora do almoço do trabalho para dar uma pinada no carro. Como não tinha nada de mais interessante para fazer nesse dia acedi ao desejo da moça. Fomos ter ao ponto de encontro, entro no carro e ela conduz dali para fora apressadamente. Era um Citroen AX dos antigos, um carro exíguo que facilmente se transformaria num cabriolet se eu tivesse uma erecção. Assim que estaciona a viatura nas ruas semi-desertas das vivendas de Belém salta-me à boca como se precisasse de respiração assistida. Ora eu queria era que a boca dela me saltasse ao nabo como se eu precisasse de uma mamada assistida, antes de a malhar com o meu ferro quente. É que aqui o meu badalo, quem o quiser há-de mamá-lo.

Patife
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