16 setembro 2012

Salvo melhor opinião



Cruzei a perna que não fora à toa que trouxera saia justa e meias de liga e o plágio da Sharon Stone tem efeito garantido. Reparei que ele mexeu a sua cadeira ligeiramente para trás para conseguir um melhor enquadramento visual da minha profundidade. Já quando para ler em conjunto a notícia que me indicara me debruçara sobre o seu jornal percebera os seus olhos a escorrerem pelo meu decote até me ensoparem o soutien.

E parecia-me certo que a traquitana do Hi5 para encontros pingava gajos que alinhavam frases escritas e uma meia dúzia de conversas à cata de substituir a insuflável de qualquer loja da especialidade por uma de carne e osso que era um objectivo similar ao que me trouxera aquele cafézinho para não gastar o meu tempinho a fantasiar um gajo de carnes rijinhas ávido por me lamber enquanto lhe tricotava caracóis nos cabelos e depois em soluços de pénis se introduzia em mim até descarrilar como se eu fosse a linha do Tua.

Com os dedos a dar a trigésima quinta volta ao papel do pacote de açúcar ele comentou a falta que fazia um elixir do amor que poupasse tempo e um monte de sarilhos às nossas vidas agitadas e retorqui-lhe que era uma pena não me conseguir embebedar. E perante a sua interrogativa mão direita a acolchoar-se ao fecho das calças precisei que as minhas hormonas me conduziam naturalmente ao sexo puro e duro salvo se ele ali presente visse inconveniente nisso.