Jan van Huysum
Há algures uma fotografia, creio que de Mapplethorpe, onde a mão de um homem segura um prepúcio que, de tão vasto e carnudo, se assemelha a esta magnífica rosa pintada por Jan van Huysum no século XVII.
Na foto não há vestígio de formiga, nem de qualquer outro animal menos aconselhável.
Esta similitude interessante faz-me reflectir no facto de ser dado como certo que um prepúcio carnudo, espaçoso, extenso e desenvolvido, prova que pertence a um pénis que, erecto, vai atingir proporções significativas, humilhando a equipa que no balneário compara muito discretamente os pénis que pendem ao sabor do sabonete. A proporção do prepúcio indicia a capacidade do pénis de se distender e de crescer sem um travão limitado. Quanto maior for o capuz, maior será a cabeça que protege.
Esta conclusão, sem qualquer base científica que a sustente e a levante, é básica e parece evidente e, mais do que parecer, é comprovada pelas experiências que tenho a sorte de vivenciar. Os “uncut” estão, nesta perspectiva, em desvantagem. Adivinhamos as dimensões do teatro pelo tamanho da cortina.
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